Pesquisa da Deloitte aponta que o Corinthians tem a maior receita de clubes fora da Europa, com 94,1 milhões de euros
Lais Ferreira , SP |
30/01/2013 às 10:53
Corinthians é o clube brasileiro com maior receita
Foto: GP
A Deloitte apresenta a 16ª edição da pesquisa Football Money League, que reúne os clubes de futebol com maiores receitas do mundo. Os 20 primeiros clubes do ranking somaram 4,8 bilhões de euros, um crescimento de 10% sobre o período anterior. Três clubes brasileiros figuram na lista dos top 50: Corinthians, São Paulo e Flamengo.
O primeiro colocado da lista é o Real Madrid. O clube espanhol também é o primeiro a superar a marca dos 500 milhões de euros de receita em uma única temporada, graças a um aumento de 33,1 milhões de euros (7%), chegando a uma receita de € 512,6 milhões. Com isso, assumiu, pela oitava vez, a primeira posição no ranking, igualando o recorde do clube inglês Manchester United (da temporada 1996/97 à 2003/04).
O Corinthians é o clube não europeu mais bem colocado na lista. Está entre os 40 melhores do mundo, com uma receita de 94,1 milhões de euros gerada em 2011 (excluindo as transferências de jogadores). “As vitórias do Corinthians em 2012, na Copa Libertadores da América e no Mundial de Clubes, serão fundamentais para o crescimento financeiro do clube. As competições são excelentes para visibilidade e para novos acordos comerciais e promoções”, aponta o líder global do Sports Business Group da Deloitte, Dan Jones.
Os clubes brasileiros que completam a lista dos top 50 são: o São Paulo, com receita de 82,5 milhões de euros, e o Flamengo, com receita de 73,9 milhões de euros.
“Com grande número de apoiadores locais e a economia crescente, os clubes brasileiros estão cada vez mais atraentes para os parceiros comerciais e, dessa maneira, a geração de receita corresponde cada vez mais as dos clubes europeus. Recentes contratos entre os principais clubes brasileiros e grandes marcas esportivas são exemplos dessa parceria”, explicou Jones.
Corinthians, Flamengo e São Paulo anunciaram recentemente Nike (renovação), Adidas e Penalty, respectivamente, como seus fornecedores de material esportivo. Os valores dos contratos são similares aos praticados por alguns dos clubes que estão no top 20 da pesquisa da Deloitte.
“O apelo dos clubes brasileiros fica ainda mais forte quando as marcas conseguem estar associadas a contratações de grandes jogadores que tenham passado pelos principais clubes da Europa. Essas contratações também valorizam o campeonato brasileiro mundialmente, como a chegada de Seedorf ao Botafogo e, agora, de Pato ao Corinthians”, acrescentou Dan.
John Auton, sócio que lidera a estrutura de Sport Business da Deloitte no Brasil, comenta: "O orgulho local e da publicidade global que envolve as contratações de jogadores pode proporcionar significativa exposição para os patrocinadores, fornecedores de material esportivos e outros parceiros comerciais.”
Apesar da paixão nacional pelo futebol e grandes populações urbanas, o público médio para a temporada 2012, na Série A do Brasileiro foi de aproximadamente 13 mil pessoas. Por exemplo, a média de público da Bundesliga (Campeonato Alemão) foi de 45 mil torcedores na temporada 2011/12.
“Os investimentos nos estádios brasileiros para a Copa de 2014, serão uma excelente oportunidade para os clubes melhorarem a média de público nos jogos e conseguirem manter uma regularidade de torcedores presentes nos jogos”, afirma o consultor do Sports Business Group da Deloitte, Richard Battle.
"Esperamos que as receitas dos clubes brasileiros continuem crescendo e dessa maneira será possível que um deles figure no top 20 do ranking nos próximos anos. Com uma receita equivalente a dos clubes europeus também será cada vez menos difícil manter os principais jogadores no Brasil e trazer estrelas do futebol mundial para jogar no País”, complementa Battle.