Foi um triunfo para espantar uma possível crise, levantar o astral do elenco, garantir por mais um bom tempo o treinador Sérgio Soares à frente da equipe e, sobretudo, chamar para perto o torcedor mais arredio.  

Os mais de oito mil torcedores que pagaram para ver Bahia 3 x 2 Bragantino na noite de sexta, na Fonte Nova, aplaudiram a equipe pelo placar, pelos três pontos conquistados, pela permanência no grupo dos quatro primeiros, no final desta rodada e, mais que isso, pelo bom futebol jogado na segunda etapa da partida, quando o jogo foi definido. O tricolor continua invicto na Fonte Nova nessa Série B. 

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  Quem acompanha os jogos da Série B sabia que o Bragantino ia dar trabalho, é uma equipe mais qualificada que o CRB, o Macaé, adversários anteriores do tricolor. 

O time paulista veio com uma proposta de jogo estudada, buscando impedir o  toque de bola tricolor, forçando a disputa no corpo-a-corpo no meio campo e lançando bolas altas na área do time baiano, tentando tirar proveito da   maior estatura da maioria de seus atletas. Até conseguiu seu intento na primeira etapa, impondo o jogo truncado, disputando de igual para igual a partida em todos os espaços do campo, perigando.

O tricolor chegou perto de abrir o placar por duas vezes, mas o Bragantino teve um pênalti em seu favor aos 25 minutos, após uma lambança do goleiro Douglas Pires com o zagueiro Robson. O avante Lincoln, que sofreu a penalidade cometida pelo goleiro, bateu no  canto mas Douglas Pires fez ótima defesa, redimindo-se. O Braga foi abrir o placar já aos 36’, após a manjada cobrança de escanteio, a cabeçada e o zagueiro Gilberto completando o rebote do goleiro: 1 x 0.  

Na sequência, Maxi Bianchucci perdeu uma chance incrível, completando cruzamento da direita pro alto, de dentro da pequena área, livre. Logo depois, o mesmo Maxi foi empurrado na área e o bom árbitro Alisson Furtado, de Tocantins, assinalou o pênalti, que Kieza bateu firme e empatou: 1 x 1. 

Com o canhoto e inspirado Rômulo em lugar de Gustado Blanco, o Bahia voltou melhor na segunda etapa, conseguindo por mais a bola no chão e se impondo. Aos 14’, depois de boa trama coletiva pela direita, Maxi completou, desviando no canto uma bola rasteira de linha de fundo: 2 x 1. O Braga assustava sempre nas bolas alçadas e cabeçadas exigindo boas intervenções de Douglas Pires. Aos 19’, Batendo falta de canhota, Rômulo acertou o travessão, goleirão batido. 

Por volta dos 28 minutos Souza entrou no meio campo, em lugar de Eduardo e amansou mais a bola, ocupou melhor os espaços no meio campo, marcou mais e puxou contragolpes. Foi ele mesmo, Souza, que bateu com classe o pênalti sofrido por Kieza, já aos 45’, consolidando o bom triunfo do Bahia: 3 x 1.  

No apagar das luzes, em mais uma bola alta alçada pelo bom lateral esquerdo Moisés, noutra cabeçada o Braga diminuiu. E só.  Justo e muito bom resultado para o tricolor. A torcida feliz aplaudiu e cantou para os jogadores. 

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Destaques para o goleiro Douglas Pires, com boas defesas; a zaga (sobretudo Jailton) safando-se, a ótima entrada de Rômulo, Kieza e a garra de Maxi. Elogios para o bom trabalho de vestiários do treinador Sérgio Soares, modificando o modo de jogar da equipe. 

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O próximo jogo do Bahia pela Série B é contra o desesperado Ceará, em Fortaleza. Lá não  vai contar com o goleiro Douglas Pires, o zagueiro Jaílton e o atacante Kieza, todos suspensos por cartões amarelos.

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Essa semana a direção do clube anunciou a dispensa do centroavante Alexandro, que voltou para a Ponte Preta, e a contratação do zagueiro Gustavo (estava no Atlético PR), do avante Roger( ex-Chapecoense) e do lateral esquerdo João Paulo (ex-Ponte Preta).