Exercitar e disseminar práticas de solidariedade, respeito, honestidade, cooperação e ética. Esse é o objetivo do Festival Latino-Americano de Futebol3, iniciado nesta quarta-feira (5), na Arena Fonte Nova.

 

O evento, que segue até a próxima segunda-feira, dia 9, reúne 120 jovens, de 13 a 17 anos, de seis países latino-americanos, além do Brasil. Também participam jovens de Salvador e de oito municípios do semiárido baiano. Nesse período, os jovens participam de oficinas de gênero, e de jogos de futebol, que acontecem nos estádios de Pituaçu e de Lauro de Freitas.

 

O festival é realizado pela streetfootballworld e o Instituto Fazer Acontecer, com o patrocínio do Ministério das Relações Exteriores da Alemanha. O Governo do Estado, por meio da Superintendência de Desportos do Estado da Bahia (Sudesb) e da Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre), apoia o festival.

 

Bruna Pereira, 14 anos, do município baiano de São Domingos, é uma das participantes. Ela participa, há três meses, do projeto, que utiliza a prática do Futebol3, realizado em seu município pelo Instituto Fazer Acontecer, em parceria com o Comitê Gestor Estadual do Pacto Nacional Um Mundo para a Criança e o Adolescente do Semiárido e prefeituras de 18 municípios da região. Já foram capacitados 320 educadores, que transmitem a metodologia do Futebol3 para jovens da região.

 

“No projeto, aprendi valores como respeito ao próximo e conviver com as diferenças. Lá todos se reúnem com o mesmo objetivo, independente da idade, do tamanho e do gênero”.

 

Representando o Governo da Bahia, a chefe de Gabinete da Setre, Olívia Santana, participou da solenidade de abertura do evento. “Apesar de ser uma competição, o esporte deve ter espaço para a integração, solidariedade e ética, e são esses valores que a prática do Futebol3 traz”, destaca.

 

Participam do festival jovens da Costa Rica, Uruguai, Colômbia, Chile, Peru e Equador, além dos estados brasileiros do Rio Grande do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro e Maranhão. Da Bahia, além de Salvador, os jovens são dos municípios de Valente, Araci, Barrocas, Conceição do Coité, Teofilândia, Santa Luz, São Domingos e Biritinga.

 

Metodologia – O Futebol3 é utilizado como ferramenta para o desenvolvimento, na qual os participantes jogam em times mistos e não há árbitro e, sim, um mediador. O jogo é desenvolvido em três tempos: acordos, o jogo em si e a avaliação.

 

“No primeiro tempo, os jovens definem as regras, no segundo tempo, acontece o jogo propriamente dito. Na terceira, e última etapa, acontece um debate sobre a aplicação das regras no campo de jogo”, explica Mirella Domenich, gerente geral da streetfootballworld Brasil.

 

De acordo como o coordenador do Instituto Fazer Acontecer, Renato Paes Andrade, a metodologia pode ser aplicada a qualquer esporte. “A ideia é minimizar a competitividade, fazendo com que os times joguem juntos em prol de um mesmo objetivo”, pontua.