Depois de prata e bronze nos 5km, brasileiras fazem dobradinha inédita para o país em prova da maratona aquática. Paulista se emociona com triunfo
Globo Esporte , Barcelona |
23/07/2013 às 10:49
Poliana e Ana Marcela em dobradinha inédita para o Brasil
Foto: Globo Esporte
Poliana Okimoto e Ana Marcela Cunha fizeram história para o Brasil. De novo. Depois da prata e do bronze nos 5km da maratona aquática no sábado, as duas brasileiras protagonizaram uma grande prova nesta terça-feira, na disputa dos 10km da modalidade, no Mundial de Esportes Aquáticos, em Barcelona. Dessa vez elas conquistaram uma dobradinha inédita para o país, subindo aos dois lugares mais altos do pódio. Poliana completou a prova em 1h58m19s2 e faturou a medalha de ouro. Ana Marcela chegou apenas três décimos atrás da compatriota e ficou com a prata. A alemã Angela Maurer terminou na terceira colocação, com 1h58m20s2.
- Estou muito emocionada. Tinha conseguido ganhar uma medalha nos 5km, mas essa prova de 10km é sempre muito mais difícil, é prova olímpica, mais disputada. Muita gente queria me aposentar depois de Londres, depois de uma prova horrível que aconteceu lá. Estou muito feliz. Agora tudo vale muito a pena, cada esforço, cada manhã gelada. Vale muito a pena. Tenho que agradecer a todos, (principalmente) depois de um ano (2012) ruim para mim - disse Poliana, não contendo as lágrimas depois de se tornar campeã mundial dos 10km, em entrevista ao SporTV.
Poliana e Ana Marcela tiveram um desempenho impecável. As duas ficaram sempre no primeiro pelotão e brigando pelo pódio durante toda a prova. Elas se dividiram na liderança junto com outras competidoras até abrirem uma boa distância para as demais nos últimos metros. Deixaram para trás inclusive a atual campeã olímpica dos 10km, a húngara Eva Risztov (9º lugar), e a campeã mundial de 2011, a britânica Keri-Anne Payne (14º). As brasileiras então travaram uma disputa particular pela medalha de ouro, que acabou ficando com nadadora paulista.
A medalha para Poliana vem um ano após um desempenho dela aquém do esperado, na mesma prova, nos Jogos Olímpicos de Londres. Na ocasião, a brasileira abandonou a disputa com um quadro de hipotermia, quando a temperatura do corpo fica abaixo de 35ºC. O normal é cerca de 37ºC.