O Qatar afirmou nesta sexta-feira que "respeitou os mais altos padrões éticos" para obter a organização da Copa do Mundo de 2022, negando acusações de corrupção que pesam sobre a escolha do país para sediar o evento.
"Queremos lembrar que repeitamos totalmente as investigações abertas sobre o processo de candidaturas 2018/2022 e vamos continuar fazendo isso", explicou o comitê organizador do Qatar num comunicado que é a primeira declaração oficial desde quarta-feira, .
"O nosso objetivo ao sediar a Copa é usar o poder positivo do esporte para reunir as pessoas e mostrar ao mundo a paixão da nossa região por futebol", completa o comunicado.
Na manhã de quarta-feira, enquanto sete dirigentes da Fifa estavam sendo detidos em Zurique a pedido da justiça americana por suspeitas de corrupção, o ministério público abriu um processo "por lavagem de dinheiro e gestão desleal" relacionados à escolha das sedes das Copas do Mundo de 2018 e 2022. Documentos eletrônicos foram apreendidos na sede da Fifa.
Desde a escolha do Qatar para sediar o Mundial de 2022 foram várias as suspeitas de corrupção. A Fifa chegou a pedir para o ex-procurador Michael Garcia investigar o caso, mas o americano acabou renunciando ao cargo em dezembro do ano passado, alegando que a entidade fez uma leitura "incompleta e equivocada" do seu trabalho, cujo relatório nunca foi publicado na íntegra.
O Qatar também é alvo de denúncias de trabalho escravo, além de problemas relacionados às fortes temperaturas no país, por isso a competição deve acontecer em novembro e dezembro, e não em junho e julho, como acontece normalmente.