Após as polêmicas envolvendo as arbitragens na última rodada do Campeonato Brasileiro nesta quarta-feira, a Comissão de Arbitragem da CBF divulgou, nesta quinta, uma nota oficial afirmando que trabalha para melhorar a atuação dos árbitros, dizendo que o percentual de acerto deles chega a 90%: ‘Eles não erram de propósito’, disse o comunicado.
Dois jogos em especial receberam uma enxurrada de críticas de torcedores, jogadores e dirigentes. Em Belo Horizonte, o Atlético-MG reclamou muito da arbitragem de Marcelo de Lima Henrique na derrota de 1 a 0 para o Atlético-PR, gol marcado em um pênalti polêmico. Em São Paulo, o Fluminense perdeu por 2 a 0 para o Corinthians reclamando muito de um gol anulado de Cícero quando o jogo ainda estava 1 a 0 para o Timão.
"A Comissão de Arbitragem da CBF trabalha com uma série de medidas para melhorar o nível de atuação dos árbitros. Este ano, foram realizados cursos, seminários e diversos encontros para orientação das equipes de arbitragem. O percentual de acerto dos árbitros chega a 90%. Contudo, sabemos que os erros repercutem mais porque mexem com a emoção de jogadores, dirigentes e torcedores. Os árbitros não erram de propósito. Eles dependem das boas atuações para serem mantidos na escala e trabalharem nas próximas rodadas. A Comissão de Arbitragem confia na honestidade de todos eles e não duvida da lisura de suas atuações".
Após ter escrito em seu Twitter que o Fluminense tinha sido vítima de uma ‘sacanagem’ na derrota para o Corinthians, o presidente tricolor, Peter Siemsen, anunciou nesta quinta que vai até a CBF reclamar dos erros de arbitragem.
- Hoje vou na CBF, pois não é uma situação única, ela é recorrente. Os erros são muito grandes, existe uma falta de consistência nos critérios. A arbitragem precisa se reiventar. Falta transparência de como é organizada e funciona. Um dos pontos fundamentais é a profissionalização da arbitragem. Com o valor que se gasta hoje (no futebol), não pode ter um elemento de tal importância e ele não ser 100% preparado e treinado .
Peter Siemsen lembrou ainda de outro erro cometido contra o Fluminense neste Campeonato Brasileiro. Na derrota para a Chapecoense, na 15ª rodada, o tricolor teve um gol de Marcos Júnior anulado após o árbitro ser avisado pelo ponto eletrônico.
- Em Chapecó foi usado o ponto eletrônico para mudar uma decisão e isso não é permitido. Essa falta de transparência está trazendo insegurança para o árbitro e times e criando situações de erros que maculam uma campanha muito boa de um time. Está na hora de ser humilde e reconhecer que precisa mudar. Se a Fifa tem regras específicas, vamos à Fifa lutar para melhorar. Fato é que não pode é continuar assim.