Joseph Blatter estaria reconsiderando sua decisão de deixar a presidência da Fifa e pode permanecer no cargo até o fim do seu mandato em 2019. De acordo com o jornal suíço “Schweiz am Sonntag“, o dirigente suíço recebeu mensagens de apoio de associações de futebol asiáticas e africanas pedindo-lhe para repensar a sua decisão de renunciar . Ainda de acordo com o jornal suíço, Blatter ficou honrado com o apoio e não descartou a possibilidade de permanecer no cargo.
Blatter está sob pressão para deixar o cargo desde que autoridades dos Estados Unidos e da Suíçafraude, extorsão, lavagem de dinheiro e propinas no valor de US$ 150 milhões (cerca de R$ 450 milhões) ligados a Copas do Mundo e acordos de marketing e de transmissão de jogos pela televisão. As prisões aconteceram dois dias antes do Congresso da Fifa que elegeria o novo presidente da entidade no mês passado. Nesta semana, .
Em comunicado oficial para negar as informações publicadas pelo jornal, a Fifa citou o discurso de Blatter no dia 2 de junho e disse que “não tinha mais comentários a fazer”. Na ocasião, Blatter disse que tomou a decisão por querer o melhor para o futebol e para a Fifa e que “por mais que tenha sido reeleito, parece que não tenho o apoio de todos no mundo do futebol”. Em seguida, afirmou que um novo presidente seria eleito no Congresso extraordinário da entidade que deve acontecer entre o final deste ano e o início do ano que vem.
Já o chefe de auditoria da Fifa, Domenico Scala, descartou qualquer possibilidade de o suíço permanecer a frente da entidade. Para ele, a saída do dirigente é “indispensável” para a reforma da Fifa.
- Para mim, as reformas são o tema central. Por isso acho que é claramente indispensável continuar com o processo iniciado de mudança do presidente como tem sido anunciado.
Uma reunião extraordinária do comitê executivo da Fifa foi marcada para 20 de julho, em Zurique, na qual o congresso eletivo deve ser marcado para a sucessão de Blatter. Ele deve ser realizado entre dezembro de 2015 e março de 2016, de acordo com o Comitê de Auditoria, que supervisiona o processo eleitoral.