écnico do Chile, Jorge Sampaoli, comentou o episódio que lhe causou irritação durante o treinamento realizado na quinta-feira, na Toca da Raposa II. Um helicóptero da TV Globo sobrevoou o local enquanto o grupo fazia uma movimentação tática e fez o treinador se irritar e parar a atividade. A emissora brasileira pediu desculpas à Federação Chilena de Futebol pelo ocorrido. 

"Sobre o helicóptero, acho que se os nossos jornais estão nos espiando, imaginem os adversários", ironizou Sampaoli. Assim como na maior parte dos outros dias, o treinamento de ontem foi aberto a filmagens e presença de jornalistas somente nos 15 primeiros minutos, quando os atletas se preocupam em aquecer e alongar. Neste período, pouco (ou quase nada) se consegue observar a respeito de formações táticas ou jogadas de bola parada. E é exatamente esta a intenção da comissão técnica: manter a privacidade.

Essa postura é uma rotina dentro da equipe chilena. Tanto que no treino desta sexta-feira, os jornalistas também só puderam acompanhar a movimentação por 15 minutos. Durante este tempo, os dois jogadores que seguem como dúvida por conta de lesões, o zagueiro Gary Medel e o meia Arturo Vidal, não participaram da atividade, dando indícios de que não enfrentariam a Seleção Brasileira, pelas oitavas de final, neste sábado, no Estádio do Mineirão. 

Na entrevista, Sampaoli acabou com as dúvidas em relação a Vidal, mas manteve o mistério em torno de Medel. Sobre o meia da Juventus, o técnico argentino disse que ele não está 100%, mas estará em campo pela importância que tem para a equipe.

"Arturo está apto para o jogo...Ele jogou com 30% na semifinal da Liga Europa, não sabemos como estará amanhã. Queremos que arturo esteja 100% por vários fatores, como valentia e lutar pelo escudo. Mas, infelizmente, não sabemos quanto tempo pode suportar. Ele vai fazer o possível para estar presente, como quando jogou contra a Espanha após um esforço enorme. Há várias somatórias para pôr na balança".

Já com relação a Medel, Sampaoli se mostrou mais cético. "Se o jogo fosse hoje, Gary não jogaria. Ele e Arturo têm personalidade e característica que mostram que querem sempre jogar. No caso do Arturo, por mais que não esteja 100%, é um jogador muito importante. Ele é um símbolo. Com o Gary, existem coisas que são possivelmente imutáveis. Vamos ver se essas 24 horas nos dão a ideia de que ele possa jogar".