Final do Baianão sem surpresas com BAVI em dois jogos
ZédeJesusBarrêto , da redação em Salvador |
21/04/2016 às 18:12
Kieza disputa com foleiro do Juazeirense
Foto: A TARDE
O esperado, desejado pelas duas maiores torcidas do Estado. Bahia e Vitória mais uma vez decidem o campeonato baiano.
O tricolor, atual campeão, busca o seu primeiro tri no século e tem a vantagem de jogar por dois resultados iguais em função de sua melhor campanha na competição. O rubro-negro, embalado com bons resultados, uma velha freguesia diante do grande rival e o fato de disputar a primeira divisão do Brasileirão, vai em busca da retomada da hegemonia estadual, o torcedor mais que confiante.
Os jogos da grande final acontecerão nos dias 1 de maio, no Barradão e o segundo, o da taça, no dia 8, na Fonte. Barradão e F Nova.
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Um 21 de abril - feriadão de Tiradentes, aniversário da inauguração de Brasília e dia da morte de Tancredo Neves – com tarde ensolarada de outono e um público ‘miado’ no Barradão, a aguerrida equipe da Juazeirense não foi páreo para o Vitória (3 x 0).
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Vitória sem sustos
A partida começou em ritmo intenso, lá e cá, os dois times ofensivos; o Vitória por estilo e favoritismo, dentro de casa, e a Juazeirense pela necessidade de fazer gols, vencer e reverter os 3 x 2 que levou em Juazeiro, no primeiro confronto.
A primeira chance real aconteceu aos cinco, após um erro defensivo interiorano: Kieza rolou para Leandro Domingues que, livre, bateu em cima do goleiro Tigre. Aos 13’, após jogada de fundo pela esquerda, Amaral perdeu de frente. Equilíbrio no meio campo, o rubro-negro mais agudo, catimbando, buscando ensebar a partida, pressionando a arbitragem caseira e trapalhona de Jailson Macedo, enervando o adversário, ganhando tempo. Muita presepada e pouco futebol.
Na segunda etapa, depois da merenda, o gramado já tomado pela sombra, o Juá voltou em cima e aos 30 segundo Sassá entrou livre pela direita e bateu forte, rasteiro, acertando o pau da trave, o goleiro Fernando Miguel vencido. O rubro-negro respondeu. Aos 10’, Marinho tentou o ângulo mas Tigre espalmou. Aos 11’, a zaga do interior distraída após cobrança de lateral, Amaral livre na área pegou de prima, um chutaço, e abriu o placar: 1 x 0. Aos 15’, golaço de Diego Renan acertando o cantinho de fora da área: 2 x 0.
O rodado Dagoberto em campo, estreando, no lugar de Vander, aos 17’. Aos 21’, após cobrança de escanteio, Vitor Ramos subiu livre e ampliou, de cabeça: 3 x 0. Daí em diante, o Juá boiou, entregou os pontos e o Vitória acomodou-se, a torcida feliz e abençoada com a bela lua cheia.
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Destaques:
Vimos um Vitória esperto, na dele, enervando o jogo, com Amaral marrento, Vitor Ramos se impondo, Kieza reclamando de tudo e Marinho fazendo suas presepadas... Deu certo. Quem jogou muita bola, pra variar, foi o lateral canhoto e meia Diego Renan.
No Juazeirense, o zagueiro Ricardo Braz enquanto teve pernas e o solitário Sassá, na frente.
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Deu Bahêa
Na quarta-feira à noite, as arquibancadas da Fonte Nova quase às moscas, o Bahia venceu o Fluminense de Feira (2 x 1), no segundo duelo entre os tricolores da capital e do interior pela semifinal do baianão, pondo assim o Bahêa em mais uma final, este ano brigando pelo tri.
Não foi um bom jogo, sobretudo no primeiro tempo, a pelota maltratada no gramado e o torcedor do campeão ‘tiririca’, bradando por contratações. O Bahia dava vexame na defesa, marcava mal no meio campo e nada criava: chutões, trombadas, bolas altas, passes errados em sequência, faltas desnecessárias e dificuldades de domínio, lá e cá. O Flu de Feira teve duas boas chances, mas cadê competência?
Na segunda etapa o time da capital voltou aceso, buscando mais o gol, que saiu depois de boa jogada de Edigar Júnio pela canhota; cruzou rasteiro, Tiago Ribeiro antecipou-se ao zagueiro e fez 1 x 0. Minutos depois, Lomba mais uma vez saiu mal numa bola alçada, dando soquinho para baixo e, na meia lua, o meia Luquinha agradeceu e meteu por cima, empatando: 1 x 1. Já com Feijão, Hayner e Gustavo Blanco em campo o Bahia, melhor, perdeu umas quatro chances de golear, até que Tiago Ribeiro enfiou bola rasteira no meio da zaga, Luizinho ganhou dos beques na velocidade e tirou do goleirão Jair, definindo: 2 x 1.
Foi o suficiente para aplacar um pouco o torcedor inflamado e colocar o Bahia na final, na disputa de mais um título, com vantagens por ter feito a melhor campanha durante a competição. O torcedor tricolor anda cabreiro, a equipe não vem convencendo.
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Fio de esperança
Frases de um dos melhores técnicos/futebolista brasileiros de todos os tempos, o Telê. Exemplo:
- “Eu gosto de futebol. Se tiver uma pelada na rua, eu paro para ver
- “Futebol é arte, é diversão, sem chutão pra frente”
- “Se jogador do meu time faz falta por trás, ou entra para quebrar o adversário, o juiz nem precisa expulsar. Eu mesmo tiro de campo”
- “Se for para mandar meu time matar a jogada, dar pontapé no adversário ou ganhar com gol roubado, prefiro perder o jogo”
- “Fizemos o que deveria ser feito, e desejo sinceramente que, de agora em diante, com a ajuda de técnicos, dirigentes, jogadores, imprensa e torcida, façamos sempre a bola correr dentro de campo”
- “O futebol é minha vida e não consigo me afastar dele. Sou um fanático”