Esporte

Após sumiço, Michael faz contato com diretoria do Fluminese

O tricolor deve anunciar uma punição
Agência Globo , Rio de Janeiro | 20/03/2015 às 12:24

O atacante Michael, do Fluminense, fez contato com o clube na noite desta quinta-feira. O jogador estava sumido desde a véspera, quando não apareceu para treinar e não foi localizado. Ficou acertado que ele vai se reunir com a diretoria nesta sexta-feira para explicar o que o levou a não manter contato. O tricolor deve anunciar uma punição.

O sumiço ocorreu três dias depois de Michael ser suspenso por mais quatro meses pelo Tribunal Arbitral do Esporte (CAS), com sede na Suíça, por uso de cocaína. Depois da notícia, o jogador não compareceu ao treino na manhã de quinta-feira, nas Laranjeiras, e não deu qualquer explicação à diretoria ou à comissão técnica ao longo do dia.

Até parentes e amigos disseram desconhecer o paradeiro do jogador. Mesmo com a punição, a defesa conseguiu um acordo com a corte que permite ao atacante continuar treinando durante o período de suspensão.

Não é a primeira vez que Michael falta às atividades este ano. No dia 26 de janeiro, ele também faltou um treinamento sem dar justificativas. Depois de a diretoria ter conseguido contato, ele alegou “problemas pessoais”.

Na ocasião, os dirigentes não quiseram divulgar se haveria alguma punição. O atleta voltou a treinar, foi relacionado para algumas partidas e entrou no segundo tempo do jogo contra o Macaé, no fim de semana (derrota tricolor por 1 a 0).

Logo após o primeiro deslize do ano, o jogador concedeu entrevista e admitiu a falta. Ele sabia que o caso poderia gerar desconfiança sobre sua conduta e disse estar preparado para as críticas:

— Tive um problema particular. Falei com o clube, o Fluminense aceitou e, para mim, já passou. Se tiver alguma punição, vou aceitar. Eu me preparei psicologicamente para todas as notícias e tenho certeza de que já passou — disse, na época.

Em 2013, Michael foi pego em exame antidoping por uso de cocaína. Ele recebeu pena de 16 meses, reduzida depois à metade, em julgamento de recurso. O jogador já havia ficado oito meses sem atuar antes da Wada (sigla em inglês da Agência Mundial Antidopagem) recorrer da decisão da Justiça Desportiva brasileira. Até que, na última segunda-feira, o CAS decidiu que ele terá de cumprir mais quatro meses e meio, até chegar ao total de 13 de suspensão.