Final emocionante no Maracanã
Terra , SP |
09/07/2014 às 19:55
Jogo equilibrado no tempo normal e na prorrogação 0x0
Foto: Reuters
A Argentina segue em busca de conquistar o tricampeonato mundial na casa do mais acirrado adversário. Sem apresentar um grande futebol nesta quarta-feira em duelo de poucas emoções na Arena Corinthians (SP), a seleção de Messi e companha precisou do drama dos pênaltis para eliminar a Holanda na semifinal do Mundial de 2014 após empate por 0 a 0 no tempo normal. Com brilho do goleiro Sergio Romero, os argentinos bateram os europeus nas cobranças de penalidade máxima por 4 a 2 para marcar encontro com a temida Alemanha no Rio de Janeiro.
Agora, a seleção argentina prepara-se para disputar a sonhada final da Copa do Mundo em 13 de julho. Os sul-americanos encararão neste domingo a temida Alemanha às 16h (de Brasília) no Maracanã, palco da final da Copa de 1950. Já os holandeses se contentarão com a disputa do terceiro lugar, contra a Seleção Brasileira, às 16h de sábado, no Mané Garrincha (DF).
A primeira etapa do duelo na Arena Corinthians deixou a desejar no quesito emoções. Ambas as equipes exageraram na precaução e pouco assustaram as metas adversárias. A Holanda iniciou a partida com domínio da posse de bola e trocou passes no campo de ataque sob gritos de “olé” dos brasileiros presentes no estádio, mas logo os argentinos tomaram o controle da partida e fizeram os holandeses se defenderem.
Os momentos mais perigosos dos primeiros 45 minutos, inclusive, foram argentinos. Aos 15min, Messi cobrou falta com força para firme defesa de Cillessen. Já nove minutos mais tarde o zagueiro Garay desviou escanteio cobrado por Lavezzi bem perto da meta adversária. Os holandeses igualaram as ações de jogo pouco depois e o primeiro tempo terminou com poucas emoções, com os dois times à espera do adversário.
Emoção apenas com
gol perdido por Robben no fim
A etapa final manteve o mesmo ritmo do duelo antes do intervalo. Nas arquibancadas, os torcedores argentinos perceberam o momento ruim e começaram a entoar cânticos de apoio. O equilibro era tanto que a posse de bola chegou a ficar dividida entre 50% para cada. O treinador holandês Louis Van Gaal chegou a tentar variar esquemas táticos em campo, mas ainda assim os europeus não conseguiam imprimir seu trabalho.
O duelo, que já não era bom aos olhos dos torcedores, caiu ainda mais de rendimento durante o segundo tempo e ambos os times esbanjaram erros fáceis de passe. A primeira oportunidade perigosa finalmente surgiu aos 29min: Pérez cruzou na medida para Higuaín, que completou de primeira e viu a bola tocar na rede pelo lado de fora, enganando alguns torcedores na Arena Corinthians.
A Argentina tentou dar mais movimentação ao ataque e sacou Higuaín para a entrada do recuperado Agüero. No entanto, quem teve a derradeira chance de gols do duelo foi a Holanda: aos 45min, a seleção neerlandesa fez boa jogada e a bola sobrou para Robben, que invadiu a área, mas demorou demais para chutar, sendo bloqueado por Mascherano.
Prorrogação
Ao contrário da atitude surpreendente contra a Costa Rica, Van Gaal colocou Huntelaar em campo na vaga de Van Pesie e queimou a terceira alteração – sendo assim, preferiu não trocar o goleiro para a disputa dos pênaltis. O duelo seguiu lento e a primeira oportunidade só surgiu aos 8min, em chute de longe de Robben.
Nem os empolgados gritos dos argentinos no segundo tempo da prorrogação serviram para embalar a partida, que foi para os pênaltis graças às fortes marcações dos dois times. – houve apenas uma chance de Palacio cara a cara com o goleiro pouco antes do fim do jogo.
Pênaltis
As penalidades começaram com erro de Vlaar logo na primeira cobrança defendida por Romero – Messi bateu bem e deixou os argentinos na frente. Na sequência, Robben e Garay marcaram para suas respectivas seleções. O goleiro argentino voltou a brilhar com defesa espetacular em cobrança de Sneijder na sequência e viu Agüero aumentar a vantagem para dois gols. Kuyt manteve o sonho holandês vivo, mas Maxi Rodríguez