O ex-presidente da Conmebol Nicolas Leoz teve sua prisão domiciliar decretada nesta segunda-feira, no Paraguai. Leoz é um dos 14 acusados por uma investigação da Justiça dos EUA de participar do esquema de corrupção e lavagem de dinheiro que envolveu dirigentes da Fifa, Conmebol, Concacaf e empresários de marketing esportivo. Em sua sentença, o juiz Humberto Otazú afirmou que chegou a oferecer a Leoz a opção de extradição para os EUA, mas o antigo mandatário da Conmebol recusou, alegando desconhecer os delitos pelos quais era acusado.
Nicolas Leoz teve sua prisão requisitada pelo Departamento de Justiça dos EUA, que o acusou de ser beneficiário de um esquema de pagamento de subornos para garantir à Traffic, empresa do brasileiro J. Hawilla, exclusividade na compra de direitos de transmissão de diversas edições da Copa América. Leoz, no entanto, escapou da operação da polícia suíça, que prendeu sete dirigentes da Fifa na última quarta-feira, dois dias antes da reeleição de Joseph Blatter. O ex-presidente da Conmebol, de 86 anos, estava hospitalizado no Paraguai por conta de uma crise de hipertensão.
A justiça paraguaia havia aberto processo de extradição de Leoz na última quinta-feira, a pedido da Justiça americana. O juiz Humberto Otazú deu prazo de 60 dias para que as autoridades dos EUA apresentem acusações e provas contra Leoz, antes de deliberar a respeito de sua extradição. Como as leis do Paraguai não permitem a prisão de cidadãos com mais de 70 anos de idade, Leoz ficará preso preventivamente em sua residência.