Não sei se posso chamar de burrice ou incompetência, mas, acreditem: 

   Ou a gente vê o Ba x Vi no Barradão / ou pela tevê fechada, ou vê na TV a final da Copa América 2015, Argentina x Chile, no sábado. O clássico baiano valendo pela série B começa às 16h30 e a decisão sul-americana às 17hs. Dá pra acreditar? 

Tevês, CBF, federação baiana, clubes ...  será que ninguém conversa, ninguém se entende? Futebol não tem sido vendido como negócio ?  Arre!!!

**

  O melhor da América

   Futebol  os Argentinos mostraram contra o Paraguai para que entrem no gramado do Estádio Nacional, em Santiago, como favoritos. Têm um ataque arrasador, com Messi, Aguero, Di Maria e Pastori. Mais o Mascherano, na saída de bola. Catorze vezes campeões da competição. Essa geração de Messi, por outro lado, ainda não conquistou um título e está ávida. 

   O Chile, que mostrou na Copa um futebol organizado e ofensivo, tem a favor de si o clima do estádio, a energia da torcida, uma defensiva de estatura  baixa mas eficiente e os talentos maiores de Vidal,  Alexis Sanches, Valdívia... O time da casa nunca foi campeão da Copa. Será a hora?

Vai sim ser um jogão de bola ! Que seja limpo e tenha  uma boa arbitragem. E que prevaleça um clima de paz entre os torcedores (vizinhos do sul do continente) em Santiago.

**

   Rivalidade sadia

  Pelas banda de cá ... 

   Não gosto do tratamento que parte da imprensa/mídia esportiva dá ao clássico Ba x Vi, como se fosse uma guerra, batalha sangrenta, com ‘batalhões preparados’ para um combate de vida ou morte.  Há rivalidade, sim, mas é jogo, é esporte, é arte, diversão, que envolve cultura popular, torcida, paixão.  Não há por que insuflar violência na disputa. 

   Exagêros, até porque esse jogo de sábado não define nada. Estamos nos começos de uma competição, menos de ¼ apenas disputado. Os dois times baianos fazem campanhas razoáveis e quase iguais, entrando e saindo, um e outro do grupo dos quatro primeiros. Onde estão o desespero e o açodamento e a agonia, pois ? 

*

   A arbitragem será baiana, escolhida pela CBF : Arilson Bispo da Anunciação,  42 anos, do quadro da Confederação, com seis Bavis no currículo. Boa sorte !

*

   Queremos ver um bom futebol, sem catimbas, com boa arbitragem, jogo ofensivo, coletivo e de preferência com gols.  Bonito e com emoção, é tudo.   

    A perspectiva é de um público acima dos 25 mil, nas arquibancadas. Que as torcidas se comportem com respeito e civilidade, dentro e fora do  estádio. 

   Basta de tanta estupidez,  de violência, em nome da Mãe Natureza!  Amém.

**

   Desengano 

   De um amigo chamado Careca, já chegado nos anos e saudoso dos tempos em que ‘arrebentava’ nos campos de várzea de Itapagipe: “Gostei de bola enquanto era futebol; quando virou ‘baba’ desgostei  e nem consigo mais ver um jogo na tevê. Tá muito ruim”. Anotei. 

 *

   Craque

   De Tostão, bom de bola e de palavras em sua coluna “Doente do Corpo e da Alma”, sobre o atual futebol brasileiro:

  - ‘A primeira divisão do futebol está nos grandes times da Europa. O futebol que se joga no Brasil é, com boa vontade, da segunda divisão’.

...’ A seleção atual tem enorme espaço entre os setores, como os times brasileiros. Os volantes avançam na marcação e os zagueiros ficam muito atrás. Mas nossa principal carência é a falta de um excepcional atacante à frente de Neymar e de um grande meio-campista, que atue bem de uma intermediária à outra’. 

*

   Favorecidos

   Apesar da vergonheira que passamos, muita gente se deu bem, ganhou dinheiro e parece satisfeita com o vexame brasileiro na Copa América. É só apreciar as entrevistas de Dunga, Gilmar Rinaldi, dos diretores da CBF ... todos rindo à toa. 

  Bem, Robinho vai ganhar fortuna na China, Miranda transferiu-se para a Inter  de Milão, Douglas Costa (acreditem) foi contratado pelo Bayern (Alemanha) e Firmino, sim o avante (?) Firmino foi vendido por uma fábula ao futebol inglês. Até o Luiz Adriano, também convocado por Dunga, saiu do Shakhtar pro Milan. Altas transações ! 

   Ou seja, a seleção virou um bom balaio ou tabuleiro de negócios. E muita gente mama uma babinha nessas negociações.  Explicam-se, assim, certas convocações, escalações...