Com os sete títulos da Volta da França cassados, o golpe em Lance Armstrong não é apenas esportivo. Especialistas afirmam que o ciclista americano, banido do esporte por causa de um sofisticado esquema de doping, deve deixar de ganhar nos próximos anos uma fortuna estimada em US$ 200 milhões (cerca de R$ 400 milhões).
A perda potencial de Armstrong é maior do que a quantia acumulada por ele até hoje - US$ 125 milhões, segundo a revista Forbes. A expectativa era de que, com patrocínios e palestras motivacionais, o ciclista ganhasse um montante muito maior que o acumulado até agora.
- Imaginar que ele ganharia de US$ 15 milhões a US$ 20 milhões por ano na próxima década não estava fora de questão. Isso faz com que sua perda financeira potencial com o caso de doping fique entre US$ 150 milhões e US$ 200 milhões - afirmou Patrick Rishe, economista da Universidade Webster, em St. Louis, em entrevista ao "San Francisco Chronicle".
Além do heptacampeonato da Volta da França, Armstrong perdeu o apoio da Nike e de vários outros patrocinadores. Só em 2005, quando ele conquistou seu último título da Volta, o americano faturou US$ 17,5 milhões em patrocínios e palestras.
Apesar da repercussão mundial negativa sobre o caso, o presidente do comitê olímpico garantiu que o ciclismo vai continuar no programa dos Jogos.
- Não seria justo punir a maioria de atletas limpos tirando o ciclismo dos Jogos Olímpicos - afirmou Rogge, em entrevista ao jornal "USA Today", alegando que o caso pode ter um lado positivo para limpar o esporte.