A seleção brasileira sub-17, treinada por Gallo, caiu nas quartas de final para o ranheta time do México, perdendo a classificação nas penalidades máximas
ZédeJesusBarrêto , Salvador |
02/11/2013 às 06:31
O tranquilão técnico Ney Franco enfrenta Tite do Timão
Foto: DIV
Faltam sete rodadas para o final do Brasileirão 2013, retão final, jogos decisivos pra quem quer alguma coisa lá em cima e também pra quem não quer cair, lá em baixo. Nesse domingo a dupla Ba Vi será mais uma vez checada e posta à prova, no mesmo horário, 16 hs.
O Vitória, de bem com o torcedor, espera encher o Barradão (dizem que cerca de 33 mil ingressos foram vendidos) e tudo fará para vencer o Corínthians (SP) e, assim, posicionar-se firme entre os cinco primeiros colocados na competição, o que lhe permitirá brigar de vera por uma vaga na Libertadores da América de paroano, um êxito sem par na história do rubronegro baiano, sonho da torcida.
O time tem desfalques na defesa, a ausência por suspensão da dupla de miolo da zaga – Vitor Ramos e Kadu, que devem ter como substitutos Renato e Luis Gustavo -, mas sobram opções do meio em diante para o treinador Ney Franco, feliz da vida com o desempenho da equipe nos últimos jogos. Juan, Cáceres, Escudero e Marquinhos têm sido destaque, ao lado do ‘amuleto’ William ‘Pica-pau’, que entra e decide. Dá pra classificar entre os cinco primeiros, todos acreditam no clube e a galera vai junto. Mas...
A partida na tarde desse domingo é contra um time que é campeão paulista, venceu a Libertadores de América e conquistou o título de Campeão do Mundo, outro dia, lembra? Certo que perdeu o ótimo meiocampista Paulinho, caiu de produção, entrou naquela fase de não fazer gols – ‘nem de pênalti’, né Pato ? -, de perder e empatar jogos numa sequência como há muito não se via, não faz um bom campeonato brasileiro, a torcida já pega no pé do Pato, do treinador Tite (ganhou tudo o que disputou até então) e até do ídolo Romarinho. Mas, Corínthians é o ‘timão’ da paulistada, poderoso, mantém uma base, um bom conjunto de equipe, tem um plantel qualificado e caro, é difícil de ser batido em qualquer circunstância e não é de temer pressão.
Antevejo um jogão de bola, bem disputado e não arrisco favoritismos.
Bah, Tchê !
O Bahia, a perigosos quatro pontos da zona de rebaixamento, vem de resultados bisonhos, pra não dizer decepcionantes: perdeu do Goiás e do Flamengo fora de casa pelo Brasileirão, ganhou mas não levou do Nacional de Medellin (venceu, 1 x0 , mas foi desclassificado na disputa de pênaltis) pela Copa Sulamericana e, domingo passado, diante do seu torcedor impaciente, empatou (1 x 1) com o Atlético (PR), o adversário atuando com um atleta a menos em campo durante a maior parte do jogo.
Impressiona a incapacidade do time de finalizar bem, a dificuldade de fazer gols, mas também irrita a repetição de falhas pontuais, individuais e coletivas, no passe pelo meio, no setor defensivo, vacilos que têm custado perdas de pontos difíceis de recuperar. Ou seja, é preciso vencer ou vencer na capital gaúcha.
Tentando reparar erros e melhorar o astral da equipe, o treinador Cristóvão mexe, mais uma vez, nos três setores. Na defesa, mantém Mádson (não há nada melhor no plantel), forma o miolo de zaga com Lucas e Dèmerson e na lateral volta o garoto Jussandro que, nesse instante, parece mais inteiro, mais solto do que Raul. Ao meio campo retorna o veterano Fahel, ao lado de Rafael Miranda e Feijão. Mais á frente o meia Barbio terá ao lado o grandalhão Souza, que encosta no artilheiro Fernandão, mais enfiado. A equipe ganha peso e altura, mas veremos se isso dará também mais força ofensiva.
O adversário é o Grêmio de Porto Alegre, terceiro colocado na competição, que vem de dois resultados negativos – levou uma balaiada do Coritiba pelo Brasileirão e um gude preso do Atlético (PR) pela Copa do Brasil. A equipe treinada por Renato Portallupi (que conhece bem o Bahia) joga em casa, onde é difícil ser batida, a torcida é agressiva, e deve vir com todos os titulares pra cima do tricolor baiano, a fim de recuperação perante a galera azul gaúcha. Individualmente é um timaço, de folha milionária e boa qualidade: o goleiro Dida, Rodolfo, Riveros, Elano, Ze Roberto, o inquieto Kleber, o chileno goleador Vargas e o artilheiro argentino Barcos – alguns desses não vinham atuando por lesão, mau condicionamento físico ou suspensões, mas estão de volta.
Ou seja, como sempre, o Grêmio, time que joga um futebol sulista duro e competitivo, vai ser uma ‘pedreira’ pro Bahia. Ao tricolor baiano cabe superar-se dentro de campo. É preciso cuidado com a ‘milonga’ da gauchada.
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Perebinhas:
A seleção brasileira sub-17, treinada por Gallo, caiu nas quartas de final para o ranheta time do México, perdendo a classificação nas penalidades máximas. Estávamos muito bem na competição, tivemos desfalques por suspensão para o clássico contra os mexicanos e, mais uma vez, eles se deram bem. São os atuais Campeões do Mundo sub-17, disputam o bi.
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A seleção titular, do treinador Felipão, faz dois amistosos em novembro, em estádios da América do Norte (Miami - EUA e Toronto - Canadá), contra Honduras e Chile. Entre os novos convocados de Felipão estão o zagueiro novato Marquinhos, o meio campista William (ambos ex-corinthianos e hoje brilhando na Europa) e tem ainda a volta do meia atacante Robinho, do Milan, que , parece, voltou a jogar bem. É uma forma de juntar o grupo, vez em quando, para jogar junto, manter a coletividade e definir as dúvidas de quem vai ou não à copa, em algumas posições do time.
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Pela tevê, tenho apreciado muito o futebol bem jogado do Bayern de Munique, agora treinado por Guardiola, um time de feras, campeão da Europa e que vai disputar o título mundial em dezembro contra o Atlético(MG). O ‘Galo’ vai precisar brigar muito e de boa sorte para trazer o caneco. Do goleiro Neuer, ao ataque com Robben e Ribéry, o Bayer é um timaço, base da seleção Alemã, uma das favoritas na Copa 2014.
Gosto ainda do Barça (Xavi, Iniesta, Messi e Neymar), do Real (Cristiano está em ponto de bala), às vezes do Chelsea (D.Luiz, Ramiro e Oscar), um pouco do Milan, da Juve de Pirlo e Pogba, dos gols fantásticos do sueco Imbraimovic...
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E fico maturando: na relação de premiados para a escolha do melhor do mundo pela FIFA, fim de ano, não há um só atleta em ação na América Latina - Argentino, chileno, brasileiro, baiano, nada... Cá, somos colônia exportadora de matéria prima. Apenasmente.
Entendo que a coroa de melhor do mundo, este ano, está mais para Ribery, um bom jogador, em ótima fase, mas merecedor muito mais pelos títulos que a sua equipe, o Bayern, tem conquistado na temporada. Imbra, do PSG tem feitos gols espetaculares e Cristiano, o marrento portuga, está voando em campo, fatal. Messi não viveu em 2013 seus melhores momentos, andou machucado, atuando no sacrifício, caiu um pouco tecnicamente de produção, apesar de alguns gols de arte pura. Neymar corre ainda por fora. Tiago Silva, um senhor zagueiro, espia.