Esporte

Ribéry marca, Bayern vence Guangzhou e vai à final

Craque francês tem atuação destacada e é muito aplaudido pela torcida marroquina na despedida de Agadir do Mundial
G1 | 17/12/2013 às 20:12
Mandzukic comemora o segundo gol do Bayern de Munique sobre a equipe chinesa
Foto: AFP

O Bayern de Munique ainda espera um teste à altura neste Mundial de Clubes. Espera possivelmente um Atlético-MG competente o suficiente para testá-lo contra outras escolas do futebol na grande decisão. Pois a estreia dos alemães na semifinal não passou de um amistoso de luxo organizado pela Fifa. Vitória mais do que tranquila sobre o campeão asiático Guangzhou Evergrande por 3 a 0 nesta terça-feira, na despedida de Agadir do torneio. Franck Ribéry, a estrela da constelação, fez o dele e deixou o campo muito aplaudido pelos marroquinos. Mandzukic e Götze completaram a festa.

Os olhos todos se voltam agora para Marrakesh. Já nesta quarta, o segundo finalista será conhecido – será o Galo ou o Raja Casablanca, time representante do Marrocos e responsável pela façanha de eliminar o Monterrey com a ajuda de sua torcida enlouquecida. A partida está marcada para as 17h30m (de Brasília) e terá transmissão ao vivo da TV Globo e em Tempo Real do GloboEsporte.com. No sábado, no mesmo horário, a grande final.

Até que durou bastante a muralha construída por Marcello Lippi com o seu Guangzhou. Acostumado a atacar os seus oponentes pela Ásia, o time chinês adotou uma postura de times bastante inferiores tecnicamente ao Bayern de Munique. A diferença de nível entre ambos era clara desde o início – motivo que fez o treinador italiano optar por jogar por uma bola.

O problema para o Guangzhou é que esta oportunidade sequer tornou-se realidade. O que se viu no primeiro tempo no Stade Adrar foi mais do mesmo para a equipe de Pep Guardiola na temporada 2013/2014. Posse de bola (70% na primeira etapa), extensas trocas de passes, cruzamentos dos laterais, jogadas de ultrapassagem e finalizações – 11 ao todo, contra nenhuma de Conca, Elkeson e companhia.

Seria um exagero dizer que o Bayern foi sonolento. Jogadas inteligentes foram construídas para quebrar a resistência chinesa. Thiago Alcântara, por exemplo, acertou a trave em uma das chances. O goleiro Zeng, um pouco atabalhoado, também trabalhou – mas falhou no gol de Ribéry, que abriu a porteira, aos 40 minutos. Aos 43, o goleiro nada pôde fazer no peixinho de Mandzukic, que também encontrou a rede após desarme de Thiago e Lahm no campo ofensivo.

A torcida local, antes preocupada em se entreter com olas, palmas e gritos coreografados, rendeu-se a Ribéry. O craque francês é a estrela do Bayern no Marrocos não apenas por estar em voga com a eleição da Bola de Ouro - concorre pelo prêmio com Lionel Messi e Cristiano Ronaldo -, mas também por ser muçulmano, religião predominante no país. A empatia era notória em Agadir. 

Parecia, logo com um minuto, que o Guangzhou faria do jogo uma história diferente na etapa final. Foi quando Muriqui arrancou em disparada pela esquerda, mas demorou a se decidir e permitiu que Lahm o desarmasse. O lance acabou não significando absolutamente nada quando, na sequência, o Bayern chegou ao terceiro gol, em chute de Götze que desviou na marcação e entrou no cantinho.

Junto a Ribéry, que ainda acertou uma bola no travessão, Götze seria o jogador mais participativo do Bayern. Em três oportunidades, o camisa 19 só não aumentou o placar por detalhes. Mas em pouco tempo a partida ganharia cara de amistoso: até os 30, Guardiola fez todas as substituições possíveis, descansando nomes como Ribéry, Kroos e Mandzukic. Dante e Thomas Müller, poupados, sequer entraram. Daí até o apito final foi mera formalidade, com direito a mais uma boa chance de Götze, que acertou a trave nos minutos finais.