Esporte

Vitória cai em Pituaçu e o Bahia envergonha nos EUA, ZÉDEJESUSBARRÊTO

Os dois principais times da Bahia decepcionaram neste final de semana
ZédeJesusBarrêto , Salvador | 28/02/2016 às 20:01
A alegria do Bahia em Orlando durou pouco
Foto: ECB

  Os torcedores da dupla Ba Vi de cabeça inchada. O Bahia foi um desastre no amistoso de Orlando (EUA), saiu de lá com a bandeira tricolor enlameada após a goleada sofrida (6 x 1) contra a equipe de Kaká, no sábado.  A torcida rubro-negra curtiu, gozou até o fim da tarde de domingo quando a equipe saiu de Pituaçu amargando um gude-preso do bem arrumado Fluminense de Feira. A derrota cortou o barato, sem espaços para a gozação, só motivos para boas resenhas. Bahia e Vitória estão longe de merecer aplausos por esses dias...  

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  O gude-preso

  Fim de tarde de domingo abafado, arquibancadas de Pituaçu  quase vazias (menos de duas mil pessoas no estádio), fim de mês, bolso do torcedor murcho, o mando de campo do Fluminense – em Salvador porque o Joia da Princesa continua em obras intermináveis, sem gramado ainda.  Em tese, melhor pro rubro-negro, sentindo-se em casa. Mas...  deu Flu, os Touros do Sertão.  

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  O time de Feira entrou fechadinho na defesa, bem treinado por Arnaldo Lira, e encarou, explorou bem os contragolpes, levou perigo. O rubro-negro atuando mais uma vez sem centroavante fixo, com os dois atacantes (Picapau e Vander) abertos, recebendo bolas longas, buscando cruzamentos de fundo, enquanto meias e laterais buscam espaço pelo meio, arriscando chutes de longe. Essa foi a leitura do primeiro tempo, com o Vitória chegando mais, tendo mais chances de golear.

Aos 3 minutos, após uma rebatida falsa, Tiago Real pegou a sobra de primeira, de cara, mas o goleirão Jair fez ótima defesa. Dois minutos depois Artur Maia complementou cruzamento de fundo, livre, mas bateu pra fora.  O time feirense respondeu em contragolpes rápidos pela direita obrigando Fernando Miguel a intervir bem duas vezes. No mais, Diego Renan tentou de fora, dois chutes longos para fora, assustando.   E  Fernando Miguel catou outra no cantinho. Foi sò. Empate justo. 

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  O treinador Mancini mudou o esquema na segunda etapa, pondo em campo um centroavante nato – Robert, de volta, no lugar do Picapau que pouco produziu.  Mas o Flu voltou do vestiário disposto a atacar mais, desde o começo. A partida ficou mais animada. 

Aos 6’, o meia Fernando pegou de muito longe, o chute saiu forte e apanhou Fernando Miguel fora, distraído. Golaço : 1 x 0.  Mancini pos o time pra frente, em busca do empate: tirou o apoiador Amaral e pôs o jovem meia Nixon em campo. O tricolor do interior não mudou a postura, marcando duro e saindo rápido pro ataque. Aos 22’, mesmo em impedimento, Vander perdeu gol de cara. Dois minutos depois Jair espalmou chute de fora da área do mesmo Vander. 

O Vitória foi para a pressão, todo ataque. Mancini trocou Artur Maia pelo garoto Yan.  Lira tirou o meia Fernando e fez entrar o gordinho defensor Igor, para fechar mais e garantir o bicho. O Vitória em cima e o tricolor feirense resistindo com bravura. Virou ataque contra defesa, mas a moçada feirense garantiu o resultado.
 

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   Destaques para o bom goleiro Jair, entre os melhores do Estado, há muito tempo, 300 minutos sem tomar gols. Mais os zagueiros Alisson e Josemar, seguros, e o meio campista Fernando, autor de belo gol.

   No Vitória, boa movimentação do lateral  Maicon Silva e do  meia Artur Maia.

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   Em Pituaçu, minutos antes de o árbitro apitar o começo da partida, a Vigilância Sanitária interditou a única ambulância que estava no estádio para acudir torcedor e jogadores, por falta de equipamentos necessários para o exercício de suas funções.  O árbitro Arílson Bispo decidiu dar o jogo mesmo assim, enquanto o pessoal da ambulância providenciava os tais equipamentos junto com a Sudesb. 









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 Baianão/4ª rodada



 Ainda, pelo Campeonato Baiano 2016, tivemos os seguintes jogos e resultados:

- No sábado, fora de casa, o Flamengo de Guanambi obteve seu primeiro triunfo disputando um ‘baianão’, 1 x 0 sobre o Feirense.

- Em Riachão, domingo à tarde, o Jacuipense recebeu o Bahia de Feira e tomou 3 x 2 de virada, quando chegou a estar ganhando por 3 x 1.  

  O Jacobina, em casa, não tomou conhecimento do Colo Colo de  Ilhéus e enfiou 4 x 1.

  O Vitória da Conquista, em Ilhéus, apanhou do Juazeirense – 2 x 0.

- A rodada só se completa no dia 9 como o jogo adiado Bahia x Galícia, na Fonte Nova, às 21h45.


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  Convescote vergonhoso 

   Numa viagem-passeio trapalhona para realizar um amistoso que teria o objetivo de ‘divulgar a marca Bahia para o mercado norte-americano’, o tricolor baiano envergonhou o torcedor e sujou sua camisa outrora gloriosa. Em Orlando City (EUA), na noite de sábado, contra a equipe da casa, que tem como astro maior o brasileiro Kaká, levou uma surra de 6 x 1, com 4 gols de cabeça do zagueiro Hines, todos eles após cobranças precisas de bola parada executadas por Kaká, idênticas, levantando a bola fechada sobre a pequena área adversária.   A partida foi transmitida pela tevê. Dá pra deletar?   

   Não cabem desculpas de que foi um amistoso, que a turma estranhou o gramado sintético, estava cansada da viagem e que o time baiano em campo parecia um catadinho de bairro armado sem aparentes critérios pelo treinador Doriva. Nada vai diminuir o fiasco histórico internacional, com repercussões negativas incalculáveis, dentro e fora de campo. Inclusive para a administração (?) do clube. Irresponsabilidade e amadorismo, só. 

   Quem avalizou  e avaliou esse convescote ridículo em início de temporada com a equipe em plena disputa de duas competições oficiais? E agora, que imagem restou do Bahia nos EUA? 

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  Resumo da tragédia:  Nossos goleiros (Lomba e Jeanzinho) são infames em bolas alçadas na pequena área. O goleirinho ainda papou um franguinho por baixo, a mais. Nossa zaga é baixa (Gustavo, Dedé, Robson...), não sabe se posicionar, toma bola nas costas e não se impõe. Marcamos mal no meio campo e pouco ou quase nada criamos. Parecia um timeco de escola ou de bairro contra uma equipe profissional.  

  De resto, a invencibilidade da equipe na temporada foi para o brejo, de forma arrasadora, e o grupo volta quebrado física e emocionalmente para encarar jogos seguidos e importantes pelo Nordestão e Brasileirão. 

  O bando de 40 pessoas chega na segunda-feira e bem que merecia uma ‘recepção’ daquelas por parte da torcida, cobrando explicações, sobretudo dos tais dirigentes. Desculpas não remediam. 

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Quarta-feira tem jogo pela Copa do Nordeste, em Aracajú, contra o tinhoso Confiança e a torcida local.  O time que vai campo terá condições de correr e fazer bom jogo depois de uma merda dessa?   

  No dia 9, o tricolor faz dois jogos, acreditem: contra o Galícia, em Salvador, pelo Baianão e contra o Juazeirense (em Senhor do Bonfim ou Petrolina?). Inusitado. 

  Na sequência, o clássico baiano contra o Vitória. O torcedor já treme e teme novo vexame. Até porque não precisa jogar muito pra vencer o Bahia, basta lançar bolas altas na pequena área tricolor que o goleiro (?) e a zaga entregam, fácil.   


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  A ‘máfia’ no comando

  O suíço Gianni Infantino, ex-secretário geral da Uefa, amigão do capo Blatter e homem de confiança do enrolado francês Platini é o novo presidente da FIFA, a toda poderosa entidade que dirige o futebol no planeta. A missão dele seria recuperar a imagem e a credibilidade da entidade, com seus (ex)dirigentes envolvidos em escandalosas falcatruas internacionais. Será?

  O ‘coronel’ Nunes, 77 anos, atual presidente interino da CBF disse que votou no suíço, vejam só, a mando certamente de Marin, Del Nero... Ah, foi votar na Europa acompanhado do ‘eterno’ presidente da FBF, Ednaldo Rodrigues. Né uma beleza?  

  Tudo indica que o esquemão de comprar votos e se perpetuar no poder, instalado na Fifa, na CBF e na FBF vai continuar. Foi montado pelo brasileiro João Havelange, desde 1974, na FIFa. O brasileiro ficou 24 anos no comando da entidade. Seu sucessor, mui amigo, o Joseph Blatter, ficou 18 anos no poder. A FIFA tem tentáculos em cada canto do planeta. A bola gira, o futebol virou um monumental negócio. Tipo  ‘tudo nosso’ e ‘é nóis de novo’.

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  Dois toques: 

 Renato Brás, do Jacuipense, Alisson e Josemar do Fluminense são zagueiros bem superiores aos atuais titulares e reservas da dupla BaVi.  O goleiro Jair é, já há muito tempo, o melhor goleiro do futebol baiano. Mas ninguém vê, ninguém aposta...  ou lhes faltam os tais empresários?