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Tasso Franco , da redação em Salvador |
22/06/2014 às 08:40
Torcedores aplaudem a seleção brasileira
Foto: Thiago Lavinas
Nem o frio, a hora ou a distância foram suficientes para intimidar cerca de 500 torcedores que fizeram plantão à espera da Seleção na capital federal. Cerca de 150 deles fizeram questão de aguardar até 22h34 em um dos portões da Base Aérea de Brasília, área afastada do saguão de desembarque convencional do aeroporto local, para recepcionar o grupo.
Os jogadores foram vistos apenas pela janela do ônibus e chegaram por volta de 23h15 no hotel onde ficarão concentrados até a partida de segunda-feira, contra o Camarões, pela terceira, última e decisiva rodada do Grupo A da Copa do Mundo. Devido ao isolamento feito na entrada do local por 40 policiais militares, aproximadamente 350 fãs também só puderam ver o veículo passar, antes de entrar no estacionamento e deixar a delegação. Mesmo assim, permaneceram gritando o nome dos ídolos de longe.
O Brasil vai fazer um treino de reconhecimento do gramado do Estádio Nacional Mané Garrincha neste domingo, às 18h30 (de Brasília), aberto apenas por 15 minutos para os jornalistas. Em seguida, o técnico Luiz Felipe Scolari e mais um jogador ainda a ser confirmado darão entrevista coletiva - o GloboEsporte.com transmite ao vivo as duas atividades da Seleção. A partida contra Camarões está marcada para segunda-feira, às 17h (de Brasília).
Algumas horas antes do desembarque na capital federal, já no fim da noite, um grupo de torcedores começou a se aglomerar no saguão do aeroporto. Mas a incerteza se os jogadores passariam por ali tomava conta de todos. Fã do zagueiro David Luiz, a estudante Alanna, de 12 anos, fez até uma faixa para recepcionar o ídolo: "Somos apaixonadas pela Seleção. Somos apaixonadas por você, David Luiz". Mas ao perceber que os jogadores não passariam por ali, saiu correndo com a mãe para tentar a sorte na porta do hotel da Seleção.
- Pensei que eles passariam por aqui. Mas, pelo visto, não vai ser. Passei a admirar o David Luiz no ano passado. Ele é muito atencioso com os torcedores e com as crianças. Gosto mais dele do que do Neymar - disse Alanna, querendo sair logo do aeroporto.
Perto dela estava o pequeno Arthur, de 11 anos. Olhos atentos em cada um que saía da sala de desembarque. Mas algo parecia estranho. Ele vestia uma camisa da Holanda, do camisa 10 Sneijder. Sneijder?
- Ele ficou um pouco chateado porque a camisa do Brasil estava lavando. Aí veio com essa. Ele é fã do Sneijder. Mas espero que dê sorte - explicou o pai João Koller.
SAIBA MAIS
O tempo passou e não demorou para o grupo perceber que a seleção não passaria por ali. Enquanto isso, a informação de que o ônibus da Seleção sairia por um dos portões da Base Aérea de Brasília se espalhou. Alguns ficaram sem saber direito o que fazer. Outros correram para lá. A pequena Eloá, de 2 anos, estava entre eles. Mas não resistiu ao horário e acabou dormindo. Só acordou com o barulho da festa da torcida na hora da chegada.
- Ela estava muito empolgada quando falamos que íamos ver a Seleção. Mas não aguentou e acabou dormindo. Ainda assim, acho que ela vai gostar de ver as fotos daqui depois - afirmou o pai Wilkerson de Oliveira.
O estudante André Botelho, de 22 anos, sabia que veria apenas o ônibus da Seleção passar. As janelas corriam o risco de estarem fechadas. Uma espera de quase duas horas para apenas alguns segundos de emoção. Mas achava que valia a pena.
- A gente tinha que aproveitar essa chance. Mesmo que seja só para ver o rosto deles na janela, vale a pena. Um dia, vou poder contar no futuro que vi os campeões de 2014 quando chegaram em Brasília - disse André.