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Joguinho caça níquel numa seleção sem esquema tático
Foto: Reuters
Depois de um bom tempo, a seleção brasileira de futebol voltou a jogar em São Paulo, no Morumbi, contra a África do Sul, no feriado de sete de setembro. Joguinho chinfrim! E o time mereceu a vaia das arquibancadas, a despeito do placar ( 1 x 0, gol de Hulk ).
Foi um amistoso com cara de ‘solteiros x casados', fim de semana. Antes mesmo de a bola rolar já se via o clima: jogadores bocejando, as camisas dos times praticamente iguais (o Brasil teve de
trocar a beca, atuou de azulão), a camiseta da ‘náique' (caríssima) rasgou-se, descosturou-se no corpo de Marcelo e de David Luis (qualidade zero) e o babinha começou e rolou todo o primeiro tempo com chutões, passes errados, nenhum esquema tático, erros infantís, Lucas aberto e isolado na direita, Neymar também isolado pela esquerda, Damião no meio dos zagueiros, só, o meio campo correndo
demais com a bola e ... aquele jogo feio, poucas chances... nada de novo, nenhum alento.
No segundo tempo, os africanos foram pra cima e tiveram chances de
marcar, mesmo sem jogar um bom futebol. Hulk, que entrou no lugar de Damião, salvou a tarde modorrenta, ao acertar um chutaço aproveitando um rebote. E só.
Um time, esse de Mano Menezes, sem talento, sem fibra, sem destaques. Que passa com Neymar ? E Oscar ? A moçada está vestindo a camisa verde- amarela como se fosse aquela peladinha de futebol soçaite; a equipe não tem esquema de jogo e tampouco tesão pra jogar. Dá até nojo de ver.
Segunda-feira tem outro babinha (contra a China ? )... dizem que é preparatório para a Copa.
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"As recentes Olimpíadas de Londres construíram, na área mais deteriorada da cidade, um só estádio e alguns ginásios que serão reduzidos de tamanho e convertidos em outros fins. As nossas 12 arenas não terão nenhum efeito sobre o desenvolvimento das nossas cidades. Juntas não valem um Ninho de
Pássaro de Pequim, que custou menos que a nova Fonte Nova". (trecho de artigo
do arquiteto e professor da UFBa Paulo Ormindo de Azevêdo )
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O Bahia começou bem o returno da Série A , com duas vitórias convincentes ( 3 x 1 contra
o Santos, na Vila ; e 1 x 0 contra o São Paulo, em Pituaçu), além de um empate suado contra o Atlético Mineiro, também em Pituaçu no meio da semana ( 0 x 0 ).
Não jogou bem o tricolor. Marcou, disputou o jogo no meio campo, mas não criou quase nada. O Galo mineiro jogou com desfalques (Ronaldinho Gaúcho e J?), perdeu chances e até que respeitou o Bahia.
Ao tricolor faltam meias que marquem , mas que também avancem e chutem. Zé Roberto passa três, quatro jogos sem dar um arremate. Helder finaliza mal (perdeu duas boas chances); Diones não arrisca
muito; Fahel só nas cabeçadas. Souza, quando Gabriel não joga, fica só, a bola quase não chega até ele. Caio está totalmente fora de forma e o tal Pitbul... haja paciência. Mancini e Cléberson voltam, ag?entam ?
O time agora treinado por Jorginho enfrenta o Vasco, lá em São Januário ... e depois pega o Sport na
Ilha do Retiro, o time rubro-negro pernambucano desesperado, na zona do rebaixamento. Duas pedreiras. É preciso retomar o ritmo dos jogos contra o Santos e o São Paulo. Partir pra cima, sem medo. É o único caminho a seguir.
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O Vitoria, já com o passaporte nas mãos para a Série A, pega o Ipatinga, no interior de Minas, neste sábado. O rubronegro é líder isolado da série B, campanha irretocável, está sobrando. É um time aguerrido, objetivo, forte fisicamente e que joga pra cima. Foi assim contra o Criciúma, no Barradão,
no meio da semana ( 2 x 2 ). O jogo não foi um primor de técnica, mas sobrou em
emoção, sobretudo na primeira etapa, quando saíram os gols.
Com dois atacantes altos, malandros, vividos ... o time tem atacado sempre com bolas altas lançadas na área adversária, e os meias chutam de fora da área. Às vezes é um bombardeio. Isso tem dado resultado, os gols saem , os resultados acontecem ... e a meta do grupo agora é maior do que a simples classificação: o torcedor quer o título da segundona. Nunca esteve tão perto.