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Terra , Turquia |
14/11/2014 às 11:59
O baiano Talisca sente-se à vontade na seleção brasileira
Foto: Mowa Press
Peíodo de adaptação? Para Anderson Talisca, esse termo parece não existir. Estrela e goleador do Benfica em seu primeiro semestre no clube europeu, o meia-atacante revelado no Bahia também já se sente à vontade na Seleção Brasileira. Ele ainda não estreou oficialmente – ficou só no banco na vitória por 4 a 0 sobre a Turquia, na última quarta-feira –, mas nos bastidores já conquistou a simpatia dos companheiros com carisma e bom-humor.
Tímido, mas sempre pronto para soltar alguma frase cômica, o baiano de Feira de Santana disse que foi aprovado no "batismo" dos novatos na Seleção, quando teve que cantar, dançar e contar piada para os mais experientes. "Tive que cantar, mas não tive muita dificuldade, não. Cantei um pagode do Revelação, fui aplaudido. Contei piada de baiano, os caras se mataram de rir lá. Neymar gostou, depois você pergunta pra ele", riu Talisca, que preferiu não repetir a anedota diante dos microfones.
Aos 20 anos, o atleta teve uma ascensão meteórica de revelação do Bahia a verdadeiro superstar em Portugal. Adorado pelos fãs do Benfica, foi também abordado pela imprensa portuguesa em Viena, onde o Brasil enfrenta a Áustria na próxima terça-feira em amistoso. Em dez jogos no Campeonato Português, foram oito gols, além de um na Liga dos Campeões.
"Não esperava (fazer sucesso tão rápido) por causa da adaptação, achei que ia ser uma coisa e foi totalmente outra. Cheguei parecendo que estava no Brasil, não senti nada. Só agora que vai fazer um friozinho mesmo, mas está tranquilo", brincou o meia, que é presença constante na Seleção Olímpica comandada por Alexandre Gallo.
Outro fator apontado para a adaptação rápida foi o próprio estilo de jogo do Bahia. Segundo Talisca, o futebol europeu é mais rápido e intenso que o brasileiro, mas essa forma de atuar já era incentivada no clube de Salvador, o que facilitou seu encaixe no Benfica. "Sempre trabalhei no Bahia com intensidade. Futebol europeu é muito diferente, é outro ritmo, tem que estar preparado. Tem muita cobrança, porque lá é mais coletivo, no Brasil é um pouco individual. Lá todos jogam e todos marcam, todos participam".
E agora, na Seleção principal, para a qual foi convocado após o corte por lesão de Lucas, do PSG? "Espero continuar, ganhar espaço, crescer também como ser humano. Em um grande clube europeu eu já estou, porque o Benfica é grande", disse Talisca, com a simplicidade que já o enturmou entre os veteranos do time. "Até achava que eu ia jogar mais um pouco no Brasil, acabei saindo rápido. Mas voltar agora... quero não".