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Terra , Sochi |
11/02/2014 às 10:26
Anna Sidorova é a bela capitã da equipe russa de curling
Foto: AP
Basta verificar um pouco da divulgação da Olimpíada de Inverno de 2014, na cidade de Sochi, para perceber que Anna Sidorova é uma das queridinhas do público local. Pudera: aos 23 anos, a capitã da equipe de curling da casa chama a atenção pela pouca idade, pela pressão de conquistar a primeira medalha do país na modalidade e também por seus atributos físicos.
Na estreia, nesta segunda-feira, Sidorova esteve no centro das atenções do Ice Cube Curling Center, em Sochi. Pela primeira rodada, a Rússia enfrentou a Dinamarca e tomou sufoco, vencendo por 7 a 4, graças a três pontos nos dois últimos ends. O público, que lotou o local das quatro partidas simultâneas, fez muito barulho – cena rara para a modalidade até em países de inverno mais rigoroso e tradição na modalidade.
Mas para Sidorova, a atenção inesperada do público na competição em casa atrapalha pouco. “Provavelmente no começo. Nós não esperamos isso. Costumamos jogar para pouco público. Quando jogamos contra rivais, jogamos para outros públicos, e não para nós”, contou a skipper russa. “Era difícil no começo (do jogo). Mas temos que mostrar nosso jogo.”
O assédio é algo com que Anna Sidorova já está acostumada. Ex-patinadora artística, ela teve a carreira abreviada por uma lesão na adolescência. Assim, passou a praticar curling com 14 anos, chegando às Olimpíadas de Inverno pela primeira vez aos 19, em Vancouver (2010). Então terceira (uma das atletas que “varrem” a pedra), ela foi promovida ao posto de capitã no decorrer da competição, tornando-se a mais jovem skipper da história olímpica.
Se as estatísticas já colocam Sidorova em uma posição de destaque no curling feminino mundial, a beleza da russa ajuda a atrair holofotes – para bem e para mal. Considerada por publicações uma das atletas mais atraentes da Olimpíada de Sochi, a russa já até mesmo protagonizou ensaios sensuais para revistas masculinas. Na área de entrevistas, o intérprete da organização diz que ela já foi alvo de inconvenientes pedidos de casamento por parte de jornalistas.
A beleza da atleta é tratada com certo cuidado pelos russos. Em entrevista coletiva após a vitória sobre as dinamarquesas, Sidorova foi questionada sobre os ensaios. No entanto, a voluntária que coordenava a sabatina disse que a pergunta era “inapropriada”, e a atleta não respondeu. Entre as companheiras, porém, o assédio em virtude da beleza é encarado com tranquilidade.
“Atrapalha um pouco. É legal ouvir um elogio, mas queremos coisa séria. De repente, você ouve da arquibancada alguém gritar: ‘você é bonita’. E daí?”, questiona Ekaterina Galkina, a lead (segunda responsável pelos arremessos) da equipe russa.
Para todos os efeitos, o assédio desta segunda-feira fez bem ao time russo. Ao longo dos dez ends do jogo, Sidorova ajoelhou, deu impulso, arremessou, gritou, fez sinais, orientou e comemorou. Em diversas ocasiões, fez jogadas bastante complicadas e garantiu às russas a vitória em um jogo complicado – o time da casa abriu 4 a 1 no quinto end, sofrendo o empate por 4 a 4 no oitavo end e conquistando a vitória nos dois ends finais.
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Enquanto os outros três jogos já haviam terminado, Sidorova e suas companheiras encerravam o jogo contra a Dinamarca, cujo melhor resultado foi a prata na Olimpíada de Inverno de 1998, em Nagano (Japão). No centro das atenções, a Rússia conduzia o jogo rumo à vitória. Na última jogada, a skipper dinamarquesa Lene Nielsen precisava tirar duas pedras russas das proximidades do centro do alvo, mas só tirou uma e garantiu o último ponto das anfitriãs.
Festa no Ice Cube Curling Center, e mais comemoração em torno do quarteto russo. Ali, as quatro atletas do país festejavam entre si e acenaram para o público em delírio. Empolgação? A equipe pode esperar mais nesta terça-feira, quando as donas da casa enfrentam os Estados Unidos pela competição.