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ZédeJesusBarreto , Salvador |
07/11/2014 às 12:04
Presidente do Bahia sendo pressionando e passando fase ruim
Foto: BN
- Os jogos pela Copa do Brasil que classificaram Cruzeiro e Atlético para a grande final mineira, inédita. Jogaços ! E teremos festa em BH, Mineirão cheio, os olhos do país inteiro voltados para Minas Gerais, onde se joga o melhor futebol do país já há algum tempo. O Cruzeiro tem um elenco mais qualificado, uma equipe mais técnica, porém a raça do Galo é algo admirável; é o time da virada, do ‘eu acredito!’. Imagina o clima dessa decisão !
- Pela Copa do Brasil sub-20, Bahia x Vitória fazem uma das semifinais do torneio. Um alento de esperança nessa garotada que significa o futuro do futebol baiano. Só acreditando, investindo nos meninos da base poderemos formar boas equipes. Aì estão o Zé Wélisson, o Bruno Paulista, Railan, Pará, Feijão, Mansur, Willie ... Melhor que trazer, a altos custo, refugos envelhecidos sem nenhuma identidade com as camisas que envergam. De olho, pois, nesse clássico Ba x Vi, sub-20, olhos de esperança.
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Falemos de crises:
- Com o time, em campo, ocupando o penúltimo lugar na tabela de classificação do Brasileirão 2014, atolado na chamada zona do rebaixamento – os quatro últimos que caem para a segundona, a série B - o Bahia, clube de maior torcida no estado, às vésperas de mais uma eleição para sua diretoria, vive um momento de desmandos e falta de comando fora dos gramados.
Diretores que por um motivo ou outro pularam fora - Reub Celestino, Sidônio Palmeira, Valton Pessoa-, mais os gerentes e diretores ligados à comissão técnica e o departamento de futebol - William Machado, Ocimar Bolicenho, Marcos Vinícius e Rodrigo Pestana - e o barco quase à deriva, o leme vacilando nas mãos já sem sustança do presidente Fernando Schimidt.
Daí ... Insegurança, desmandos, salários atrasados, desconfianças ... claro que isso tem reflexos na equipe em campo, a seis rodadas do fim da competição e precisando ganhar no mínimo quatro dos jogos que faltam; missão difícil, série B à vista, mais uma vez. O Bahia, que fez história no século XX, ganhou dois títulos nacionais, parece que se afundou no século XXI , ou ainda não entrou nele de verdade.
Eleições em dezembro, o sócio-torcedor com direito a voto. Mas, a essa altura do campeonato, confiar e votar em quem ? Apresentou-se, até agora, como possível candidato o radialista e empresário do ramo do futebol Antonio Tillemont. Fala-se também nos nomes do empresário e engenheiro Rui Cordeiro, sonha-se com Virgílio Elísio da Costa Neto, atualmente diretor da CBF, e até especulou-se a volta do ex-presidente do Tribunal de Contas e ex-presidente tricolor, o Paulo Maracajá, que já disse nos microfones que está fora do páreo.
Com o time na série B, o desastre e ... muita revolta da devotada, envelhecida e sofrida torcida tricolor.
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Falando de expectativas:
- No fim de semana, o Vitória, bem ali colado na porta da zona, enfrenta o São Paulo, no Barradão. É vencer ou vencer, até porque depois o time fará jogos difíceis fora. O rubronegro tem todas as vantagens, mesmo com uma equipe inferior técnica e individualmente. Joga em casa, com a torcida empurrando, teve uma semana só de descanso e treinamentos, há um clima de confiança entre os atletas e até no seio da galera.
O São Paulo, de olho nos primeiros lugares do Brasileirão e disputando a fase final da Copa Sulamericana, chega a Salvador com os atletas no bagaço, três jogos em uma semana e muitas horas de aviões, aeroportos e hotéis. A equipe terá pernas para aguentar o ritmo forte do Leão, em sua toca ? É o que veremos.
- Já o Bahia, que não pode mais nem pensar em empates, joga domingo em Goiânia, no espaçoso Serra Dourada, contra o Goiás, parada difícil. O clube em crise fora de campo, a equipe cheia de desfalques e com o treinador Gilson Kleina na corda bamba. Que time vai a campo, como os jogadores reagirão nesse momento crucial ? Nem os torcedores mais ferrenhos confiam numa reação positiva e consequente classificação do tricolor nessa reta final. Até porque a equipe mostra erros fundamentais a cada jogo: um goleiro indeciso e que tem levado gols fáceis, um ataque que finaliza muito pouco e mal. Não, não falta vontade, falta qualidade ao elenco do Bahia. Os torcedores esperam que alguns jogadores se superem, surpreendam e eu possa queimar a língua.
Amém.