O presidente do Vasco, Eurico Miranda, está sendo julgado no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) nesta quinta-feira. O dirigente, que é advogado e faz a sua própria defesa, foi denunciado nos artigos 258 inciso II (desrespeitar a arbitragem), 258 (conduta contrária à ética e à disciplina) e 243-D (incitar violência) do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD).
Eurico foi denunciado depois de ter acusado os clubes catarinenses de serem favorecidos pela arbitragem. O dirigente ainda insinuou que o presidente da federação catarinense, Delfim Peixoto, estava por trás de toda a operação. As acusações foram feitas após o empate do Vasco contra a Chapecoense por 1 a 1. Na ocasião, o árbitro marcou um pênalti inexistente para o time catarinense e não marcou outro pênalti a favor do Vasco em um lance que a bola bateu na mão de um jogador da Chapecoense.
Durante o julgamento, Delfim, que também é vice-presidente da CBF, negou qualquer tipo de favorecimento aos clubes catarinenses.
- Eu tenho ascendência portuguesa e torço para o Vasco. Conheço Eurico há 40 anos e me admirei ele dizer que Santa Catarina está armando complô para derrubar o Vasco. Acho que ele quer justificar a queda do Vasco. Mas errei ao chamá-lo de idiota. Não deveria. Peço desculpa pelo meu desabafo.
Eurico ainda acusou Delfim de frequentar o vestiário dos árbitros em Santa Catarina, o que foi negado por ele. Mas o árbitro confirmou na súmula que o dirigente visitou o vestiário. Delfim disse que passou no vestiário, mas tinha se esquecido.
- Eu não menti, mas posso esquecer. Foi o único jogo que passei no vestiário neste campeonato.
Eurico pode pegar uma suspensão de 15 a 180 dias se for condenado no artigo 258 inciso II e de 360 a 720 dias se for condenado no artigo 258.