Esporte

DOMINGO triste para papais do BAVI. Dupla decepciona, ZÉDEJESUSBARRÊTO

Vitória pega a Ponte Preta que tem o artilheiro da competição e Bahia enfrenta Atlético MG
ZédeJesusBarrêto , Salvador | 11/08/2013 às 23:07
Ralf agradeceu erro da zaga do Vitória e encheu o pé
Foto: Gazeta Press

Um domingo dos pais infeliz para a dupla Ba Vi no campeonato brasileiro. À tarde, no Pacaembu, em São Paulo, o Vitória levou 2 x 0 do Corínthians. À noite, na Fonte Nova, o Grêmio venceu o Bahia por 3 x 0, um placar estranho para o que aconteceu em campo. 

Com esses resultados, concluída a rodada, o Vitória caiu para o 8º lugar na tabela de classificação e o Bahia ficou em 9º, ambos com 19 pontos .

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Na quarta-feira, o rubro-negro recebe a Ponte Preta, no Barradão, e o tricolor vai a Belo Horizonte enfrentar o Atlético Mineiro. 

A Ponte vem jogando bem, tem o artilheiro da competição, o centroavante William, que conhece bem o Barradão, foi centroavante do Vitória na temporada passada. O time baiano, com a volta de Dinei e talvez a de Escudero, que fizeram falta, e mais o apoio da torcida tem tudo para ganhar os três pontos. Já o Bahia, de crista baixa e com o desfalque do zagueiro e capitão Titi (expulso contra o Grêmio), vai encarar o Galo, campeão sulamericano, um jogo dificílimo em BH. 

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Aconteceu o quê ? 

A Fonte Nova recebeu um bom público e viu um jogo truncado, muito marcado no meio campo, disputado no corpo a corpo, com chutões e muitas faltas de lado a lado. O Bahia foi melhor na primeira etapa, tentando por a bola no chão, articulando melhor as jogadas e chegando bem mais ao gol do Grêmio, criando algumas boas chances de gol. O time foi bem defensivamente, o goleiro Lomba praticamente não tocou na bola, o time gaúcho não ameaçou. 

As duas melhores oportunidades aconteceram aos 10 minutos, numa testada de Titi, escorando um escanteio cobrado por Marquinhos, em que a pelota passou por Dida e chocou-se no poste, para, na sequência, a zaga gremista aliviar. A outra, aos 34, quando Wálisson entrou livre e bateu cruzado, rasteiro; com o goleiro vencido, Fernandão não alcançou a bola a uns palmos da linha de gol. O time baiano foi superior na primeira etapa.

E voltou para a segunda etapa no mesmo ritmo, pressionando, encurralando, chegando mais perto da área adversária, mas levou um gol tolo aos 23 minutos. Uma bola despretensiosa alçada de longe, o lateral Neto desatento viu Elano subir nas suas costas e testar sem muita força, mas a pelota caprichosamente bateu no travessão e ofereceu-se na frente da pequena área; a cobertura de Donato não chegou a tempo e Viveros mergulhou corajosamente nos pés do zagueiro para testar, pererecando, a pelota ainda tocando na trave até ultrapassar a linha fatal: 1x0.

O time baiano sentiu o gol, àquela altura injusto. Mesmo assim, aos 26’, numa cobrança de falta através de Marquinho, Fernandão escorou e a bola quase entra, batendo na rede pelo lado de fora. 


O que realmente decidiu a partida foi a expulsão do zagueiro e capitão Titi, um dos melhores em campo, por parte do árbitro do MT Wagner Reway que viu, mesmo de longe, uma possível cotovelada do atleta tricolor no malandro e experiente meia Elano, junto da linha lateral do campo, bem diante do bandeira-auxiliar, que nada viu de anormal e nada marcou. 
Mas Elano catimbou, os atletas do Grêmio fizeram pressão e o árbitro deu cartão vermelho a Titi, que, conforme mostrou a televisão, esticou o braço para trás, protegendo-se, com a bola já fora de jogo, e sua mão tocou no rosto do meia gremista, que desabou. A decisão infeliz da arbitragem prejudicou o time da casa, que se perdeu emocionalmente com um atleta a menos em campo. Ali estava decidida a partida. 

Aos 32’, o tricolor tonto em campo e já com a torcida irritada a vaiar alguns jogadores, especialmente Neto, aconteceu o 2 x 0, num chuteco de Maxi Rodrigues, que tinha acabado de entrar em campo, a bola desviou no braço de Donato e enganou Lomba, triscando ainda na trave antes de entrar devagarzinho: 2 x0. Sem forças, atarantado, o Bahia tomou o terceiro, num chute cruzado de Guilherme que Lomba aceitou, já aos 45’. 

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Destaques: 

Titi na defesa (até ser expulso), Rafael Miranda no meio campo ao lado de Helder e Marquinhos na frente foram os melhores do Bahia.

No Grêmio, a tranqüilidade de Dida, a dureza da zaga Rodolfo e Werley, a manha de Elano e a valentia de Barcos. 

Renato foi mais feliz no jogo do que Cristóvão. Embora o Bahia se mostrasse mais arrumado em campo e tivesse mais o domínio do jogo, Renato foi bafejado pela sorte e dois dos jogadores que ele pôs no jogo, já na segunda metade da etapa final, fizeram gols. 

Assim é o futebol.


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Placar normal 

Já os 2 x 0 que o Vitória levou do Corínthians no Pacaembu foi um placar normal. Primeiro porque o Corínthians é uma equipe superior técnica e individualmente aos nossos representantes baianos, está em evolução na competição, é um time bem treinado e muito difícil de ser batido fora ou, mais ainda, dentro de casa com o apoio de cerca de 28 mil corintianos nas arquibancadas; segundo, porque o Vitória não tem conseguido vencer seus jogos fora do Barradão, um empate já seria um grande negócio.

O time baiano encarou, partiu para jogar de igual para igual, mas o alvinegro paulista marcava em cima, como de costume, sem oferecer espaços e logo aos 6 minutos de jogo abriu o placar: Cáceres cortou mal um cruzamento de linha de fundo e a bola sobrou na entrada da área para Ralf que pegou forte e certeiro, de prima: 1 x 0. Daí por diante o que se viu foi o Corinthians impor sua tática costumeira: recua, marca duro e retoma a bola o mais à frente possível, chegando rápido à área inimiga, explorando o erros de passe e de saída de bola do adversário. 

Os 2 x 0 vieram já na segunda etapa, aos 5 minutos: Pato disputou e ganhou uma bola alta com Vitor Ramos e já de frente pro gol veio a cobertura de Mansur que, no chão, tocou com o braço na bola; o mesmo Pato bateu com classe a penalidade. Caio Junior fez modificações e tentou partir pra cima, buscando o empate, mas abriu-se na defesa. O jogo ficou franco e o Corínthians criou boas chances de ampliar o placar, poderia ter saído com uma goleada. Wilson trabalhou muito mais que Cássio, os dois goleiros. 

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Wilson foi um dos destaques do rubro-negro, ao lado de Vitor Ramos, Cáceres, o meia Camacho e o baixinho Maxi Bianchucci, muito vigiado.

No Corínthians, o zagueiro Gil, Romarinho, Pato, Guilherme e o ótimo Ralf, que parece estar em todos os lugares do campo. O conjunto é o forte da equipe, disciplinada taticamente. 


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Pipocas:

- Vexame na tal ‘arena’ Fonte Nova. Roubaram cabos de transmissão e a central telefônica do estádio, prejudicando muito a transmissão radiofônica do espetáculo. Não tem segurança naquela joça ? Tá a migué ? 

- Os 3 x 0 que o Bahia aplicou no Flamengo, na Fonte Nova, há algumas rodadas,fizeram bem ao time carioca, que tomou vergonha e vem jogando bem, vencendo seus jogos. Tem surras que fazem bem. 

- Essa semana teve jogador do Vitória, sem oportunidades no time titular, que abriu o bocão dizendo que está sem receber salários há quase três meses. E a gente pensava que isso só acontecia no Bahia. 

- O Dr Ratiz, interventor do E C Bahia, está doidinho pra largar o abacaxi (mais ou menos descascado) e voltar pro seu escritório. Já convocou uma assembléia de sócios e vai definir a data e as regras de novas eleições legais para o clube. Tem candidatos se botando: políticos (secretário de governo e vereador), empresários do mundo da bola, o diretor da CBF Virgílio Elizio e , pasmem, até Binha de São Caetano, aquele torcedor ‘símbolo’ da administração MGF. Se não aparecer uma liderança que congregue e tenha votos pra vencer pode acontecer uma grande lambança. 

- Dia 14, quarta, tem amistoso da seleção do Felipão na Europa, contra a Suíça. Primeiro jogo depois da conquista da Copa das Confederações.