Apesar de ter o direito de não divulgar o resultado do teste antidoping surpresa a que foi submetido pela Comissão Atlética de Nevada (NSAC) no dia 7 de fevereiro, quando foi a Las Vegas receber o prêmio de "Melhor Nocaute do Ano", o brasileiro Vitor Belfort pode se ver em uma encruzilhada muito em breve. Aos 36 anos de idade - completa 37 no próximo mês - Belfort está em uma faixa de idade na qual os lutadores passam por um outro processo para obtenção da licença para lutar nos EUA.
Os atletas com idade superior a 36 anos são submetidos a entrevistas e exames mais completos, para que seja garantida a sua capacidade de atuar em esportes de combate. E, nesse processo, as Comissões Atléticas americanas normalmente requerem exames antidoping recentes.
Segundo o site "Fox Sports", um alto membro de uma importante Comissão Atlética dos EUA teria dito, sob a condição de permanecer anônimo, que uma recusa na entrega do exame seria mal vista por sua entidade.
- Eu consideraria a não apresentação do exame uma prova suficiente para não lhe conceder a licença.
Pelas leis dos EUA, Belfort não tem a obrigação de tornar público o resultado do testerealizado dia 7 de fevereiro. Mas, caso tenha alguma luta programada para Las Vegas ou qualquer outra cidade do estado de Nevada, o brasileiro terá de pedir a licença para lutar, e a NSAC terá, por conta do pedido, o direito de divulgar o resultado do exame do brasileiro. Segundo o presidente da NSAC, Francisco Aguilar, se isso acontecer, Belfort terá seu nome submetido a uma votação entre os cinco membros da entidade como parte do processo de licenciamento.