Esporte

Acuada, Fifa encaminha caso de corrupção à Justiça

Presidente do Conselho de Ética da Fifa, Hans-Joachim Eckert, aconselhou Joseph Blatter a levar a investigação à Justiça Comum.
Terra | 18/11/2014 às 15:13

Após a divulgação feita na última quinta-feira de um relatório inocentando as candidaturas das Copas de 2018, na Rússia, e 2022, no Catar, de corrupção, a Fifa voltou atrás nesta terça-feira, revelando que o caso irá para a Justiça de Berna, na Suíça.

A rápida mudança, segundo a entidade máxima do futebol, se deve ao fato de a Fifa acreditar que alguns investigados no caso deram falsos testemunhos ao presidente do Comitê de Investigação do Conselho de Ética, o promotor Michel Garcia. Com isso, o presidente do Conselho de Ética, Hans-Joachim Eckert, aconselhou Joseph Blatter a levar a investigação à Justiça Comum.

"Temos que reconhecer que o Comitê de Ética da Fifa é limitado em alguns casos. Como membros de uma entidade privada, não temos os mesmos meios que um promotor federal. Se o presidente da Comissão de Ética me aconselhou a procurar as autoridades, vamos ouvi-lo", explicou Blatter.

Eckert também revelou ter suspeitas de conduta criminosa durante o inquérito envolvendo as candidaturas dos países para sediar a Copa do Mundo. "O Comitê de Ética detectou pontos que podem representar indícios de conduta criminosa no sistema legal suíço", disse o dirigente.

Depois que o relatório foi divulgado, inocentando as duas candidaturas, Michel Garcia, que conduziu as investigações, criticou o conteúdo do documento. "O documento é incompleto e errôneo. Tenho a intenção de recorrer dessa decisão ao Comitê de Apelação da Fifa", contou o promotor americano.