Esporte

Pezão diz não acreditar que prisão de Marin respingue na Copa de 2014

Renan Calheiros, disse que, se houver número suficientes de assinaturas dos senadores, o Senado instalará uma CPI neste sentido
Agência Globo , Brasília | 27/05/2015 às 18:30

O governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, disse nesta quarta-feira não acreditar que a prisão do ex-presidente da CBF e atual vice, José Maria Marin, manche a Copa do Mundo realizada no Brasil.

— Me parece que foi pelas escolha das sedes futuras, não vi a reportagem toda. Claro que mancha o futebol do mundo ter diversos dirigentes da Fifa presos, não é um fato trivial. Acredito que vai trazer abalos para o futebol mundial — afirmou Pezão ao cumprir agenda no Congresso.

Indagado por jornalistas se a prisão de Marin traz de novo à tona a necessidade de criar CPI no Congresso, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse que a criação de uma comissão mista seria “o mais provável”, mas depende da adesão dos parlamentares.

— Tem sempre o mecanismo da CPI mista (Câmara e Senado), se tiver um número de um terço das assinaturas da Câmara e do Senado, pode ser instalada, é automática, independe. Se for na Câmara, tem a fila, é inevitável, não tem como fugir da fila. Então, se for o caso, eu não vi os detalhes, eu só tomei conhecimento por alto, mas, se há o mesmo ambiente no Senado e na Câmara, que se construa uma CPI mista, isso é o mais provável — disse Cunha.

O presidente do Senado, Renan Calheiros, disse que, se houver número suficientes de assinaturas dos senadores, o Senado instalará uma CPI neste sentido.

Além de Marin, a polícia da Suíça prendeu nesta quarta-feira outros seis dirigentes ligados à Fifa a pedido da justiça dos Estados Unidos. Os suspeitos foram detidos num hotel em Zurique e poderão ser extraditados para os EUA.

Contra eles pesam acusações relacionadas a um grande esquema de corrupção dentro da Fifa nos últimos 24 anos, envolvendo corrupção, fraude, extorsão, lavagem de dinheiro e propinas no valor de US$ 150 milhões (cerca de R$ 450 milhões) ligados a Copas do Mundo e acordos de marketing e de transmissão de jogos pela televisão. Os mundiais da Rússia (2018) e do Qatar (2022) são alvos da investigação de agentes do FBI.