Justiça norte-americana não alisa e Marin além de pagar R$57 milhões está em prisão domoiciliar
TERRA , da redação em Salvador |
04/11/2015 às 09:34
José Maria Marin foi escolado para os EUA
Foto: AP
Na última terça-feira, horas depois de sua extradição para os Estados Unidos, o ex-presidente da CBF José Maria Marin já foi julgado na Corte Federal, no Brooklyn, em Nova York. Envolvido no escândalo de corrupção da Fifa, o ex-dirigente foi acusado de fraude, lavagem de dinheiro e recebimento de propinas. Na audiência, o juiz estabeleceu pagamento de fiança de US$ 15 milhões (cerca de R$ 57 mi) para que Marin fique em prisão domiciliar na cidade estadunidense.
Apesar da pena aplicada, o político brasileiro se declarou inocente de todas as acusações apresentadas contra ele. Como parte de seu processo, não poderá se comunicar com outros investigados como o também ex-presidente da CBF Ricardo Teixeira e o empresário Kleber Leite, dono da Klefer, companhia de marketing esportivo. Nova audiência foi marcada para o dia 16 de dezembro.
A situação do cartola de 83, no entanto, não será das piores, uma vez que ele possui apartamento de luxo na Trump Tower, localizada na Quinta Avenida nova-iorquina, onde deve cumprir a prisão domiciliar com monitoramento através de tornozeleira eletrônica.
O brasileiro foi um dos sete dirigentes presos em maio, durante a deflagração da operação conjunta entre o FBI, dos Estados Unidos, e a polícia federal suíça. Assim, ficou encarcerado por aproximadamente cinco meses em Zurique até enfim ter sua extradição realizada.
Marin foi extraditado nesta terça-feira, transportado algemado e escoltado por policiais na classe econômica de um avião comercial, e chegou a Nova York aproximadamente às16 horas, pelo horário de Brasília.
Inicialmente, sua primeira audiência em solo estadunidense havia sido confirmada para as 13 horas desta quarta, mas a Justiça americana acabou antecipando o julgamento, no qual o cartola esteve acompanhado de sua esposa e deu seu depoimento com auxílio de um tradutor