Esporte

BAHIA SOB VAIAS perde para Vila Nova 0x1, por ZÉDEJESUSBARRÊTO

Em sete rodadas, apenas um triunfo, cinco derrotas. Isso é raro na história do time que atualmente é um dos mais caros da competição
ZédeJesusBarrêto , Salvador | 05/07/2016 às 23:52
Imagem do Bahia: perdido em campo
Foto: ECB
Quase 10 mil torcedores do Bahia foram à Fonte Nova na noite de terça-feira e saíram indignados com mais uma derrota em casa ( 1 x 0 ) para o Vila Nova (GO), numa noite de pouco futebol e uma jornada infeliz do time, quando nada deu certo em campo para o tricolor. 

Com o resultado, o tricolor baiano continua com 20 pontos e em nono lugar, mas pode perder algumas posições na tabela de classificação com os resultados dos jogos restantes da rodada, na sexta e sábado próximos. 

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O que mais chama a atenção é a sequência de péssimos resultados seguidos, sem uma reação. Em sete rodadas, apenas um triunfo, cinco derrotas. Isso é raro na história do time que atualmente é um dos mais caros da competição. Mas os atletas com salário maior - Lomba, Lucas Fonseca, Cajá, Tiago Ribeiro, Hernane ... - não estão rendendo em campo. 

A equipe não se encontra, joga um futebol improdutivo, aceita a marcação dura, perde as disputas no corpo a corpo, parece que não entendeu ainda o espírito da Segundona, onde predominam a correria, a força física e a vontade de jogar e de ganhar. 

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O Jogo jogado

Impressionante a quantidade de erros seguidos, de parte a parte, nos primeiros minutos de partida. Passes equivocados, falta de domínio de bola, trapalhadas, chutões, trombadas, faltas seguidas... duro de ver. Um futebol aloprado, de segunda. 

A primeira finalização foi uma cabeçada forte de Jackson escorando escanteio cobrado por Cajá, por cima. Aos 25’, Cajá e Juninho bombardearam, mas não acertaram o alvo. O Bahia mais à frente, com mais posse de bola, buscando mais o gol, embora desordenadamente. O Vila marcando duro, apostando no contra-ataque. Aos 39’, após um escorregão de Jackson na meia lua, o atacante Fabinho ficou de cara mas Jean abafou bem. Aos 40’, Guilherme cabeceou livre na pequena área e Jeanzinho salvou, espalmando. Foi a melhor chance de gol do primeiro tempo, dos visitantes. 
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No intervalo, o treinador Guto fez duas modificações: O garoto Éder no lugar do lento Lucas Fonseca, na zaga; e Tiago Ribeiro, mais aberto na esquerda, substituindo o meia Danilo Pires. A partida continuou brigada, corrida e com pouca técnica. O time de Goiás mais pousado, atacando mais. O torcedor tricolor já manifestando impaciência nas arquibancadas. Aos 10’, numa jogada de fundo. na esquerda, Jackson permitiu o cruzamento fechado nas costas de Jean, cabeçada de Fabinho em cima da linha: 1 x 0 Vila. 
Aos 12’, após tabela com Hernane, Edigar Júnio entrou de cara mas chutou para fora, perdendo a chance do empate. 

O Vila recuou e começou a ensebar, dar chutões, chegar junto, gastar o tempo. Aso 22’, mancando, Hernane deixou o gramado sob algumas vaias, dando lugar ao velocista Luizinho. Aos 24, Edigar Junior cabeceou para fora um bom cruzamento de Hayner. Dois minutos depois, após boa trama pela direita, Cajá recebeu livre de Luizinho mas chutou fraco nas mãos do goleiro Edson. Aos 42’, na frente da pequena área, Edigar Junio perdeu outra chance incrível, chutando para fora na arriada da bola. Falta de qualidade ou de tranquilidade? 

No final, a torcida vaiou muito e pediu a contratação de jogadores. 
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Destacar o quê? Quem? Talvez Jean, Feijão ... 

A equipe do Vila é forte, tem boa pegada, velocidade e brigou muito em campo, jogo com inteligência em cima dos erros e do nervosismo da equipe da casa. Nada mais. Achou um gol e defendeu-se com garra até o final. Só

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UFA! 

Agora, a tabela prevê um ‘refresco’ de 10 dias até o próximo confronto do tricolor, em Sâo Luiz do Maranhão contra o Sampaio Correia. No dia 23 de julho volta à Fonte, contra a Luverdense. 

Bom tempo para recuperação e também recondicionamento físico de alguns atletas da equipe que estão caindo das pernas. Tempo também para o treinador Guto ‘Gordiola’ ajustar posicionamentos, criar algumas jogadinhas ensaiadas, plantar um jeito de jogar mais objetivo, mais competitivo na equipe, poder ver mais de perto o plantel e escalar os que estiverem em melhores condições e com mais ânimo, mais vontade de jogar e de vencer. 

A direção do clube anunciou que vai levar a turma para Porto Seguro, sul do Estado, para tentar virar esse jogo e tentar se recuperar na competição. Difícil com esse ânimo que vimos em campo.

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Copa do Brasil

Depois de empatar no fim de semana, no Mineirão, contra o Cruzeiro (2 x 2), fazendo dois gols quando estava com apenas 10 atletas em campo, o Vitória volta a campo nesta quarta para enfrentar o mesmo Cruzeiro, desta vez no Barradão e valendo pela Copa do Brasil (são dois jogos, um cá e outro lá, e quem perder cai fora da competição). Outra leitura de jogo. 

Em Minas, o avante Marinho arrebentou, fez a diferença. O Cruzeiro tem camisa, a ‘raposa’ tem história, mas vai ter de correr muito mais para segurar o Leão, ainda mais na Toca rubro-negra. 
O Vitória apresentou esta semana à torcida um novo contratado: o avante Ramallo, 25 anos, boliviano, que foi reserva da seleção de seu país na recente Copa América disputada nos EUA, quando a Bolívia caiu fora ainda na etapa de classificação. A torcida espera que ele se dê bem, como o compatriota Marcelo Moreno, um goleador. 

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Eurocopa

Chegou a hora decisiva. Na tarde desta quarta, em Lion/França, o primeiro confronto das semifinais : Portugal x Pais de Gales. 

O pega entre Cristiano Ronaldo e Bale, companheiros de ataque do Real Madrid (ESP). Até aqui Bale tem sido o grande destaque da equipe galesa, uma surpresa, pela sua força, dedicação e liderança em campo. Portugal chega nessa fase sem vencer, na base do empate e do aproveitamento nas penalidades. O CR-7 fez um belo gol de letra, bateu bem suas penalidades e ... só. Sem brilho. O destaque luso tem sido o zagueiro Pepe (do Real), eficiente e vibrante. Imprevisível. Boa partida. Quem vai pra final? 

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Na quinta à tarde sai o outro finalista do duelo Alemanha x França, em Paris. Jogaço, também sem favoritos.
A Alemanha é a equipe campeã do mundo. Fria, eficiente, uma máquina. Sempre cresce nas decisões, tem uma defesa difícil de se vazada e o melhor goleiro do planeta, Neuer. Os franceses são os donos da casa, tem vencido seus jogos com superioridade e possui craques que podem desequilibrar, como Pogba e Griesmann. Tem cara de final, vai parar Paris. Imperdível.