A equipe feminina dos EUA venceu na final o Japão, 5 x 2, e sagrou-se pela terceira vez Campeão Mundial de Futebol. O presidente Barack Obama recebeu as meninas vitoriosas
ZédeJesusBarrêto , Salvador |
08/07/2015 às 00:16
Jacó faz 2 gols e se torna nome do jogo contra Payssandu
Foto: Arission Marinho/Correio
Com a rodada 11ª cheia, fechada na noite de terça-feira, as equipes baianas ( Ba Vi ) continuam sua briguinha particular do sobe e desce, da gangorra das primeiras classificações da Segundona 2015.
Um Vitória sem apetite, meio enfastiado, jogou amarrado e não saiu de um 0 x 0 contra o fraco Boa Esporte, no interior de Minas. Assim, chegou a 20 pontos e desceu uma casa, está em 6º lugar.
Na Fonte Nova, diante de sua torcida, o Bahia venceu bem o Paissandu e chegou a 21 pontos ganhos, ocupando o 4º lugar até o sábado, quando se fecha a 12 ª rodada.
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Noite fria e meninada quente
Na noite invernosa da terça, arquibancadas da Fonte Nova a meio pau (menos de 10 mil pessoas no estádio), o Bahia ganhou do Paissandu por 2 x 0, a despeito dos desfalques, de ter jogado com uma formação de meio campo inusitada e de ter usado seis jogadores oriundos das divisões de base do clube. Mais, jogou com vontade, convenceu, alegrou o torcedor.
Foram dois times em campo com propostas diferentes. Um Bahia ofensivo, marcando na frente, buscando o gol e um Paissandu recuado, todo o tempo na espera de um erro tricolor para usar o contragolpe em velocidade. O Bahia, em casa, diante de sua torcida foi melhor, manteve a postura de time grande e se impôs, com a meninada correndo muito, mostrando serviço.
O tricolor baiano pPoderia ter terminado a primeira etapa com três gols de frente: O feito aos 42’, pelo menino artilheiro Jacó, ao receber um belo passe de Eduardo, da linha de fundo, da esquerda e completando de primeira : 1 x 0. Aos 20 minutos Maxi Bianccuchi entrou livre, de cara, tentou meter sob as pernas do goleiro, mas perdeu. Aos 45’, o mesmo Maxi entrou livre pelo meio, driblou o goleiro, mas foi derrubado. O árbitro deu o pênalti que Maxi, mesmo mancando, bateu; e errou feio, para fora, perdendo a chance de ampliar.
O segundo gol surgiu logo no começo da segunda etapa, em outra boa jogada do meia Eduardo que o garoto Jacó, em noite iluminada, escorou: 2 x 0. O tricolor não recuou, continuou marcando a saída de bola do adversário, pressionando, mas não ampliou. O time paraense não conseguiu encaixar seus temíveis contragolpes e limitou-se a lançar bolas na área, sem muito efeito. Placar justo e muito bom para a equipe baiana, recuperando a moral depois da goleada sofrida diante do rival, sábado passado.
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Destaque maior para o estreante meia Gustavo, canhoto, com bons passes, boa visão de campo. Thiago Real voltou a jogar bem e a meninada correspondeu, sobretudo o avante Jacó, oportunista, com dois gols. Jogaram ainda Yuri, Gustavo, Mário, Patrick e Feijão, da base.
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Empate rubro-negro
O Vitória, no mesmo horário, enfrentou o Boa Esporte no Estádio Melão, em Varginha, no interior de Minas Gerais e não conseguiu mais que um empate sem gols. Foi um jogo morno, truncado, com muitas faltas seguidas, marcação renhida e ocupação do meio campo pelas duas equipes, e poucas jogadas ofensivas. Um resultado dentro do esperado pela proposta de jogo da equipe de Mancini, que jogou sem empolgação, parecendo ainda de pança cheia pela goleada no Barradão. Um esperou pelo outro todo tempo e nada aconteceu.
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Na sequência da Série B o rubro-negro continua fora de casa: joga em Curitiba, no sábado, contra o Paraná, pela 12ª rodada. Precisa vencer para voltar ao grupo dos quatro primeiros.
Já o Bahia, na sequência recebe o Oeste, na mesma Fonte Nova. Boa chance de conquistar mais três pontos e encosta no líder.
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Notas curtas:
- Na tarde de terça, pelo brasileirão sub-20, a equipe tricolor ganhou do Atlético Mineiro por elásticos 5 x 2, desclassificando o time mineiro da competição. A meninada promete.
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A equipe titular do tricolor faz mais dois jogos seguidos contra o Paissandu, então pela Copa do Brasil, em duas quartas-feiras. O primeiro será em Belém.
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A equipe feminina dos EUA venceu na final o Japão, 5 x 2, e sagrou-se pela terceira vez Campeão Mundial de Futebol. O presidente Barack Obama recebeu as meninas vitoriosas na Casa Branca, festejando.
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Pan-americano
No Canadá, em Toronto, já começaram os jogos Pan-Americanos 2015.
As partidas de futebol, masculino e feminino, acontecerão no CIBC- Hamilton Pan Am Soccer Stadium, na cidade de Hamilton, a 70 km de Toronto.
As meninas do Brasil estreiam sábado, 19hs, contra a Costa Rica. Depois enfrentam Canadá e o Equador, na primeira etapa classificatória..
A equipe masculina, que tem os ‘baianos’ Bruno Paulista, Rômulo (do Bahia) e Euller (do Vitória), estreia domingo contra o Canadá. Na chave ainda enfrenta o Peru e o Panamá, pela fase de classificação.
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Compromisso
A ausência do atacante Leo Gamalho no time titular, contra o Paissandu, foi reflexo de sua atuação apagada contra o Vitória, no Barradão. Mais uma.
Aliás, não foi só Gamalho que passou para o torcedor tricolor uma postura em campo de descompromisso, desligamento e falta de garra no clássico. A torcida ficou ‘tiririca’ com o desempenho do lateral Marlon, do meia Willians Santana e até com a notável queda de produção do incansável Thiago Real.
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Dor no púbis
Tem torcedor do Vitória creditando a estranha lesão de púbis do avante artilheiro Kieza, do Bahia, às atividades sedutoras da nova namorada do atleta, que é rubro-negra. A bem dotada moça tem deixado o atacante de quatro, literalmente. Púbis cansado, exausto.
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Defesa e ataque
O treinador Levir Culpi, do Atlético - o Galo Mineiro líder da Série A, disse numa entrevista recente que o segredo do êxito da equipe em campo é “a humildade para se defender e a ousadia, a coragem para atacar”.
Nada de novo, desde os meus tempos de baba. Ora, sem bola não se joga. É preciso ter a posse da bola para se jogar e ganhar os jogos.
Portanto é fundamental brigar pela retomada da bola, sempre, o campo inteiro, o mais rápido possível . E buscar mais a objetividade, tentando o gol, chutando... pois ‘quem não chuta não faz’.
Relendo o mestre Evaristo: “ Aquele que tem medo de perder não ganha, meu filho!’
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Ecos da Copa América:
- Lionel Messi, o melhor do mundo, desolado após a derrota nas penalidade para o Chile recusou-se a receber o prêmio de melhor jogador da competição atribuído a ele pela Conmebol. Ele próprio não gostou de sua atuação na final, sumido, marcado.
Rosto tenso, o ‘La Pulga’ confessou que trocaria todas as premiações individuais recebidas até hoje por um título vestindo a camiseta azul e branca (linda, por sinal) da sua Argentina. Chegou a insinuar que, agora, quer mesmo dar um tempo longe da seleção.
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Dizem que o ‘triste fado’ de Messi não passa de uma maldição do ‘deus’ Maradona, ciumento e amedrontado com a ideia de Lionel já ser reconhecido por muitos como o melhor jogador argentino de todos os tempos. Os maradonistas argumentam que, para tanto, ainda lhe faltam títulos com a camisa azul e branca. Verdade.
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- Por essas e outras o nosso eterno Rei Pelé continua acima dessa discussão, noutro patamar. Noutro mundo. Fez 1.280 gols, ganhou dois títulos mundiais pelo Santos, foi tri-campeão do mundo com a camisa verde-amarela do Brasil, tinha um repertório vastíssimo de jogadas e reinou nos gramados por 15 anos seguidos como o melhor. O Atleta do Século XX.
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- Outro que saiu da Copa América queimado, em baixa foi o treinador argentino Tata Martino. Fracassou no poderoso Barcelona e não conseguiu o título das américas com uma equipe de jogadores excepcionais como há muito não se via na Argentina: Messi, Di Maria, Aguero, Tevez, Higuaín, Mascherano, Pastori...
- Como equipe, os argentinos não conseguiram dobrar o Chile, bem arrumado pelo ousado treinador Sampaoli, também argentino. A equipe chilena mostrou melhor futebol na Copa América, uma ação coletiva mais encantadora. O Chile mereceu o título, sim.
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- O Brasil de Dunga e Del Nero? Esqueçamos.