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Globo , SP |
29/05/2014 às 22:27
Jogo sem qualidade e Nei Franco pode balançar no Fla
Foto: GE
O futebol pobre na maior parte dos 90 minutos teria sido deixado de lado se a bicicleta perfeita plasticamente de Alecsandro, pertinho do fim, tivesse balançado as redes do Morumbi. Mas o melhor lance da partida parou na excelente defesa de Tiago Volpi, e Flamengo e Figueirense empataram em 1 a 1, na noite desta quinta-feira. Como castigo para a falta de inspiração, os dois saíram de campo abraçados na zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro. Os gols do mesmo Alecsandro e de Everaldo, logo em seguida, aconteceram no primeiro tempo.
O resultado deixou o Rubro-Negro em 17º lugar, com sete pontos. O clube foi ultrapassado pelo Botafogo na rodada. Já os catarinenses foram a quatro, passaram o Coritiba e, ao menos, escaparam da lanterna. Domingo, o time de Ney Franco visita o líder Cruzeiro, em Uberlândia, enquanto o clube alvinegro recebe o Atlético-PR na despedida da competição antes da paralisação de um mês e meio para a Copa do Mundo.
A lentidão das equipes para escapar da marcação e o excesso de erros de passe chamaram a atenção no começo. Com isso, houve pouca emoção e alternância no controle da posse de bola. A torcida paulista do Fla, que compareceu em pequeno número (4.579 pagantes para uma renda de R$ 157.555,00), tentou fazer sua parte para apoiar o mandante, mas o único instante de alegria, com a cabeçada certeira de Alecsandro, aos 20, foi rapidamente apagado pelo gol do adversário, quando Everaldo aproveitou rebote de Paulo Victor, no minuto posterior.
Para uma análise tática mais aprofundada, o segundo tempo tempo ofereceu muito mais. A entrada de Negueba no lugar de Luiz Antônio deu dinamismo ao Rubro-Negro. Por outro lado, Vitor Júnior também apareceu algumas vezes para incomodar a defesa rubro-negra. O duelo ficou aberto - o Figueirense já havia acertado o travessão com Giovanni Augusto -, mas, aos poucos, o time passou a se limitar aos raros contragolpes. Assim, os cariocas exerceram uma pressão e tentaram pelo alto, por baixo... até que uma bicicleta cinematográfica de Alecsandro tinha o canto esquerdo como endereço, mas parou na ponta dos dedos do goleiro e indicou que a bola não iria mesmo entrar. E só restava lamentar.