Bahia deu passo importante para final do campeonato baiano
ZédeJesusBarrêto , Salvador |
09/04/2016 às 21:57
Hernani, el brocador
Foto: Felipe Oliveira
O mando de campo foi do Flu de Feira ( o ‘joia da princesa’ em intermináveis reformas) numa noite de sábado, lua nova amena. Pituaçu com muitos espaços vazios, menos de 8 mil pessoas nas arquibancadas, a torcida do tricolor da capital em maioria saiu feliz com o resultado: 2x0 e o passaporte já carimbado para a final do Baianão 2016. A vantagem agora é significativa para o jogo de volta, dia 20, na Fonte Nova.
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Neste domingo, às 16 horas, acontece a outra semifinal: o Vitória joga em Juazeiro no calor do sertão norte e no novo gramado do Adauto Moraes, encarando um dos donos da casa, o Juazeirense. Jogo difícil para os rubro-negros, o Juazeirense tem feitos bons jogos em casa, sobretudo no Nordestão. Olho na tevê, transmissão direta.
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Clássico de tricolores
Em princípio, um confronto das equipes de melhor defesa (Flu Feira) contra a de melhor ataque (o Bahia). Mas os treinadores (Arnaldo Lira e Doriva) ousaram, ambos entraram com três atacantes, buscando o jogo ofensivo. Os dois times marcando adiantado, querendo jogo. Afinal, uma semifinal decisiva, um clássico de tradição no futebol baiano.
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Raio x dos 90
Foi um primeiro tempo intenso, bom de ver, a despeito do zero no placar.
Já aos 3’40”, primeira chance do Flu, Lomba à toa, encoberto, e Éder salvando na pequena área. Aos 6’, Felipe bateu de fora para Lomba defender bem colocado. Aos 7’, a resposta com um chute perigoso de Tiago Ribeiro que Jair espalmou no rodapé. Aos 16’ Edigar Junior recebeu de Hernane e finalizou da entrada da área, rasteiro; quase acerta o cantinho.
Algumas entradas duras, o jogo fica encrespado, o Bahia mais no campo do Flu, chegando mais. Aos 24’, após erro grosseiro na saída de bola do Flu, Edigar entrou livre, de frente mas Jair salvou. Aos 31’, resposta do Flu, usando a velocidade, culminando com um chute forte de Deon que Lomba rebateu. O Bahia com uma leve superioridade técnica, na primeira etapa, teve mais a bola, mas os Touros do Sertão encararam e deram testa, equilibrando mais as ações.
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Logo no começo da segunda etapa, Hernane marcou de cabeça, colhendo um cruzamento de JP Gomes, gol de centroavante nato: 1 x 0. Voltou bem. A moçada da defesa do interior sentiu o golpe. Aos 4’, Juninho bateu da entrada da área e passou perto do travessão. Aos 10’, outro arremate perigoso de Edigar Júnio. Aos poucos a equipe de Feira foi acalmando e saindo pro jogo em busca do empate. Equilíbrio.
Doriva pôs Danilo Pires e Luizinho em lugar de Feijão e Hernane, aos 25’. No Flu, Lucas em lugar de Deon. Aos 28, expulsão de Álysson, ao receber o segundo cartão amarelo, após falta sem bola em Luizinho. Facilitou mais, quebrou o ímpeto dos Touros. Aos 33’ Jair defendeu bom chute de Tiago Ribeiro, da entrada da área. Aos 34’, Lomba salvou cabeçada no canto, após cobrança de falta. Na resposta, um chutaço de Danilo Pires, de frente, da marca do pênalti e outra defesa salvadora de Jair. O Flu não se entrega, mesmo com um atleta a menos, enquanto o Bahia aquietou a bola, explorando as estocadas. Aos 44’, Rômulo complementou cruzamento de Luizinho e sacramentou: 2 x 0. Mais que justo. O torcedor aplaudiu.
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Destaques
Lomba fez uma ótima defesa, Hayner esperto, Paulo Roberto dono do meio campo, Edigar Junio entrosando-se com Tiago Ribeiro. Hernane voltou de contusão e deixou o dele.
No Flu de Feira, boas atuações de Jair e do veteraníssimo Fausto.
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Nordestão
O Bahia segue em campo, disputando semifinais: Dia 13 pega o Santa Cruz, em Recife e no dia 17 recebe o time Coral de Pernambuco na Fonte Nova pela disputa de uma vaga na final do Nordestão 2016. Semana quente, sem refresco. Só decisões.
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Dunga
Muito se fala que Neymar não joga na seleção metade do que o faz no Barcelona. Daniel Alves também. Marcelo, no Real, idem. Douglas Costa no Bayern, William no Chelsea ... por que seria, pois ?
Dos jogadores que atuam no Brasil o diferenciado é Ganso. Técnico, inteligente, boa visão de jogo. Tudo que o meio campo da seleção precisa.
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Craques Eras
Leônidas - Plástica, o diamante negro; Zizinho - A busca da perfeição
Puskas - O marechal ; Di Stéfano - Um príncipe
Pelé - A perfeição, o Rei, tudo; Cruyff - Uma máquina
Maradona - Gênio; Zidane – Paris; Messi - Pura objetividade.
Neymar - será?
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Só fifando
Quer saber? Só a FIFA pode dizer, sem direito a chiada, se a tal transferência do zagueiro Vitor Ramos (Vitória) foi nacional ou internacional. Se tá ou não legal. E por que não o faz logo?
Acho prejudicial o Bahia (diretoria do clube) brigar com a CBF.