Esporte

BAVI decepcionam na largada do campeonato baiano, por ZÉDEJESUSBARRÊTO

Neymar joga bolão na Espanha e está sendo endeusado
ZédeJesusBarrêto , Salvador | 01/02/2015 às 21:42
Vitória não saiu do 0x0 contra o Bahia de Feira
Foto: ECV
Os dois times de maior estrutura e de maiores torcidas no estado, Bahia e Vitória,  decepcionaram seus torcedores na  abertura do Baianão 2015. O campeão de 2014 apanhou em Conquista e o rubronegro, na Toca do Leão e diante de seu torcedor, não saiu de um 0 x 0 contra o Bahia de Feira, uma equipe jovem e desconhecida que surpreendeu coletivamente, jogou fechadinha e teve boas chances de vencer. O torcedor rubronegro que foi ver Neto Baiano, Jorge Wagner, Amaral ...  terminou vendo uma ótima atuação do goleiro Leo e todos o sistema defensivo e de marcação no meio campo do time feirense, e saiu cabreiro do estádio.

Já para o ressabiado torcedor do Bahia não poderia ter sido pior a estreia do time no ‘Baianão’. Levou 2 x 0 do Vitoria da Conquista, lá no Sudoeste e teve seus dois laterais expulsos, Railan no fim do primeiro tempo e Raul no final do segundo. Teve maior domínio em campo mas levou chumbo. Pelo quinto ano seguido o tricolor estreia no campeonato sem triunfo.  Maus prenúncios ? 

Duas equipes de segundona ? 

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A primeira rodada do Baianão mostrou o futebol de Vitória da Conquista em alta. O Serrano, da mesma cidade do sudoeste, enfiou 2 x 0 no Feirense, no Joia da Princesa em Feira de Santana.

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Barradão

Já à noite, lua quase cheia, pouca gente no Barradão para a estreia  no ‘Baianão’ do novo rubronegro 2015, com três novas contratações em campo - Amaral, Neto e Jorge Wagner- e tendo como adversário o Bahia, o outro, o de Feira de Santana; o mesmo que, não faz muito, ganhou um título baiano ali mesmo, na Toca do leão.

Bola rolando, o time da casa foi pra cima, tomando a iniciativa. Encurralou, cruzou, tentou de toda forma mas o time de Feira fechou-se, rebateu, segurou e o goleiro Leo apareceu bem em duas ou três oportunidades, destacando-se.  Nos contragolpes, aqui e ali, o Bahia de Feira também chegou. Até marcou um gol, aos 15 minutos, após cobrança de escanteio, mas o árbitro Émerson Andrade anulou, estranhamente.   Aos 47, o apoiador Lima deu um chutaço do meio da rua que passou pelo goleiro Fernando Miguel e explodiu no travessão. Não foi um bom jogo tecnicamente, a bola mal trabalhada no meio campo, mas as equipes buscaram o gol na base dos chutões, bolas longas.

Logo no começo da segunda etapa, após outra boa jogada de Vander, Jorge Wagner perdeu boa chance, de frente. Aos 43’, o time interiorano, num contragolpe, perdeu um gol incrível.  Num todo, foi um jogo mal jogado, truncado, com jogada bisonhas de parte a parte. Ao Vitória, faltou coletividade, criatividade, objetividade... apesar da melhor qualidade individual e rodagem de seus atletas.  Ao Bahia de Feira sobrou vontade, aplicação tática, vontade de enfrentar time grade e de se dar bem no Baianão. Esse campeonato promete.

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Destaques no Bahia de Feira para o goleiro Leo (Leonardo), o zagueiro Correia, o armador Fernando Baiano e o bom esquema tático, coletivo, de marcação total e velocidade nos contragolpes armado pelo treinador Nadélio Rocha. 

No Vitória, a raça de Amaral e lampejos de Vander.  Jorge Wagner parece pesadão, lento; Neto Baiano fora de tempo.    

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Lomantão

 Tarde domingueira  com um sol de 32 graus no sudoeste, muito cimento à vista nas arquibancadas e grama alta e verde no bom piso do Lomantão. Com a bola rolando, o tricolor, campeão baiano, foi pra cima, tomou a iniciativa, explorou bem o lado direito como os avanços de Railan tabelando com Willians e Tiago Real, teve o domínio até os 30 minutos mas não ameaçou muito o gol de Viáfara. Só aos 33 minutos o Vitória da Conquista ameaçou com um chute de fora que Omar espalmou. E em cinco minutos o time interiorano virou a história do primeiro tempo, surpreendendo: aos 38’, trocando passes, envolveu a defensiva tricolor e a bola sobrou livre na área para o meio Diogo Capela, pelo lado direito, que bateu firme, seco e rasteiro acertando o cantinho de Omar – 1 x 0.  Aos 43’, num rápido contragolpe pela esquerda, Railan foi envolvido e, caído, pos a mão na bola. O árbitro marcou pênalti e, por cima, expulsou o lateral tricolor. André Oliveira executou: 2 x 0. Não podia ser melhor para o Vitória da Conquista. 

O sol mais ameno, o Bahia, com um a menos em campo,  voltou com Tony e Rômulo, substituindo Feijão e Tchô. E foi pra cima, na pressão. Brigou, tentou, buscou ... em vão. O Vitória da Conquista bem fechadinho, correndo muito,  marcando, catimbando, matando as jogadas com faltas seguidas, garantiu o placar. As chances de gol foram raras e o placar justo em função da aplicação tática, da disposição física e coletiva da equipe interiorana.  

O torcedor conquistense, feliz da vida, gritou ‘Olé’ e chamou o Bahia de timinho de segunda. Dizer o quê? 

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Destaque para  Viáfara, o goleiro colombiano,na manha, orientando, com boas saídas de gol e liderança. A zaga, com Fernando Belém e José Álvaro não errou, ganhou quase todas. No meio, bom futebol de Diogo Capela.

No Bahia, os melhores foram Bruno Paulista, Titi e Rômulo, que entrou no segundo tempo. 



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Quase ninguém

 Com meia dúzia de heroicos ‘fominhas de bola’ nas arquibancadas de Pituaçu, o Baianão começou na tarde ensolarada de sábado, com uma rodada dupla, em função de Catuense e Jacuipense mandarem seus jogos na Capital porque os estádios de Alagoinhas e Riachão de Jacuípe, sede das equipes, não têm condições de abrigar jogos profissionais.

Ainda sob sol forte, Catuense e Colo-Colo de Ilhéus fizeram uma partida tecnicamente fraca e (não) mostraram pouco, vão ter de melhorar muito seu futebol para justificar presença na competição. 

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Já anoitecendo, Jacuipense e Juazeirense fizeram uma partida bem melhor de se ver, mais bem jogada, com o time do norte do estado dominando a primeira etapa e chegando aos 2 x 0, com gols do camisa 7 Naldo (o primeiro gol do campeonato, aos 12’) e do baixinho artilheiro Sassá. A Jacuipense voltou melhor na segunda etapa e o jogo virou  um lá e cá. Quem diminuiu para a Jacuipense foi o veterano Nadson, mostrando que o faro de gol está aceso ainda.

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 Outros resultados dessa primeira rodada:

Jacobina 0 X 0 Galicia, no Joia da Princesa, em Feira;  e também no Joia, em rodada dupla, Feirense 0 X 2 Serrano.



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Próxima rodada: 

No sábado, dia 7 de fevereiro, às 18h30, em Pituaçu : Bahia x Jacobina.

No domingo, dia 8, às 16 hs: Juazeirense x Feirense (no Adauto Moraes, em Juazeiro); Bahia de Feira x Catuense ( Jóia da Princesa, em Feira de Santana); Serrano x Vitória (no Lomanto Jr, Conquista); Galícia x Vitória da Conquista (Pituaçu); Colo-Colo x Jacuipense (Mário Pessoa, em Ilhéus).

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- No meio da semana tem início a Copa do Nordeste. Quarta-feira, na Fonte Nova, às 19 hs, Bahia x Campinense.

  No mesmo dia o Vitória estreia contra o Confiança, no Batistão, Aracaju.



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A teia do Aranha 

Aos 39 anos, mais rico e também mais lento, após duas derrotas seguidas e um tempão de molho recuperando-se de um fratura feia na perna, o ex-supercampeão e mito do UFC/MMA Anderson Silva voltou ao octódromo, em Las Vegas, e venceu por decisão unânime dos árbitros o até então meio desconhecido e marrento Nick Diaz, sem empolgação.

O nosso ‘Aranha’ mostrou-se contido, muito cauteloso e pouco ousado. Foi o adversário que provocou, chamou para a briga e arriscou umas gracinhas, sem tirar Anderson do sério, burocrático. A luta se deu todo tempo em pé, com mais jogos de esquiva do que golpes incisivos.  O ‘Spider’ jabeou bem, manteve sempre o rival à distância sem correr riscos, acertou uns dois bons socos na ‘lataria’ de Diaz fazendo-o sangrar, desferiu alguns chutes sem muita convicção – até para provar que está recuperado da fratura -, e administrou com frieza e maturidade os cinco rounds de cinco minutos cada sem buscar o nocaute ou a finalização como era esperado. Nalguns momentos parecia um ‘combate armado’, combinado entre as partes. 

No final, após a decisão dos árbitros, Anderson arriou-se no tablado chorando muito, uma mostra do quanto estava apreensivo, tenso e temeroso com a volta.  Não, o supercampeão  mostrou-se estranho, não parece mais o mesmo. Será que é chaga a hora de parar? Na coletiva, após o combate, ele disse que recebeu um telefonema do filho, em prantos, pedindo para que ele não lute mais.   Melhor ouvi-lo, pois com a idade os riscos nesse tipo de esporte são bem maiores. 

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Foi um combate chato de ver na TV, e vi sem som porque não dá para suportar as ‘gavionices’ do Sr Bueno.



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Neymar

Neymar é a bola da vez na Espanha. Fazendo gols, desequilibrando em favor do Barcelona, ao lado de Messi  e  criando polêmicas com seu jeito irreverente de ser, com seu jogo moleque, no bom sentido.  Neymar  gosta de brincar de bola, de dar espetáculo, de provocar o adversário e não se intimida com ameaças nem com o jogo violento.  Vai pra cima. Na sua leveza e postura às vezes Neymar  lembra  Garrincha.  E fico a pensar: O que seria de Mané, hoje, com a sua genial molecagem em campo? Seria trucidado ?  

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Cariocão

Em Macaé, Rio de Janeiro,  ( Macaé 1 x 1 Flamengo), sábado,  torcedores do rubronegro carioca invadiram os vestiários do time da casa, roubaram pertences do jogadores, ameaçaram e agrediram o goleiro Ricardo Berna que foi a campo mesmo com o queixo machucado  e fechou o gol.

Dois dias antes, numa reunião dos clubes com a FCF, o pau quebrou e os dirigentes do Fla e do Flu saíram da reunião depois de terem sido xingados e ameaçados pelo presidente da federação carioca, apoiado pelo famigerado Eurico Miranda, do Vasco, que voltou a dar as cartas na entidade, como nos velhos tempos. Para muitos, tudo não passa de uma briga de mafiosos, coisas do Rio. .  

Triste futebol  brasileiro!   Também, com o ministro de esporte que temos, com o Marin à frente da CBF...  que podemos mais esperar? 

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