Os presidentes das 27 federações estaduais estiveram presentes nesta quinta-feira na sede da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), na Barra da Tijuca, para votar em assembleia mudanças no estatuto da entidade. De acordo com Francisco Noveletto, presidente da Federação Gaúcha de Futebol, as modificações que dão mais poder de decisão aos clubes e limita o mandato da presidência para uma reeleição foram aprovadas por unanimidade pelos dirigentes.
- A principal notícia deste encontro é que os clubes saem fortalecidos - disse Noveletto dando a entender que a CBF não tem mais direito de veto às decisões tomadas pelo Conselho Técnico. - Sai satisfeito da assembleia. Foi uma das reuniões mais produtivas que tivemos na entidade.
Com essa nova regra, os clubes teriam autonomia sobre a organização das competições. Esse Conselho é formado por clubes de todas as divisões nacionais. Mas, obviamente, cada série tem um peso. Sendo que a A tem um peso maior do que a B,C e D juntas.
Noveletto também afirmou que o direito à reeleição só passa a valer a partir da próxima eleição, em 2019. O dirigente também disse que o presidente Marco Polo Del Nero prometeu não concorrer novamente ao cargo máximo da CBF.
Outro ponto importante da assembleia foi quanto a uma possível vacância na presidência da CBF. O atual estatuto diz que o vice-presidente regional mais velho assumiria a presidência caso Del Nero deixe o cargo. Esse ponto foi mantido até 2019. Especulava-se que Del Nero tentaria uma manobra para modificar esse ponto do estatuto. Já que o atual vice-presidente mais velho é Delfim Pádua Peixoto, presidente da Federação Catarinense de Futebol, que é tido como oposição a atual presidência.
- Não se falou em renúncia de Del Nero na assembleia - disse Noveletto.
Esta assembleia está sendo realizada três dias após as federações estaduais e os clubes (à exceção do Corinthians) terem se reunido na sede da CBF para discutir mudanças no estatuto.
Até o momento, o clima é tranquilo na sede da CBF nesta quinta-feira. Apenas um homem com um cartaz escrito “Corrupção é o maior vandalismo” fazia um protesto tímido na frente do prédio.