Esporte

RIO: COPA DAS CONFEDERAÇÕES se transforma na Copa da Pancadaria

Protestos no Rio reprimidos com muita violência
Terra , Rio | 16/06/2013 às 22:37
Mais violência no entorno do Estádio do Maracanã, Rio
Foto: Terra
Horas depois da confusão que acabou transformando as proximidades do Estádio do Maracanã em uma verdadeira praça de guerra, a Polícia Militar do Rio de Janeiro promoveu uma coletiva de imprensa para explicar a ação da PM durante os protestos de manifestantes, realizados neste domingo (16). E, assim como os pronunciamentos do Governo do Estado de São Paulo sobre as manifestações ao longo de toda a semana passada, a organização garantiu: a PM agiu de forma correta na hora de conter os protestos. 

"A PM não usou além da força necessária para conter as manifestações", afirmou o Coronel Frederico Caldas, porta-voz da PM fluminense. "A PM não reconhece uso ostensivo de força por parte dos policiais." 

De acordo com o balanço inicial da polícia sobre os confrontos, seis pessoas foram detidas e seis artefatos apreendidos, sendo dois coqueteis molotov - o conteúdo dos outros quatro objetos não foi divulgado. O número de feridos, de acordo com a PM, é de apenas um policial

O discurso da corporação destoa totalmente daquele de manifestantes e pedestres que passavam pelos entornos do Maracanã antes e depois da partida. Segundo estes, policiais usaram de violência gratuita e desnecessária, inclusive contra famílias com crianças, em meio a um protesto pacífico. 

O confronto teve início no viaduto Oduvaldo Cozzi, que liga a estação de metrô São Cristovão ao Maracanã, quando três mil pessoas protestavam contra a má administração pública no País. A polícia reagiu com violência, atacando os manifestantes com cassetetes, bombas de borracha e gás lacrimogêneo. 

Após a partida, quando as Forças Armadas passaram a controlar os protestos, o clima era de tranquilidade. Enquanto os torcedores que estiveram no Maracanã partiam para o metrô, manifestantes criaram um cordão humano em volta deles e gritavam "da Copa eu abro mão, quero dinheiro pra saúde e educação!". Os gritos receberam coro do público, que também aplaudiu a atitude das pessoas de ir às ruas para lamentar as mazelas do País.