Esporte

Contra alimentação ruim, jogadores promovem quebra-quebra no Bahia

Com informações do blog Prata da Casa, A Tarde
PRATA DA CASA , Salvador | 31/07/2013 às 18:29
Inauguração recente do CT do Bahia em Dias D'Ávila
Foto: Felipe Oliveira
Dois anos sem produtos derivados de leite no café da manhã. Jantar frio. Lanche insuficiente. Às vezes, falta até carne nas principais refeições. Essas são algumas das reclamações de jogadores das divisões de base sobre as refeições oferecidas no alojamento do Bahia. Cansados pela situação, recentemente, alguns atletas promoveram motim no refeitório do clube. De acordo com pessoas presentes, uma mesa e um sofá foram quebrados em meio aos protestos. 

Ao contrário do rival Vitória, no Bahia todo o serviço de alimentação é fornecido por uma empresa terceirizada. Segundo o Terra apurou, o grupo estaria insatisfeito pelo contrato firmado com o ex-presidente Marcelo Guimarães Filho – recentemente destituído. Por isso, na tentativa de que o clube rescindisse o acordo, a empresa teria optado por um serviço ruim.
Recentemente contratado junto ao Vitória, o coordenador da base do Bahia, Carlos Anunciação, afirmou não ter autorização para fornecer o nome da empresa contratada. Negou as informações sobre os problemas apurados pelo blog. “Isso não procede, aqui tudo está às mil maravilhas. Tudo relacionado às refeições está sob controle. Houve apenas um episódio isolado com dois atletas. Foi dado lanche a mais para um grupo e faltou para outros jogadores. Tudo isso já contornamos”, declarou Carlos.

Nem mesmo o investimento mensal de R$ 600 mil para as divisões de base, por ora, livra o Bahia da situação delicada em estrutura para seus atletas mais jovens. Os mais velhos e mais bem remunerados, insatisfeitos com a alimentação ruim, optam muitas vezes em comer fora do clube. “Como é que pagam R$ 200 mil por mês para jogadores do profissional e deixam isso acontecer com os garotos?”, questionou ao Terra uma pessoa próxima às categorias de base do clube. 

Com presidente deposto, e atualmente dirigido por um interventor, Carlos Rátis, o Bahia vive situação dramática na formação, o que se sucedeu desde a demissão do ex-supervisor Newton Motta no fim de maio. Mais de dez jogadores, de diferentes categorias, obtiveram na Justiça suas liberações por não recolhimento de INSS. O lateral Alef (96), da Seleção Brasileira Sub-17, se transferiu sem custos para o rival Vitória.