Esporte

CHEGOU o momento da superação e da glória, por ZÉDEJESUSBARRÊTO

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ZédeJesusBarrêto , Salvador | 05/07/2014 às 22:13
Ousadia do técnico holandês colocando o goleiro Krull e vencendo nos pênaltis
Foto: Reuters
Definido. Teremos semifinais dignas de uma grande Copa do Mundo: 
Brasil x Alemanha, terça-feira, 17 horas, no Mineirão. E Argentina x Holanda, na quarta, mesmo horário em São Paulo. Confrontos com muitos significados no mundo da bola.
As duas escolas com mais Histórias do futebol latino-americano enfrentam outras duas escolas de grandeza no futebol europeu. Clássicos ! 

Brasil, com seus cinco títulos mundiais, joga em casa e com o axé da torcida, encarando a poderosa Alemanha de três títulos mundiais, tradicionalmente forte, taticamente exemplar, com seu exuberante preparo atlético e determinação. 

Mesmo sem Neymar temos condições de vencer os alemães, até porque eles nos respeitam muito e, às vezes, é o nosso improviso que desmancha a organização defensiva dos germânicos. Os atletas brasileiros têm uma motivação extra para dar mais do que vêm mostrando nessa Copa, o afastamento de Neymar por lesão na coluna. Ao invés de a saída do astro maior apequenar a equipe, torço para que todos se agigantem, por ele.

No jogo seguinte, a Argentina de Messi vai encarar a Holanda de Robben; eles, Messi e Robben, sem dúvida, duas das maiores estrelas da competição até aqui, decisivos para que suas equipes chegassem a essa semifinal. Los Hermanos, é o que dizem as notícias de Buenos Aires, também perderam um atleta importante para a decisão, o meia Di Maria, astro de primeira grandeza ao lado do ‘La Pulga’ Messi. Mas nada que possa diminuir a vibração argentina, pela primeira vez depois de 24 anos entre os quatro finalistas de uma Copa. E querem vencê-la, a todo custo. 

Os Holandeses ‘laranjas’ travaram uma batalha quase sem fim contra a surpreendente Costa Rica, nesse sábado à tarde, na Fonte Nova. Parecia que a ‘fonte dos gols’ havia secado. Deu um murrinha 0 x0 depois dos 90 minutos regulamentares e um novo empate sem gols na prorrogação. As traves da Costa Rica pareciam benzidas. O goleiro Navas fez milagres, três bolas que por ele passaram chocaram-se nos postes, o zagueiro tirou outra bola em cima da linha, o time costarriquenho marcou e se defendeu como pode, fez uma ‘linha burra’ de impedimento bem treinada e de forma inteligente, e até perigou em alguns contragolpes que poderiam ter impedido a cobrança de penalidades que, afinal, decidiu a classificação da Holanda.

O treinador Van Gaal, holandês, pôs, inusitadamente, um goleiro em campo nos últimos minutos da prorrogação, somente para os pênaltis, um certo e enorme Krull que, então, justificou a escolha, pegando duas cobranças e fazendo a festa ‘laranja’ nas ruas de Salvador noite e madrugada adentro. 

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Melhor assim, teremos dois jogos semifinais de ótimo tamanho e super apelo. Quatro grandes equipes, duas de cada continente onde se joga o melhor futebol do planeta. 
A rainha bola, os deuses do futebol souberam bem escolher. Veremos um final de Copa de arrepiar, digno de uma competição que ficará na História. Mesmo sem os espanhóis, sem a Itália de Pirlo, sem Cristiano Ronaldo, sem o Chile tão valente, sem mais o James Rodrigues , sem Neymar ... 

É a hora da superação, é o instante de glória dos grandes campeões. 
Torço por um Brasil x Argentina na final.
Ps: bonito ver as arquibancadas em coro louvando Neymar. Quero vê-lo de pé.