A organização de Blater não iria deixar um árabe por as mãos na FIFA
TERRA , Salvador |
26/02/2016 às 14:51
Gianni Infantino é suiço de pais italianos
Foto: AFP
O suiço Gianni Infantino, ex-secretário-geral da Uefa, foi eleito presidente da Fifa nesta sexta-feira (26), vencendo a disputa em segunda rodada de votação no Congresso Extraordinário da entidade, convocado pelo compatriota e agora antecessor no cargo, Joseph Blatter, no ano passado.
Nascido em 23 de março de 1970, na cidade de Brig, o dirigente é filho de italianos e é formado em direito pela Universidade de Freiburg, na Suíça. Aos 30 anos, passou a trabalhar na Uefa, ocupando diversos cargos até se tornar o braço direito do francês Michel Platini, presidente da entidade.
A suspensão imposta pela Fifa ao ex-jogador, aliás, foi o que impulsionou a candidatura de Infantino, apontado como "plano B" da entidade europeia.
O suíço venceu o segundo turno das eleições com 115 votos, 11 a mais que a maioria simples necessária para encerrar o pleito sem a necessidade de uma terceira rodada de votação. O xeque bareinita Salman bin Ebrahim al-Khalifa foi o segundo colocado, com 88, o princípe jordaniano Ali Bin Al-Hussein teve quatro, e o francês Jérome Champagne não foi votado.
Antes da etapa que elegeu Infantino, havia acontecido um primeiro turno, em que os quatro candidatos participaram e que Infantino venceu com 88, 50 abaixo dos dois terços então necessários para a vitória definitiva naquele momento, de acordo com o regulamento.
Mais cedo, o sul-africano Tokyo Sexwale já havia renunciado à candidatura, o que fez com que nenhum concorrente fosse eliminado na primeira votação.
Gianni Infantino, novo presidente da Fifa, ficará no cargo até as eleições que acontecerão em 2019, tendo mandato um ano menor que o habitual, já que completará o período que Blatter ficaria no cargo, iniciado após a vitória no pleito de maio do ano passado.
O suíço poderá se reeleger duas vezes, de acordo com os novos estatutos da entidade, que tiveram reforma aprovada hoje, que determina que os líderes da entidade podem permanecer, no máximo, 12 anos no poder.