Vitória tem jogos difíceis pela frente e encara o América MG, mas, ainda sonha com o título diante da derrota do Botafogo
ZédeJesusBarrêto , Salvador |
07/11/2015 às 19:49
Rhaynner fez o segundo gol do Vitória
Foto: Correio
Só alegria do lado rubro-negro, com a quase assegurada volta à primeira divisão em 2016 delineada após o triunfo de 2 x 0 na rodada de sábado sobre o Macaé, no Rio.
Na Fonte Nova, o Bahia decepcionou os 30 mil torcedores que foram ao estádio e entregou, de virada, o jogo para o Santa Cruz (2 x 1) deixando mais do que difícil o retorno à Primeirona/2016. Sò tristeza e lágrimas no rosto do torcedor, saindo do estádio indignado com o desempenho de alguns atletas e do treinador.
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Com os resultados até o começo da noite de sábado, o Vitória - com 60 pontos, a cinco do líder Botafogo -, voltou para a segunda colocação, com o mesmo número de pontos do América de Minas, seu próximo adversário, em Belo Horizonte. Fechando o grupo dos quatro, ficou o Santa Cruz, com 55 pontos ganhos, o mesmo número de pontos que o Náutico, ambos de Recife, disputando uma vaga.
Sò que os dois times pernambucanos podem (e devem) ser superados pelo Sampaio Correia, do Maranhão, que mais tarde enfrenta o fraco Oeste, em casa. Vencendo, como se espera, o Sampaio vai a 56 pontos, ocupando a quarta posição e derrubando o Bahia para à oitava posição.
Resumindo: A situação do Vitória ficou mais confortável, do ponto de vista da classificação. Já do lado tricolor... tornou-se muito difícil, agora só orando por um milagre. Faltam quatro jogos, quatro rodadas para o final da competição.
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Os jogos que restam para o Vitória: América de Minas, dia 10, fora de casa. Depois, dois jogos no Barradão, contra Ceará e Luverdense, que mais nada almejam. O rubro-negro encerra a campanha jogando em Recife contra o Santa Cruz. Pode ser um jogo chave para uma possível classificação do Bahia, os tric0lores, acreditem, torcendo pelo triunfo do eterno e grande rival.
Já o Bahia, sem tempo para descanso, pega o fraco ABC na próxima terça, na Fonte Nova. No próximo fim de semana o tricolor encara o Boa Esporte e depois o Náutico, ambos fora de casa. A última partida será contra o Atlético (GO), dia 28, na Fonte Nova.
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O veneno da Coral
Não adiante chorar pitangas. O Santa Cruz venceu porque jogou com mais inteligência e mais garra, vontade. Foi mais objetivo, mais arrumado em campo. Errou pouco defensivamente e aproveitou-se dos equívocos do adversário.
O Bahia perdeu porque já entrou em campo mal escalado, sobretudo no seu meio campo, sem pegada, com dois meias canhotos iguais (Rômulo e Eduardo), sem poder de finalização. É inadmissível, nesse instante da competição, que fiquem de fora atletas da qualidade de Pittoni e do Thiago Real. No mais, o treinador mexeu muito mal na segunda etapa, ao retirar Maxi, Souza, e colocar garotos da base sem ritmo, pois não vêm jogando; e mais o Tchô, que há muito não mostra nada com a camisa tricolor.
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Tarde de um sábado primaveril quente, de sol e céu limpo, casa quase cheia, 30 mil pessoas nas arquibancadas. Um começo de jogo pegado, com faltas seguidas, muita rivalidade, catimba e prenúncio de batalha dura. Iniciativa do time da casa, com a torcida empurrando. Partida corrida, sem predomínios.
Aos 18’ Kieza completou para as redes um cruzamento de Cicinho, impedido. Aos 19’, após Souza prender e perder a bola no meio campo, no contragolpe coral Grafite e Luizinho perderam chances de gol, de frente, aos 20’. O Santa já ía chegando com mais objetividade, levando perigo. Aos 27’ Souza surpreendeu cobrando falta lateral pelo lado direito e de forma direta mas o goleiro Tiago Cardoso fez uma elástica defesa, espalmando. Nada mais, além escaramuças lá e cá e um empate justo no primeiro tempo.
O Bahia voltou fazendo pressão no começo da segunda etapa. Aos quatro, duas chances criadas de gol e um pênalti marcado contra o Santa, mão na bola do lateral Vitor dentro da área. Souza bateu deslocando o goleiro mas a bola bateu no poste, não entrou. Na sequência, após cobrança de escanteio, cabeçada de Valongo e no rebote do goleiro, o predestinado Kieza estufou as redes: 1 x 0, aos 8 minutos.
Mas o time coral de Pernambuco foi pra cima, encarou. Lá e cá. Aos 20’, após cobrança de escanteio da esquerda, no primeiro pau, Danny Morais raspou de cabeça e fez, empatou: 1 x 1. A manjada e traiçoeira bola alta.
Charles pôs Zé Roberto no lugar de Maxi e Gustavo Blanco em lugar de Souza. Trocou a experiência por juventude, por mais pegada e mais velocidade. O Coral era mais perigoso, mais bem postado, brigava mais pela bola, ganhando as divididas. Aos 34’, Kieza cabeceou com muito perigo, rente a trave. Aos 37’, o meia Tchô, que tinha acabado de entrar, perdeu uma bola tola no meio campo avançado. Com a defesa baiana aberta, a cobra coral puxou um bom contragolpe pela esquerda, o goleiro Douglas Pires deu rebote e Bruno Moraes, na praia, virou o jogo: 2 x 1.
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No Bahia, destaque positivo para Valongo, o improvisado lateral Juninho e a vontade de Kieza. Só. Entendo que os equívocos de Charles foram determinantes para o resultado negativo, escalando mal e substituindo pior ainda.
No Santa, o goleiro Tiago Cardoso, a postura dos becões Alemão e Danny Moraes, o veloz Luizinho pela direita e o bom meio-campista João Paulo.
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O torcedor do Bahia exige uma explicação da diretoria e do departamento técnico sobre o que está acontecendo com o apoiador Pittoni, que sequer fica mais no banco de reservas. Como se justifica?
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Enquanto há vida, há esperança: Terça-feira, Bahia x ABC, na Fonte Nova.
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Macaé x Vitória
Calor carioca e partida corrida no estádio Cláudio Moacyr, em Macaé. O Vitória abriu o placar aos 10 minutos, executando um jogadinha simples e às vezes eficiente: o becão Kanu deu um chutão de trás, Rafaelson escorou com a cabeça e Vander, feliz, arriscou de muito longe, quicando e o goleirinho aceitou. Já perto do final do primeiro tempo, o bom goleiro Gatito fez duas ótimas defesas evitando o empate.
O rubro-negro baiano voltou querendo ampliar o placar e definir a partida, atacando, mas desperdiçou chances. Depois recuou, adotou a tática de ficar na moita, esperando o momento certo do contragolpe e deu espaço para avanços do adversário. Daí, o Macaé teve um jogador expulso, o goleiro, o que facilitou para o Vitória. No final Rhaynner arrancou na velocidade do meio campo, só, encarou o goleiro e entrou de bola: 2 x 0.
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Destaque para o goleirão Gatito Fernandez, o zagueiro Kanu (que levou cartão e está fora do próximo jogo), Rhaynner e o veloz Vander, em dia de graça.
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América (MG) x Vitória, na rodada de terça, no Independência, tem tudo para ser um jogaço de bola !
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Pipoquinhas
- Corínthians já é praticamente o Campeão Brasileiro 2015. Está sobrando. Goleiraço, o Cássio, o becão Gil, os meio-campistas Elias, Jadson e Renato Augusto, além do melhor treinador do país, o Tite.
- Dia 12, valendo pelas Eliminatórias da Copa 2018/Rússia, o clássico Argentina x Brasil, em Buenos Aires. Messi está fora. Mas teremos Neymar em campo.
- Dia 17, ainda pelas Eliminatórias, Brasil x Perú, na Fonte Nova, um regalo para os baianos que gostam de bola.