Esporte

Brasileiros avanção à 3ª fase em Gold Coast

Filipe Toledo comanda atuação dos brasileiros na repescagem em Snapper Rocks, Austrália
waves/terra | 11/03/2015 às 13:02
Filipe Toledo comanda atuação dos brasileiros na repescagem em Snapper Rocks
Foto: WSL / Kirstin

Depois de paralisar a competição durante a maré cheia, a World Surf League (WSL) deu sequência ao Quiksilver Pro Gold Coast em Snapper Rocks, Austrália.

Em ondas de meio metro e formação prejudicada pelo vento, os brasileiros Filipe Toledo, Wiggolly Dantas, Miguel Pupo e Italo Ferreira repetiram o bom de desempenho de Adriano de Souza e também seguiram à terceira fase.

A única baixa foi Jadson André, eliminado por Pupo no último duelo do dia. Na terceira fase, o Brasil ganha o reforço de Gabriel Medina, que estreou com vitória na Austrália e livrou-se da repescagem.

Depois da vitória de Adriano de Souza no duelo contra C.J. Hobgood, o Quiksilver Pro Gold Coast voltou a entrar em cena com uma boa performance de Taj Burrow no confronto com o estreante Ricardo Christie, superado por 15.17 a 9.84.

Na sequência, Josh Kerr bateu Brett Simpson por 12.74 a 10.40 e Kolohe Andino levou a melhor sobre Jeremy Flores numa disputa acirrada (15.83 a 15.53). Na oitava bateria, Owen Wright registrou o maior somatório do dia (16.60) para eliminar o novato havaiano Keanu Asing, autor de 12.33.

A partir daí, os brasileiros passaram a tomar conta de Snapper Rocks, derrubando três australianos consecutivamente. Com 6.17 e 5.50, Italo Ferreira bateu o experiente Adrian Buchan (6.33 e 4.77).

“O último ano foi o melhor da minha vida porque me classifiquei ao tour”, diz Italo. “Este é o meu sonho, estou amarradão por passar a minha primeira bateria e me sentindo confiante. Gabriel é um surfista incrível e é a minha inspiração na água. Hoje as condições estavam difíceis, mas foi divertido”, revela Italo.

Em seguida, Filipe Toledo não deu mole a Adam Melling. Depois de ver Melling abrir bem a disputa com 6.67, o ubatubense mostrou um ritmo eletrizante e saiu da água com 8.27 e 8.20 nas duas melhores ondas, dando-se ao luxo de descartar 7.00, 7.80 e 6.27.

“Eu me sinto muito empolgado. Cometi uns erros na minha estreia, então desta vez tentei relaxar, respirar e ter calma. Depois que fiz aquele primeiro 8, ficou tudo bem. Espero ficar entre os top 5 este ano e brigar pelo título com Gabriel, Kelly ou Mick. Vai ser um bom ano”, diz Filipe.

Na 11a bateria, Wiggolly Dantas mostrou um ótimo poder de recuperação ao virar o placar contra Kai Otton, que abriu boa vantagem com 5.50 e 8.43. Depois de esperar bastante por uma onda, o brasileiro diminuiu o placar com 7.83. 

Faltando cerca de três minutos, Kai Otton abriu mão de uma valinha e Guigui - que buscava no mínimo 6.11 - não desperdiçou a oportunidade, virando a disputa com 6.33. O australiano ainda tentou dar o troco na última onda, mas conseguiu 5.37 (precisava de 5.73).

“Apenas relaxei e estou bem confiante porque tenho surfado nestas ondas pelos últimos 10 dias”, diz Wiggolly. 

Fechando a repescagem do Quiksilver Pro Gold Coast,, Miguel Pupo derrotou o compatriota Jadson André por 14.10 a 10 pontos. Pupo largou na frente com uma nota 7.00 e Jadson teve dificuldade para reagir nas difíceis condições. Para piorar a situação do potiguar, Miguel Pupo ampliou vantagem com 7.10 e ficou em situação mais tranquila no outside. Logo depois, Jadson teve a sua melhor onda na bateria (5.67), mas não conseguiu chegar perto dos 8.43 que passou a buscar para vencer Miguel.