Esporte

BAHIA volta com estádio cheio e arranca empate, por ZÉDEJESUSBARRÊTO

Viva ! O campeão da Copa do Nordeste 2013 é mesmo o Campinense, da Paraíba. Uma festa de arromba em Campina Grande!
ZédeJesusBarrêto , Salvador | 17/03/2013 às 20:25
Impressionante a torcida do Bahia em Conquista
Foto: Mário Bittencourt A Tarde
Bahia e Vitória, de volta aos gramados, sentiram as ‘férias forçadas’. Mostraram alguns atletas totalmente fora de forma e ambas as equipes sem ritmo de jogo.

  Vi pela Tv, há pouco e direto de Vitória da Conquista, no sudoeste baiano, a estréia do Bahia, o atual Campeão Baiano, no campo de grama alta mas em boas condições do estádio Lomanto Jr, contra o time ‘dono da casa’, o mais qualificado na primeira fase do nosso ‘baianão’, que segue. Mais de 10 mil pessoas lotaram as arquibancadas e apreciaram até um bom jogo, bem disputado, com lances de área, gols anulados, polêmicas e o empate em 1 x 1. 

   O Vitória da Conquista foi melhor em campo, mas o tricolor terminou fazendo valer a camisa, a tradição; afinal, a folha de pagamento do time interiorano não chega a cem mil reais e a do Bahia ultrapassa os dois milhões.  Pelo que jogou o time em campo, foi sim um bom resultado para o tricolor da capital.     

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   A partida começou quente, lá e cá. Aos 9 minutos, numa boa trama, Cacá recebeu na área, entrou livre e marcou, mas o bandeira sinalizou e o árbitro Arilson Bispo anulou erradamente o gol, apontando um impedimento que não existiu. Aos 13’ , Mica arrematou forte e Lomba espalmou. Aos 20’ Lomba mais uma vez salvou o gol, após uma cabeçada de frente.  
  O Conquista ganhava o meio campo e mandava no jogo, atuando com mais velocidade e acuando o Bahia na defesa. O primeiro chute do tricolor aconteceu aos 23’, Adriano arrematou por cima.  Aos 27’ aconteceu o lance mais plástico do jogo: Adriano, na linha da pequena área, cabeceou no travessão e, na volta, Obina dominou e finalizou de bicicleta, mas o goleiro Alex defendeu bem.  O Conquista criou boas chances de gol ainda  aos 33’ (Carlos Alberto acertou a trave), aos 37, aos 38 e aos 43 minutos. Chegava fácil. 

  O time interiorano, que vem atuando desde janeiro, parecia voar em campo, com leveza; o time do Bahia mostrando vários jogadores totalmente fora de forma (Titi, Fahel, DIones, Helder, Obina...), sobrando peso, pernas presas, chegando atrasado nas divididas.

    Logo no começo da segunda etapa, aos 6 minutos, Alexandre Azevedo  bateu de longe, da direita, rasteiro, com muita gente na frente da área e a bola entrou: 1 x 0. O gol foi irregular porque tinha um atleta impedido, adiantado, atrapalhando a ação do goleiro.  Aos 10’, por muito pouco o chute de Carlos Alberto não ampliou o placar. O Bahia empatou aos 28’, em jogada manjada: após uma falta alçada por Neto, Fahel testou fazendo 1 x 1.  Os atletas do Conquista reclamaram muito de uma falta de Fahel, que teria se apoiado no zagueiro para dar a cabeçada fatal. 
   Após o gol, o time da casa  recuou, pareceu cansado do que correu na primeira etapa,  e o Bahia, mesmo sem muita criatividade, atacou, pressionou até o final. Aos 47, já nos acréscimos, até fez um gol em outra falta cruzada, mas o árbitro viu irregularidade no lance e anulou o tento.  Perigo de gol ? 



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   No PP Vitória da Conquista destaque para o bom futebol de Cacá, Raul, Carlos Alberto e Tiaguinho. É um time insinuante e bem entrosadinho.
 
   No Bahia, Lomba fez boas defesas e Fahel marcou o gol.  O gringo Rosales foi discreto em sua estréia com a camisa tricolor. 
  O trio de arbitragem, pra variar, atrapalhado.  Oito cartões amarelos e falhas em lances cruciais.   

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   Vitória no Barradão

   Pouca gente, no sábado à tarde, foi ao Barradão ver o Vitória bater a ‘filial’ Botafogo pelo placar de 3 x 1, com três gols do veterano artilheiro Nicácio, todos os gols no primeiro tempo. Um bom placar, apesar do joguinho chinfrim, construído nem tanto pela qualidade técnica do futebol mostrado pelo rubronegro na sua estréia pelo ‘baianão’ e mais pela fragilidade da defensiva botafoguense. O time alvi-rubro até trocou mais passes, pôs mais a bola no chão, mas o Vitória foi mais objetivo, soube ‘matar’ o jogo. 

  No primeiro tento, aos 13 minutos, louve-se o belo e preciso passe do meia Luis Alberto, rasteirinho, macio, pelo meio da zaga, no vazio, para a penetração eficiente de Nicácio, que bateu na saída do goleiro.  Aos 17’ quase o Bota empata em boa jogada de  Dimas, não fosse a intervenção de Deola e o travessão carimbado.  Aos 22 minutos, o árbitro Marielson viu pênalti no lateral canhoto Mansur que penetrava em velocidade: Nicácio bateu bem  e ampliou.  Aos 33’, o lateral Nino Paraíba cruzou, Nicácio, bem colocado, testou pra baixo e o  goleirão Vitor aceitou- 3 x 0.  Wiliam Henrique, também de pênalti, diminuiu. 
O segundo tempo foi uma maresia; o Vitória mostrando fastio e falta de ritmo, e o Botafogo tentando, tentando, mas cadê competência para finalizar e buscar um resultado melhor? 

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    Destaques para o meia Luis Alberto, cabeça erguida, liderança, esbanjando classe e bons passes; e o atacante Nicácio, que começou logo fazendo três gols. E isso é o que se espera de um atacante. 
Pelo Botafogo, boa atuação do veterano apoiador Totinga, esbanjando saúde; e do meia Wiliam Henrique, que exibiu algum talento e intimidade com a redonda. 

   Mais: o jogo teve um ritmo de treino, fácil de apitar, mas o árbitro Marielson fez questão de  apitar demais, invertendo faltas, interpretando mal os lances...
A gente constata que as arbitragens do ‘baianão’ nada têm a ver com as arbitragens do ‘brasileirão’. São critérios diferentes.  Não há uma unidade.   

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Outros resultados pelo ‘baianão’:  nos dois confrontos entre Feira de Santana e Juazeiro, o pessoal do norte se deu melhor. 
No Joia da Princesa, o Bahia de Feira recebeu o Jua , mas o placar não saiu do zero, num jogo murrinha. O empate fora de casa favorece o juazeiro. 
Já no Adauto Moraes, beira do Velho Chico, o Juazeireze fez as honras para o Feirense que, assim como a dupla Ba Vi, estreou. O time da casa se impôs e  venceu: 1 x 0.  


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 Viva ! O campeão da Copa do Nordeste 2013 é mesmo o Campinense, da Paraíba.  Uma festa de arromba em Campina Grande! No confronto final os paraibanos venceram os alagoanos do ASA de Arapiraca, fora e dentro de casa. Parabéns.  


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 Fonte Nova

 Peço licença (Agô!) ao amigo escritor Jânio Ferreira Soares, atual secretário de Cultura de Paulo Afonso, para citar um trecho de sua crônica “Habemos Jacuipense e Juazeirense”, na edição de sábado do jornal A Tarde. Vale ler e refletir: 

 ... ‘ novo estádio da Fonte Nova que, justiça seja feita, ficou muito bacana. Só lamento que seu virginal gramado já comece sendo brutalmente violentado por chuteiras bavinianas que não merecem sequer apilar o barro amarelo dos campos das várzeas ‘...

 Janio fala do constrangimento de assistir pela TV a jogos ‘insignificantes em tristes estádios vazios’.   Esse campeonato baiano até agora nos envergonha.  É fato.
 Bahia e Vitória precisam mostrar muito mais futebol, do que o fizeram nesse final de semana para melhor o nível do nosso indigente campeonato.