Esporte

NORDESTÃO: Bahia e Vitória da Conquista vencem, por ZÉDEJESUSBARRÊTO

Nordestão é um bom campeonato para arrumar as equipes
ZédeJesusBarrêto , Salvador | 14/02/2016 às 19:20
Santa Cruz (0x1) Bahia
Foto: ECB
Em Recife, no duelo dos tricolores nordestinos de maior torcida, o Bahia venceu o Santa Cruz de ‘gude preso’, estreando bem; em Ilhéus, o Vitória da Conquista ganhou do Ceará (2 x 1) que é o atual time campeão do Nordestão. 

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 Gude preso

 Sol bravo de verão, muito calor no Recife e o Arrudão com público meia boca para o clássico Santa Cruz 0 x 1 Bahia, valendo pelo Nordestão, rivalidade histórica.  

   No time baiano toda a preocupação com o frágil miolo de zaga (Gustavo pesadão e o garoto Éder), além de Feijão na marcação, em lugar de Paulo Roberto. Uma equipe em formação. Já a equipe pernambucana, bem mais entrosada, é praticamente a mesma do ano passado, o mesmo treinador. 

 O jogo já começou pegado, com o pessoal da casa chegando junto, intimidando, tentando se impor no pau e a arbitragem, caseira, só espiando. 

Com a bola rolando, aos 6 minutos o veterano Grafite ganhou no corpo e rolou para João Paulo bater de frente, mas Lomba defendeu bem, com muita gente na frente. O Santa na pressão, mas foi o Bahia que marcou, aos 20’, numa bela arrancada e chute de Juninho (primeiro dele com a camisa tricolor), de fora da área: 1 x 0.  Aos  22’, quase Alysson empata, mas Lomba apareceu de novo. Aos 43’, Danilo Pires bateu falta de longe obrigando o goleiro Tiago Cardoso a espalmar pra escanteio.  Teve tempo ainda para Lomba salvar o empate após cobrança de falta próxima da área e, no contragolpe, Hernane entrar de frente, sem marcação,  e bater rasteiro,  pra fora.   

A equipe coral teve mais a bola, atacou mais, foi coletivamente melhor, mas... o time baiano foi mais eficiente.

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Segunda etapa, com o gramado já na sombra, o Santinha com a obrigação de virar, a partida ficou mais aberta, franca. Bruno Moraes substituiu Grafite, de cabeça quebrada, e Robson entrou no lugar de Gustavo, com tonturas.

 Aos 7  minutos, Hernane entrou livre, deu um tapa, cobriu o goleiro, mas a bola, caprichosa, bateu no travessão. O Santa foi pra cima, sufocando e tentando empatar a todo custo. Uma partida arriscada. Aos 30’, na cobrança de um escanteio, Alemão subiu mais que a zaga e testou no travessão, com Lomba vencido. Aos 47’, em novo escanteio, outra testada de Alemão, a bola triscou na trave e não entrou. 

Com muita luta e um pouco de sorte, o Bahia estreou vencendo um clássico e fora de casa. Valeu.

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Destaques

Lomba fez boas defesas, sem erros. A zaga, com e sem Gustavo, suportou; Éder foi o melhor. Feijão  satisfez pela garra. Os laterais não comprometeram mas não brilharam. Danilo Pires e Juninho correram muito. Sumidos Luizinho e Edigar Júnio. Hernane deu trabalho mas perdeu dois gols incríveis.

O Santa brigou muito, mas caiu ofensivamente com a saída de Grafite. O meia João Paulo foi o melhor.

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Na quinta, pelo Nordestão, o Bahia  enfrenta o Juazeirense em Senhor do Bonfim.

No domingo, pelo Baianão, encara o Colo Colo, em Ilhéus.  

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Nos bastidores falava-se na contratação, por empréstimo, do lateral esquerdo Moisés, jogador do Corínthians.  Mas o torcedor se pergunta: cadê os zagueiros?  

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 Galícia é líder

Pelo ‘Baianão’, o Galícia venceu o Jacuipense (2 x 0, fora de casa) e assumiu a liderança do Campeonato Baiano, com seis pontos. Supera o Bahia, também com seis pontos, em saldo de gols. 


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   Rubro-negro

   O Vitória, que deve estar anunciando essa semana a volta do zagueiro Vitor Ramos, folgou no fim de semana. O time volta a campo no próximo, pelo Campeonato Baiano. Enfrenta o fracote Jacobina, no Barradão, talvez com a reestreia do meia Leandro Domingues, contratado para suprir a falta do gringo Escudero. 


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  Futebol negócio

  Crise econômica, ladroagem, dirigentes enrolados em corrupção...  Ora, nada disso afeta a CBF. A entidade faturou 545 milhões de reais em 2015, 5% a mais do que conseguiu no ano anterior, com a Copa do Mundo no Brasil. A Chevrolet e a Continental Pneus são novos anunciantes da CBF.

Ou seja, os atletas se arrebentam em campo, os clubes investem o que não possuem para que os cartolas espertos encham o rabo de grana.