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Terra , POA |
15/06/2014 às 21:42
Messi, o craque, desequilibrou
Foto: AFP
onel Messi não fez nem de perto a melhor das partidas na tão aguardada estreia da Argentina na Copa do Mundo, mas garantiu a festa do Maracanã tomado por argentinos na noite deste domingo. Com as arquibancadas pintadas de azul e branco e entoando cantos e mais cantos, o atacante foi decisivo ao participar dos gols que definiram a vitória por 2 a 1 sobre a Bósnia e Herzegovina.
Messi cobrou a falta que originou o gol contra de Kolasinac, logo no começo do jogo, e deixou sua marca aos 19min do segundo tempo. No entanto, teve desempenho tímido, assim como o restante dos companheiros argentinos. Já a Bósnia pelo menos conseguiu seu primeiro gol na história das Copas do Mundo, depois de ser empurrada pela parte brasileira presente entre os mais de 74 mil que foram ao Maracanã.
A primeira rodada do Grupo F será completada nesta segunda-feira, quando Irã e Nigéria se enfrentam às 16h (de Brasília), na Arena da Baixada, em Curitiba (PR). Depois, os times jogam novamente no sábado. Os argentinos pegam os iranianos às 13h, no Mineirão, em Belo Horizonte (MG). Já os bósnios terão pela frente os nigerianos, às 19h, na Arena Pantanal, em Cuiabá (MT).
Os argentinos brilharam nas Eliminatórias da Copa do Mundo usando o “quarteto fantástico” formado por Lionel Messi, Angel Di María, Gonzalo Higuaín e Kun Aguero. Para a estreia na Copa, no entanto, o técnico Alejandro Sabella armou uma retranca com três zagueiros e Higuaín, sem 100% das condições físicas, poupado no banco. Os bósnios, da mesma forma, jogaram defensivamente, o que fez do primeiro tempo monótono.
Isso apesar de o placar ter sido aberto logo aos 2min. Messi cruzou na área em cobrança de falta da esquerda do ataque, Rojo desviou de cabeça e acabou mandando a bola nas pernas do desavisado Kolasinac, que, sem querer, mandou-a contra a própria meta. Foi o gol contra mais rápido da história das Copas do Mundo, e depois disso o jogo só esfriou com muitos erros e poucas chances criadas – mesmo Lionel Messi pouco produziu.
As chances mais claras, surpreendentemente, foram da Bósnia, que jogou com o apoio da provocativa torcida brasileira – houve um duelo em particular nas arquibancadas do Maracanã. Aos 12min, Hajrovic recebeu bom passe dentro da área, mas foi travado pela saída do goleiro Romero. O arqueiro argentino salvou de novo aos 40min, ao espalmar cabeçada bem feita por Lulic após cobrança de escanteio de Pjanic.
Provocações e gol de Messi
O apagado desempenho da seleção argentina era simbolizado pela timidez de Lionel Messi em campo. O camisa 10 errou passes, finalizou pouco e, aos 18min do segundo tempo, cobrou falta longe do gol, o que gerou xingamento em coro por parte da torcida brasileira e gritos de “Neymar”. A resposta veio no lance seguinte, com o segundo gol argentino. Ele recebeu no meio, driblou Bicakcic enquanto puxava para a esquerda e bateu – a bola tocou na trave direita antes de entrar no gol.
Foi o gol o responsável por renovar o ânimo no gramado do Maracanã, algo que nem a mudança de esquema tático feita por Sabella, no intervalo, foi capaz. O técnico tirou o zagueiro Campagnaro para colocar o atacante Higuaín, e ainda pôs Gago na vaga de Rodríguez. O técnico Safed Susic também mexeu e tentou jogar seu time para cima dos argentinos, mas teve dificuldade para criar pressão capaz de ameaçar a vitória do adversário.
A seleção argentina, então, se limitou a administrar o resultado, o que ficou claro quando, aos 35min, Messi preferiu tocar de lado uma cobrança de escanteio e levar a bola até a defesa, mantendo a posse. Os bósnios se aproveitaram e conseguiram furar a defesa aos 39min. Ibsevic recebeu lançamento na área, pela esquerda, e tocou entre as pernas de Romero. Apesar disso, os argentinos seguraram com tranquilidade a vitória no final.