Esporte

Em jogo eletrizante, Galo vence Lanús e conquista a Recopa

Placar de 4 a 3, confirmado somente na prorrogação, garante o quarto título internacional da história do Atlético-MG
Globo , BH | 24/07/2014 às 00:46
Ronaldinho Gaúcho foi substituido no segundo tempo
Foto: Reuters
Na véspera de comemorar um ano da conquista do título da Taça Libertadores, o Galo tem novamente a América a seus pés. Jogando diante de sua apaixonada torcida, num Mineirão lotado e pintado de preto e branco por 54.786 pagantes, o Atlético-MG venceu o Lanús, por 4 a 3, na noite desta quarta-feira, e levantou a Recopa Sul-Americana, pela primeira vez em sua história. Os gols da partida foram feitos por Diego Tardelli, Maicosuel, Luan e Ayala (contra) para o Galo, e Ayala, Santiago Silva e Acosta para o Lanús. O resultado só foi concretizado na prorrogação. No tempo normal, o Lanús venceu por 3 a 2. Nos 30 minutos extras, o Atlético-MG fez 2 a 0. A vitória por 1 a 0, no jogo de ida, em Lanús, garantiu aos brasileiros o placar agregado de 5 a 3.

O Galo teve que suar muito para ser campeão. A fraca atuação do Lanús, semana passada, na Argentina, deixou a impressão de que o time brasileiro teria vida fácil no Mineirão. O gol de Diego Tardelli, o centésimo dele com a camisa do Atlético-MG, logo aos seis minutos do primeiro tempo, reforçou ainda mais esta ideia. Mas o que se viu em campo foi um Lanús muito mais ligado e envolvido com o jogo, o que deu mais valor à conquista. 

A Recopa é o quarto título internacional oficial do Atlético-MG. Além da L
ibertadores de 2013, o Galo também ganhou a Copa Conmebol em 1992 e 1997.
A festa da torcida promete ser grande. Os atleticanos vão juntar o aniversário de um ano da vitória sobre o Olímpia, que valeu a Libertadores do ano passado, com o triunfo diante do Lanús para fazer uma comemoração que não tem hora para acabar nas ruas de Belo Horizonte.

Os dois times voltam a campo domingo, em jogos válidos por competições nacionais. Pelo Campeonato Brasileiro, às 16h (de Brasília), o Atlético-MG enfrenta o Sport, na Ilha do Retiro, no Recife. Pela Copa Argentina, às 16h15, o Lanús recebe o Colón, no Estádio La Fortaleza, em Lanús.

Jogo empolgante

O jogo começou quente e repleto de alternativas no Mineirão. Com oito minutos de bola rolando, o placar já mostrava 1 a 1. O Atlético-MG saiu na frente, aos cinco. O árbitro uruguaio Roberto Silvera marcou pênalti de Araujo, depois que Leonardo Silva cabeceou e a bola bateu na mão do jogador argentino. Diego Tardelli cobrou com categoria para marcar seu centésimo gol com a camisa do Galo e entrar definitivamente para a história do clube mineiro. A torcida alvinegra, entretanto, não teve nem tempo para comemorar. Dois minutos depois, Ayala empatou para o Lanús, num lance em que recebeu a bola na entrada da área e soltou a bomba, sem chances de defesa para Victor.

 
A partir daí, a partida ficou tensa para o Galo, que encontrou muito mais dificuldades do que no primeiro jogo, semana passada, na Argentina. O Lanús, que pouco apresentou jogando em casa, mostrou coragem, talento e força que parecia não ter. Com isto, conseguiu a virada. Num lance confuso dentro da área do Atlético-MG, a bola sobrou para Santiago Silva. Caído, El Tanque, empurrou a bola para dentro do gol.
Atrás no placar, o Galo não se deixou abater. 

Colocou a cabeça no lugar e partiu para buscar um novo empate, que saiu aos 37 minutos. Marcos Rocha fez boa jogada pela direita e achou Maicosuel na área. O meia não perdoou e marcou o segundo gol atleticano para deixar tudo igual mais uma vez. O empolgante primeiro tempo ficou mesmo no 2 a 2 e deixou na torcida a expectativa de que muito mais emoções ainda seriam vividas no Mineirão.

Drama até o fim

Sem nada a perder, o Lanús se mandou para o ataque desde os minutos iniciais do segundo tempo. A postura ofensiva do time argentino cedeu espaços para o Atlético-MG buscar os contra-ataques e o jogo continuou muito bom em Belo Horizonte.
O drama foi o principal ingrediente da segunda metade da etapa final. O Lanús buscou o gol insistentemente, criando alternativas de jogo pela direita e pela esquerda e incomodando Victor e os zagueiros atleticanos a todo o momento. Como o Galo não conseguia articular bem a saída para o campo ataque, teve que lutar contra a pressão até o final do jogo.