Radiante após a final dos 100 m rasos, competição que venceu com sobras e conquistou a medalha de ouro, Terezinha Guilhermina homenageou o guia Guilherme Santana. No dia anterior, ele a havia prejudicado na final dos 400 m T12, quando sentiu uma lesão e caiu, fazendo com que a paratleta não completasse a prova.
Ao término da prova desta quarta-feira, Terezinha apontou para o guia e puxou uma salva de palmas para ele. Além disso, a velocista brincou e colocou a venda no companheiro. Antes do início da disputa, havia preocupação com a recuperação dele, mas o recorde mundial demonstrou que não houve problema.
"Em especial depois do acontecido de ontem (terça-feira), eu queria voltar ao Brasil sorrindo, e tenho motivo. Só Deus sabe o tamanho do preço que foi ter conseguido chegar até aqui", afirmou a atleta, que voltou a correr com enfeites no cabelo e peças de roupa chamativas nos braços e pernas. O objetivo era demonstrar mesmo felicidade, mesmo após o problema nos 400 m.
Logo depois da disputa, aliás, ela havia dado um recado: "a festa não acabou". E Terezinha tratou de deixar isso bem claro.
"Hoje (quarta-feira) eu pude mostrar para o mundo que um dia a gente pode chorar e no próximo tem a oportunidade de sorrir e de dançar. E isso é um presente", complementou Guilhermina.
A conquista dos 100 m foi a última participação da paratleta brasileira nos Jogos Paralímpicos de Londres. Em três provas disputadas, ela conseguiu duas medalhas de ouro.
Após