Esporte

VACILOU, DANÇOU! Vitória perde para ASA por 2x0 em jogadas aéreas

Técnico do Vitória armou time sem pode ofensivo e levou a primeira derrota no Nordestão
A Tarde , Salvador | 31/01/2013 às 11:04
Duas bolas mal cortadas na área do Vitória foram determinantes para que chegasse ao fim a invencibilidade do time baiano na Copa do Nordeste, na noite desta quarta-feira, 30, em Arapiraca: o Asa triunfou por 2 a 0.
Os dois gols do alvinegro alagoano saíram dos pés de Léo Gamalho. Em jogadas semelhantes, aos três minutos do primeiro tempo e aos 15 do segundo, o centroavante aproveitou cochilo do sistema defensivo rubro-negro e, oportunista, levou a sua equipe ao primeiro triunfo no Nordestão.
O resultado foi consequência da postura adotada pelo time do técnico Caio Júnior: com três volantes de pouca mobilidade em sua formação inicial (Rodrigo Mancha, Michel e Fernando Bob) e dependente apenas das escassas investidas de Renato Cajá e de Marquinhos, o rubro-negro baiano foi pouco contundente e acabou golpeado em duas jogadas aéreas.
Mas o revés sofrido no interior de Alagoas não tirou o Leão da liderança do Grupo C do torneio: o rubro-negro, ainda com nove pontos, está três pontos à frente do América-RN e do Salgueiro, segundo e terceiros colocados, respectivamente. O Asa somou os seus primeiros três pontos, mas permanece na quarta posição.
Sem Neto Coruja, que foi expulso e terá que cumprir suspensão, o Vitória buscará um triunfo contra o Salgueiro, às 16h do próximo domingo, 3 de fevereiro, no interior de Pernambuco, para garantir a sua classificação. Já o Asa vai até Goianinha, para enfrentar o América-RN, às 18h30 do mesmo dia.
Vacilo rubro-negro - Diante de um Vitória sem criatividade porque armado com três volantes de pouca mobilidade, o Asa imprimiu velocidade nos primeiros minutos de jogo no Coaracy da Mata Fonseca e conseguiu êxito: abriu o placar logo aos três minutos.
O tento do time da casa saiu após lançamento na grande área rubro-negra. No lance, Deola disputou jogada com Didira e cometeu pênalti, mas, como a bola sobrou para Léo Gamalho, o árbitro deixou o lance seguir. O centroavante do time alagoano, então, mandou a bola no ângulo superior esquerdo do gol rubro-negro. 1 a 0.
Aos nove minutos, o mesmo Léo Gamalho aproveitou cruzamento na grande área e, de esquerda, mandou a bola muito perto do gol de Deola. Um minuto depois, Nicácio tabelou com Cajá e quase marcou, mas perdeu o equilíbrio e mandou a bola longe do gol. Aos 12, Mansur, em jogada individual, tirou tinta da trave de Gilson.
O Vitória adiantou a sua marcação e passou a jogar melhor que o alvinegro alagoano. A melhor chance rubro-negra aconteceu aos 28 minutos: Michel lançou a bola na área e Marcelo Nicácio, de cabeça, obrigou Gilson a saltar para fazer uma grande defesa. Mas foi só.
Mais lambanças - Na volta para o segundo tempo, Caio Júnior trocou apenas Michel por Neto Coruja. O seu time continuou com a mesma dificuldade no meio campo: seguiu desprovido de alguém que, ao lado de Renato Cajá, pudesse municiar Marquinhos e Marcelo Nicácio. Pelas laterais, somente Mansur aparecia como opção.
Logo aos dois minutos, porém, o rubro-negro chegou muito perto de empatar: Marquinhos cobrou escanteio na área e a bola sobrou livre para Gabriel Paulista, mas o defensor pegou mal e desperdiçou. Aos cinco, Marcus Vinícius recebeu livre na área do Vitória e também fez feio: tocou por cima do gol de Deola.
Aos 14, o goleiro rubro-negro ainda salvou chutaço de Ray, que havia entrado em lugar de Rodrigo Dantas. Deola, no entanto, não pôde evitar o pior no minuto seguinte: após cobrança de escanteio, a zaga rubro-negra fez nova lambança para afastar o perigo e a bola acabou nos pés de Léo Gamalho, que girou na pequena área e fez 2 a 0.
Daí em diante, o Vitória partiu ainda mais desorganizado em busca do resultado. E o máximo que conseguiu foi colocar uma bola na trave, após cobrança de falta de Marcelo Nicácio, aos 21. Quatro minutos depois, Cajá também cobrou falta com perigo, mas Gilson pegou. Aos 36, Neto Coruja fez falta dura em Cal e acabou expulso. O Vitória, então, se perdeu de vez e se rendeu. Um 2 a 0 para se refletir.