Dois atletas das Obras Sociais Irmã Dulce (OSID) vão representar o Brasil na edição 2015 do Special Olympics World Games, que começa no próximo sábado (25), em Los Angeles, reunindo desportistas com deficiência intelectual, oriundos de 170 países. Adilson Campos, 28 anos, morador do Centro de Acolhimento à Pessoa com Deficiência João Paulo II (CAPD), e Daniel Conceição de Souza, 26 anos, paciente do Centro Especializado em Reabilitação (CER IV), unidades da OSID, vão competir nas modalidades de bocha e patins de velocidade, respectivamente. Vibrando muito com a oportunidade, eles embarcaram para os Estados Unidos juntamente com seus técnicos, Carlos Pezzatto e Robinson Pinheiro.
De acordo com Simone Quintela, professora de Educação Física do CER IV, ambos os atletas têm condição de trazer medalhas para o Brasil. Jogador de múltiplos talentos, Adilson, que chegou às Obras ainda criança, participa de seu segundo evento internacional. No primeiro, em 2008, marcou sua participação no Torneio Pan-Americano de Tênis da Special Olympics, em Jundiaí (SP), com uma medalha de bronze. Já o patinador Daniel, que com sua habilidade nos patins conquistou duas medalhas de ouro nos Jogos Nacionais de Inverno, em 2012 (competição realizada pela Fundação Special Olympics Brasil), leva para Los Angeles o mesmo empenho, habilidade e velocidade dos treinos.
“Independente dos resultados que eles venham a apresentar, só o fato de participarem de um evento desse porte já nos leva a considerar a importância desses competidores”, diz Simone Quintela. A professora, que acompanhou de perto os treinos dos atletas, juntamente com os instrutores de educação física, Alcides Santos e Marcos Oliveira, afirma que a deficiência intelectual de Adilson e Daniel “não os impediu de se desenvolverem” em ambos os esportes: “Adilson é habilidoso e compreende bem as regras do jogo, e Daniel, muito dedicado, consegue imprimir uma boa velocidade patinando. Eles estão muito bem”, elogia.
Special Olympics - Os primeiros jogos internacionais da Special Olympics aconteceram em Soldiers Field, Chicago (EUA), em 1968. O conceito surgiu quando Eunice Kennedy Shriver, membro da família Kennedy, começou a realizar encontros no jardim de sua residência para que pessoas com diferentes capacidades intelectuais praticassem esportes. Seu desenvolvimento deu origem ao Special Olympics International, movimento global sem fins econômicos, que por meio de treinamento esportivo e competições objetiva melhorar a vida de pessoas com diferentes capacidades intelectuais. A Fundação Special Olympics Brasil é a entidade filiada à Special Olympics International – dirigente dos desportos em território nacional.