Esporte

A COPA vai rolar, mas, não vamos esquecer do BAVI, p/ ZÉDEJESUSBARRÊTO

Oremos pelos nossos clubes e vamos desejar uma belissima Copa do Mundo no Brasil
ZÉDEJESUSBARRÊTO , Salvador | 08/06/2014 às 19:32
Nunca se viu homenagem a um jogador como aconteceu com Fernandão
Foto: Tadeu Hanes
  Sei, o assunto é a Copa, o time do Felipão, a tevê ‘led’ novinha na sala, tudo emperiquitado de verde-amarelo e tal e coisa, mas ... 

0 torcedor baiano da dupla Ba Vi não pode nem deve esquecer de que eles, os rivais irmanados, depois de 9 rodadas do Brasileirão 2014, estão dormindo bem próximos, na zona da desgraceira, com 8 (Bahia) e 7 (Vitória) pontos ganhos apenas. O rubronegro no antepenúltimo lugar, já dentro, e o tricolor na porteira do abismo, e isso sem remédio até a retomada da competição, na segunda metade do mês de junho. 

E, atentem: na volta, de cara, o Bahia pega o São Paulo e o Vitória enfrenta o Cruzeiro, atual campeão brasileiro e o líder da competição.

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Preocupante, sim. Pois se continuarmos com esse nível pífio de aproveitamento, estarão, ambos, de mãos dadas, de retorno novamente à segunda divisão em 2015, que Deus nos livre e guarde. 

Resumindo: Teremos um segundo semestre de angústias, a fazer contas, cada rodada, se vai dar ou não para classificar, um e outro, e permanecer na chamada elite do futebol brasileiro. 

A não ser que, no retorno, voltemos a jogar bola e a vencer. Para tanto a dupla rival baiana precisa de reforços, logo, já.


O rubrobnegro, vejam, anunciou essa semana a contratação de um sobrinho do ‘ex-capo’ da CBF como seu novo diretor de futebol, um tal de Marcus Moura Teixeira; mas a equipe carece é de zagueiros confiáveis, de um substituto à altura para o meia Escudero, que não se sabe quando volta aos gramados e , mais que tudo, o Vitória precisa reencontrar uma forma de jogar objetiva, mais competitiva. Feito time de primeira.


O Bahia tem problemas crônicos de ataque. Faltam-lhe um centroavante e meias que finalizem. É uma equipe que chuta pouco e mal, e que penou muito com a ausência de titulares por lesões ou suspensões; ou seja, tem um elenco limitado. 

O clube pode ainda ser punido com perda de mandos de campo por causa dos incidentes naquele ‘maldito’ jogo no Joia da Princesa, em Feira, quando perdeu para o Santos, um torcedor arremessou uma lata de cerveja no treinador santista e houve problemas sérios na entrada e acomodação dos torcedores nas arquibancadas, superlotadas. 

A FBF devia assumir sua gorda parcela de culpa naquele episódio, já que calculou na ocasião um público de 10 mil pagantes e entraram mais de 17 mil. Pois, além da queda (perda de pontos preciosos, coice (a possível punição). Que aprendam, futebol é coisa para profissionais. 

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Chega de sofrer, repete o torcedor baiano. E mais uma vez, diante do fracasso que se desenha por mais uma temporada, repetimos todos que o Campeonato Baiano é uma farsa, uma enganação, não deve ser parâmetro pra nada. A dupla BaVi paga muito caro sustentando, carregando nas costas um ‘baianão’ falido, disputado em gramados infames e com baixo nível técnico. Perdemos a hegemonia no Nordeste, eis a verdade. 

Que as diretorias de Bahia e Vitória não deixem passar toda a Copa para contratar e anunciar bons reforços. Todas as equipes grandes já se movimentam para adquirir reforços, vão retornar à competição ainda mais fortes. Aos treinos, trabalhando duro para recuperar os jogadores lesionados e para mostrar um pouco mais de organização e competência em campo na volta do Brasileirão, já com jogos na Fonte Nova e no Barradão. 

Reforços e dedicação, ou a coisa pode ficar ainda bem mais feia, senhores. 

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Triste a morte do ex-atacante Fernandão, aos 36 asnos, ídolo no Goiás, um dos líderes da vitoriosa campanha do Internacional Campeão da Libertadores e Campeão do Mundo em 2006. O ex-atleta morreu num acidente de helicóptero, em Goiás, sábado.

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- Ora viva! E num é que metrô se buliu !!! Tomara que funcione direito durante a Copa, que continue rodando depois e as obras da linha até Pirajá (não seria Cajazeiras?) tenham continuidade célere. Que o metrô de légua e meia deixe de ser piada, torne-se uma realidade e sirva ao povo, melhore um pouco a mobilidade nessa cidade travada. 
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Vai ter Copa! 

E que tenhamos uma Copa do Mundo limpa e bem jogada em campo. Que prevaleça o talento.

Leio Tostão : “ Neymar ainda não atingiu o nível técnico de Messi, de Cristiano Ronaldo, mas possui um repertório maior de lances bonitos, com mais efeitos especiais” . Que os deuses (ou deusas) da bola o iluminem. Com ele brilhando em campo, o Brasil conquistar a Copa é bem mais possível. 

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Fora dos gramados, desejo que as manifestações justas ganhem eco pelo mundo sem precisão de cenas de quebra-quebra, confrontos com a polícia, violência, estupidez ... Só nos envergonham, põem em risco vidas humanas e nada resolvem. 
Eis a mensagem do arcebispo D.Murilo Krieger: 

- “ ... de repente, os países se unem em torno de uma bola de futebol. Parece se esqueceram misteriosamente de divergências raciais, de problemas econômicos, de velhas guerras que deixaram feridas e começam a torcer. Se é verdade que a Fifa, por sua atuação, tem sido alvo de críticas, e muitas fundamentadas, não podemos nos esquecer, contudo, da importância de seu papel quando se fala do congraçamento de povos e nações por meio do futebol... Nada ficará melhor, se a realização da Copa for marcada por manifestações violentas. Nada melhorará, se não formos campeões do mundo... Violência gera violência. A violência fere, deixa seqüelas ou, mesmo, mata”. 

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Cito também Veríssimo: ‘ Lembro que na Copa de 70 a idéia era que torcer pela seleção era torcer pelo regime militar. Tostão era um torturado, Rivelino um censurador, Pelé o Médici disfarçado. A decisão de não torcer não sobreviveu à primeira escapada do Jairzinho pela ponta direita rumo ao gol adversário, no jogo de estréia’ ... 

A presidente Dilma, prisioneira à época da ditadura militar, contou, recentemente, que naqueles dias da Copa de 70 torturadores e torturados torceram pela seleção. São os ‘encantamentos’ da bola. Que ela reine, soberana, acima das querelas todas.
Amém