O destino de Jóbson está nas mãos da Fifa. Às 23h da última segunda-feira, os advogados do atacante enviaram um pedido de efeito suspensivo a entidade para que ele volte a jogar até que seja julgado o mérito de sua apelação referente a suspensão de quatro anos por ter se recusado a fazer exame antidoping. Esse julgamento deve ocorrer em até dois meses. Mas não existe prazo para a resposta da Fifa quanto ao efeito suspensivo.
Portanto, não é possível saber se Jóbson voltará a campo ainda este ano. Muito menos se terá condições legais de atuar no domingo, contra o Vasco, no segundo jogo da final do Carioca.
— O efeito suspensivo é uma exceção dada pela Fifa. É algo difícil acontecer. Tudo que poderíamos fazer já fizemos. Agora, é com a Fifa. Quero deixar bem claro que o jogo de domingo está em segundo plano. Nossa preocupação maior é salvar a carreira do jogador — disse Marcos Motta, advogado de Jóbson neste caso.
A punição dada a Jóbson impede até que ele treine no clube. Anteontem, ele treinou com os juniores, mas os advogados alertaram ao Botafogo e Jóbson já não apareceu no treino de terça-feira.
Em conversa informal com os jornalistas, René Simões voltou a afirmar que esse tipo de suspensão é uma espécie de “pena de morte”.
— Até segunda-feira eu sabia onde o Jóbson estava, o que estava fazendo. Hoje , com essa suspensão, vai saber onde ele está... — disse o treinador.
Apesar da suspensão de Jóbson e de não ter sido o mandante, o Botafogo fez questão do exame antidoping no primeiro jogo da final e pagou por isso. No Carioca, esses testes não são obrigatórios. E o Vasco é o único clube grande que não exige o exame em seus jogos.
Nesta quarta-feira, às 22h, com um time repleto de reservas e de juniores, o Botafogo faz o primeiro jogo contra o Capivariano, em Capivari (SP), pela segunda rodada da Copa do Brasil. Os únicos titulares serão Gegê e Sassá. Renan será o goleiro. Nem mesmo René Simões estará presente. O time será comandado pelo auxiliar técnico Alfredo Montesso.
Apresentado na terça-feira e com contrato até o fim do ano, Daniel Carvalho, de 32 anos, está relacionado e deve entrar no segundo tempo. Ele estava afastado do futebol há cerca de um ano e vinha treinando com o grupo alvinegro há dois meses. O jogo de hoje também marca o retorno de Cidinho após um ano afastado se recuperando de cirurgia no joelho esquerdo.
Pelo Capivariano, o destaque é o volante Amaral, de 42 anos, que já passou por diversos clubes grandes do país.