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VITÓRIA arranca e BAHIA escapa com derrota do Flu, p ZÉDEJESUSBARRÊTO

Vitória faz melhor campanha do Brasileirão e está a dois pontos do G4, mas, vai enfrentar o Cruzeiro
ZédeJesusBarrêto ,  Salvador | 10/11/2013 às 21:48
Nei Franco comemora bom resultado do Vitória
Foto: GP
Foi uma rodada favorável ao Vitória, que foi a Campinas e venceu bem a Ponte Preta (3 x 0), aproximando-se ainda mais dos quatro primeiros colocados no Brasileirão 2013, a dois pontos apenas do Botafogo, e na mira de uma vaga para disputar a Libertadores da América em 2014, mais que um objetivo, um sonho do torcedor rubronegro.

O Bahia, que no sábado, em casa, não conseguiu vencer o ‘Galo mineiro’ ( 0 x 0), também não pode se queixar da rodada, porque seus concorrentes diretos na luta por livrar-se do rebaixamento também não conseguiram vencer: a Ponte levou ferro do Vitória, o Vasco empatou com o Santos, no Maracanã (2 x 2 ) e o Fluminense tomou 1 x 0 do Corínthians e aboletou-se na ‘zona’. O tricolor chegou a 39 pontos ganhos e está a três de distância do Fluminense. O Bahia continua dependendo dele mesmo para não cair, a cinco rodadas do final da competição. Só que é preciso voltar a vencer, a fazer gols. 

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Leão comeu Macaca 

Com o Moisés Lucarelli cheio, sob um calor de mais de 30 graus, o Vitória, ‘Leão da Barra’, encarou a Ponte Preta, a mesma ‘Macaca’ que no meio da semana surpreendeu e venceu o Velez da Argentina pela Copa Sulamericana, e precisou apenas de 45 minutos para liquidar a partida, com uma atuação soberba na primeira etapa, marcando bem, tomando conta do meio campo e atacando em contragolpes velozes e insinuantes. 

O rubronegro se impôs assim que a bola rolou. Ameaçou aos 7 e 11 minutos em dois chutaços de Ayrton, um na cobrança de falta que se chocou no travessão e noutro arremate que obrigou o goleiro Roberto a fazer grande defesa. O primeiro gol saiu aos 18 minutos depois de boa trama pelo lado esquerdo e um cruzamento de linha de fundo do lateral Tarracha, que Cajá, entrando em velocidade pelo meio, dentro da pequena área escorou de barriga para as redes: 1 x 0. O time baiano tinha as rédeas do jogo e o segundo gol era questão de tempo. Num contragolpe, Marquinhos foi lançado em profundidade pelo lado direito, esperou a chegada do lateral Ayrton e rolou para um chute cruzado e certeiro, pelo alto, que entrou na forquilha, golaço : 2 x 0. O terceiro saiu de uma arrancada de Marquinhos em alta velocidade desde seu campo de defesa, levando a zaga e arrematando cruzado e rasteiro já diante do goleiro Roberto, que deu rebote e Dinei não perdoou: 3 x 0. Justo, sem contestações, pelo futebol objetivo, simples e inteligente jogado pelo rubronegro. 

A segunda etapa foi de manutenção do placar, com o time baiano fechadinho, esperando o adversário que obviamente foi pra cima tentar alguma coisa, e explorando os contragolpes. Então apareceram bem o goleiro Wilson, a zaga de Vitor Ramos e Kadu, os laterais Ayrton e Tarracha, os gringos Cáceres e Escudero, o inteligente Dinei e o arisco Marquinhos na puxada, o melhor do jogo. 

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No meio da semana, quarta, no Barradão, o Vitória recebe a visita do Cruzeiro, hoje e agora a melhor equipe brasileira, já quase campeã do Brasileirão 2013. Na rodada de domingo, o Cruzeiro enfiou 3 x 0 no Grêmio, no Mineirão, show de bola. É jogo pra casa cheia e bom futebol em campo. 

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Cadê gols ? 

O empate do Bahia contra o Atlético Mineiro – atual campeão da Libertadores e que vai disputar o título mundial em dezembro, quiçá contra o Bayern de Munich – não foi o resultado que o torcedor esperava, tampouco rendeu os três pontos que o time precisava para se safar um pouco do fantasma do rebaixamento para a segundona. Foi um 0 x 0 de gosto amargo, sem a emoção de um gol, que rendeu apenas um pontinho somado na tabela de classificação, mas pelas circunstâncias da partida não foi de todo um mau resultado. 

O tricolor baiano enfrentou uma equipe bem arrumada, bem treinada, forte na marcação e muito superior tecnicamente, individualmente ao time baiano. O ‘Galo’ tem um ótimo goleiro (Vitor, selecionável), um lateral direito excelente (Marcos Rocha, selecionável), um miolo de zaga dos melhores do país (Leonardo e Réver, selecionável), quase imbatível nas bolas altas; um meio campo pegador (Josué, selecionável e Pierre), com dois meias de qualidade, que chutam e trabalham a bola - Guilherme e o ótimo Tardeli, craque de bola, o melhor em campo. Na frente, o buliçoso Fernandinho e Jô, atacante de seleção. 

O Atlético impôs seu jogo no gramado desde o começo, com toques de primeira, velocidade, deslocamentos, finalizações e muita pegada, muita marcação. O Galo bica muito, cisca, faz alvoroço. No entanto, o Bahia, com o apoio da torcida (mais de 35 mil pessoas na Fonte Nova), suportou bem, mais uma vez. Marcou com dedicação, brigou pela bola todo tempo. Lomba trabalhou muito, fez boas defesas; a zaga basicamente não falhou (Lucas, Démerson, Fahel e depois Titi); Raul voltou bem, Rafael Miranda correu uma barbaridade e Helder, bem marcado, esteve lento e sumido durante boa parte do jogo. 

O problema básico da equipe do Bahia é daí, do meio campo para frente, a dificuldade na saída de bola, a complicada passagem da defesa para o ataque, os passes errados, a timidez e insegurança para fazer a finalização, o embaraço que têm os atacantes para dominar a bola lançada, não conseguem segurar a bola mais à frente, menos ainda pressionar, girar, bater no gol. É raro. Sò na segunda etapa a equipe arriscou-se mais um pouco ao ataque, mas a muralha defensiva do Galo mineiro prevaleceu. 
Os jogadores do Bahia mostram, jogo após jogo, que têm problemas sérios de fundamentos : domínio de bola, sobretudo quando a marcação é em cima, muitos erros de passe e finalizam muito pouco e mal no gol adversário. Não faltam luta, dedicação, vontade. Faltam é qualidade e competência. É um plantel limitado, sem imaginação, de jogo previsível.

No final, enquanto os atleticanos lamentavam as chances perdidas, a bola na trave, o domínio que não resultou em gols, o último arremate de Tardeli, no finalzinho, que Lomba salvou... 
O torcedor do Bahia saia do estádio comentando o lance raro em que Barbio penetrou livre e o bandeira assinalou impedimento; ou reclamando de um outro lance em que o lateral Fabrício Lusa dividiu com o goleiro Vitor e pediu a marcação de uma penalidade máxima que o árbitro ignorou, interpretou como cena do lateral; e ainda a chorar pela perda da melhor chance do jogo, aos 37 minutos da segunda etapa, após uma cobrança de falta de Wállisson, quando veio a cabeçada de Obina que deixou Titi de frente com Vitor, livre, mas o goleirão do Galo abafou o lance, até porque o zagueirão não é do ramo. E foi só. 

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De agora em diante, os jogadores do time mineiro focam na disputa do Mundial, em dezembro, e o Galo apenas cumpre a tabela do Brasileirão. Já o elenco do Bahia não consegue dormir direito, preocupado com a arriscada sequência de partidas que tem a cumprir até o final da competição, todas decisivas: na quinta o tricolor enfrenta o Santos, no Pacaembu, e de lá viaja até o Recife onde, no domingo, pega o Náutico já desclassificado. Mas nem pensem em jogos fáceis. O Santos é uma equipe jovem em ascensão, fogosa, e o Náutico não tem mais nada a perder, nenhum peso mais às costas, é um livre atirador e a rixa Ba x Pe prevalece, é clássico nordestino. O Bahia precisa voltar a ganhar jogos (há seis rodadas não vence) e somar pontos. Faltam cinco partidas, dá pra fazer uns seis a oito pontos? É a meta. Ou ... virá o precipício da segundona, que Deus livre e guarde. 


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Juro, nada contra Souza, Obina, Fernandão, meia dúzia de meias atacantes e armadores (todos iguais, ‘armandinhos’) do Bahia, não é isso. Mas digo que nenhum atacante ou meia que se respeite pode passar jogos e jogos sem dar um arremate, um chuteco sequer na direção do gol adversário. Inconcebível. 

Falar nisso, alguém se lembra qual foi a data em que, pela vez derradeira, aconteceu de o Bahia fazer um gol em cobrança de falta? Hoje , a melhor bola parada do time é a do menino Talisca, que pouco joga. Falta de treinamento ou ausência de quem saiba bater na bola ? 

Consolo? O Grêmio, com Barcos, Vargas, Kleber, Ze Roberto, Elano ... jogadores famosos e caríssimos, está sem vencer há 7 jogos, 6 deles sem fazer um golzinho sequer. É mole ? 

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De parabéns o futebol de Minas Gerais. Pelo Cruzeiro, virtual campeão brasileiro 2013, e pelo Atlético, o Galo, que disputará o título mundial em dezembro, certamente diante do Bayern Munich. São dois timaços, bem armados, jogando um futebol coletivo moderno e com alguns craques : Tardelli, Ronaldinho, Jô/ Éverton Ribeiro, Dedé, Ricardo Goulart ... destacando alguns, apenas. Um bom exemplo para a dupla Ba Vi. Precisamos fortalecer, qualificar o futebol baiano. Carecemos de craques, ídolos. Tínhamos de sobra nas duas equipes, na década de 1970, por exemplo: Osni, Mário Sérgio, Almiro, Fischer, Douglas, Roberto Rebouças, Fito, Jésum... 

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De olho na Copa 2014, a seleção brasileira treinada pelo Felipão faz dois jogos amistosos em campos da América do Norte: dia 16, sábado, contra Honduras, nos EUA; e dia 19 contra o Chile, no Canadá. O lateral Marcelo, craque do real Madrid, está fora, com lesão no joelho esquerdo. Mais uma chance para o reserva Maxwell (do PSG) se firmar como opção na equipe que disputará o mundial. Outro problema é o zagueiro David Luiz, do Chelsea, hoje encostado, na reserva do time inglês, por incompatibilidades com o treinador José Mourinho, um lusitano marrento que não gosta muito de jogadores brasileiros. Precisa jogar para não perder o ritmo até a Copa.